Catarina Martins esteve em Braga, na tarde deste domingo, 12 de janeiro, para apresentar e discutir visão e propostas do Bloco de Esquerda sobre o Orçamento de Estado para 2020.
A Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda, começou por referir que o Orçamento do Estado foi apresentado pelo Partido Socialista sem negociação prévia e que o Bloco “não poderia votar a favor“, porque “não há nenhuma novidade e limita-se a cumprir o que foi decidido nos anos anteriores, sem dar resposta a questões essenciais para o país, como investimento público e o respeito por quem trabalhou e por quem trabalha por turnos”.
Sobre a recuperação de rendimentos, critica: “Aumentos de 0,3% de salários e pensões, abaixo da inflação prevista, é falhar ao país, porque não está a recuperar poder de compra dos pensionistas e funcionários públicos e está a dar um péssimo exemplo ao setor privado”.
A dirigente esclarece que “o Bloco de Esquerda não vira as costas à negociação” e que, tendo definido prioridades, “chegamos a um acordo que permite conversar e aproximar-nos em algumas matérias”, justificando, por isso, a viabilização do documento, através da abstenção na votação da passada sexta-feira na Assembleia da República, pelo caminho negocial aberto em áreas como a saúde, pensões e ensino superior.
Necessidade de reforço do investimento público
“Além dos 800 milhões de euros, que permite acabar com a suborçamentação crónica do setor da saúde, garantimos mais 150 milhões de euros em investimento, a contratação de mais 8400 profissionais, a concretização do programa nacional de saúde mental, o fim das taxas moderadoras nos cuidados de saúde primários e nos meios complementares de diagnóstico e o início do caminho para a exclusividade, caso começando pelos dirigentes”, refere a deputada, sendo certo que este terá sido o principal motivo para o PS e o Governo terem conseguido a abstenção do partido.
“Conseguimos ainda a redução de 20% nas propinas, medida importante para garantir a universalidade do ensino superior e aumentar a qualificação do país; a alteração das prestações sociais, acabando com o englobamento dos rendimentos doa filhos no acesso ao Complemento Solidário para Idosos; o aumento das pensões mais baixas”, acrescenta.
Sobre a necessidade de reforço do investimento público, Catarina Martins afirma que “é com investimento que o país fica mais forte e responde aos problemas urgentes do país, como o combate às alterações climáticas e a resposta à crise na habitação”.
“O Bloco está com a autonomia que sempre teve e com a determinação que temos de ter porque há um país que exige respostas”, conclui.
José Maria Cardoso apreciou projetos do partido para o distrito de Braga
O deputado eleito pelo círculo eleitoral de Braga, José Maria Cardoso, informou sobre as propostas que o Bloco de Esquerda se baterá para incluir neste Orçamento diretamente relacionadas com o distrito, nomeadamente “a exigência do novo Hospital de Barcelos, as obras na barra de Esposende, a despoluição das bacias hidrográficas do Ave e do Cávado, a elaboração de um plano de emergência para o setor têxtil, a continuidade dos projetos de conservação natural do Parque Nacional da Peneda-Gerês”.
1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.
Imagem: BE
**
*
Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.
A Vila Nova é cidadania e serviço público.
Diário digital generalista de âmbito regional, a Vila Nova é gratuita para os leitores e sempre será.
No entanto, a Vila Nova tem custos, entre os quais se podem referir, de forma não exclusiva, a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede, taxas específicas da atividade.
Para lá disso, a Vila Nova pretende pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de netbanking ou multibanco. Se é uma empresa ou instituição, o seu contributo pode também ter a forma de publicidade.
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
*