Indicadores | Exportações aceleram em outubro: ITV em alta, importações continuam a crescer.

 

 

 

São cada vez mais os produtos que saem do país fazendo com que, na volta, também as receitas aumentem. As exportações e importações voltaram a acelerar no mês de outubro. Segundo os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), excluindo o comércio de serviços como o turismorevelados pelo Dinheiro Vivo, as exportações cresceram 5,9% em outubro quando comparado com o mesmo mês do ano passado e 1% se comparado com setembro de 2018. O INE aponta o aumento no comércio dentro da União Europeia como o motor deste crescimento (mais 10,2%), já que as exportações fora da União Europeia diminuíram 6,1%.

Por outro lado, esse crescimento também se sucedeu com as importações, cujo aumento foi influenciado pelo comércio entre Estados da União Europeia, registando-se um aumento de 7,2% face a outubro de 2017. As importações portuguesas aumentaram 5,3% no mês em análise face a igual período do ano anterior e mais 0,4% que em setembro.

Segundo o INE, este resultado poderá estar influenciado pelo facto de o calendário de 2018 ter mais dias úteis. Comparado com setembro de 2018, as vendas ao exterior aumentaram 16,2% e as compras 3,1%. Já no trimestre terminado em outubro, as exportações tiveram um incremento de 3,1% face ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as importações aumentaram 4,5%.

Os números indicados pelo INE  representam um ligeiro agravamento do défice da balança comercial em 54 milhões de euros, em outubro, face ao homólogo do ano passado, atingindo os 1593 milhões de euros.

Têxteis e vestuário prosseguem tendência de alta

De janeiro a outubro, as exportações de vestuário ultrapassaram os 2,68 mil milhões de euros. O crescimento tem sido impulsionado especialmente por Itália, Suíça, Países Baixos e EUA.

Em outubro, as exportações de têxteis e vestuário, setor da indústria com peso significativo na região do Baixo Minho,  continuam em alta, tendo assinalado um avanço de 6% face ao mesmo mês do ano passado e atingido o valor de 4.477 milhões de euros, refere o Jornal T, apesar de alguns receios que se fazem sentir relativos ao aumento de preços nas matérias primas.

Com base nos dados do INE acabados de divulgar, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal sublinhou, através de comunicado assinado pelo seu presidente Paulo Melo, conforme enuncia o Jornal T, que “as exportações de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados registaram o maior crescimento em termos homólogos de 4,9%, seguindo-se o das matérias-primas têxteis com um crescimento de 3,2% nas suas vendas ao exterior”.

Destacando a recuperação da dinâmica das exportações em outubro, o comunicado da ATP regista ainda que a Balança Comercial dos produtos têxteis e vestuário registou um saldo de 904 milhões de euros, equivalente a uma taxa de cobertura de 125%.

“Dentro da UE, Itália mantém a liderança dos destinos com maior crescimento absoluto: acréscimo de 70 milhões de euros, ou seja, +35%, enquanto as exportações de têxteis e vestuário com destino a países fora da UE cresceram 6,5%. Destes destacamos a China (+69,6%, equivalente a um acréscimo de 20,7 milhões de euros) e os EUA (+2,4%, equivalente a um aumento de 6 milhões de euros)”. A ANIVEC, salienta estes últimos, mas também o Canadá com um aumento de 113%.

“Felizmente, o caminho da diversificação de mercados tem vindo a ser traçado há alguns anos pelos empresários portugueses da indústria do vestuário e, como tal, as quebras que agora se sentem em Espanha estão a ser equilibradas com as  exportações para outros países. Além disso, o “made in Portugal” conseguiu impor-se em mercados relevantes da moda, como Itália, os EUA e os países do Norte da Europa, onde hoje se valoriza muito a qualidade da confeção nacional”, afirma César Araújo, presidente da direção da ANIVEC.

Outros contributos

O Eco – Economia Online destaca, pelo seu lado, os contributos do “Material de transporte” e dos “Fornecimentos industriais” para o aumento das vendas de Portugal ao exterior no mês de outubro, registando crescimentos de 17,7% e 9,1%, respetivamente. Já as exportações de “Combustíveis e lubrificantes” afundaram de forma significativa – 35,2% -, facto “em grande parte justificado pela paragem programada das refinarias nacionais”, refere o INE.

Principais mercados

Os nossos principais clientes continuaram a ser a Espanha, França e Alemanha, com as vendas àqueles mercados a atingirem em outubro os 1.300 milhões, 643 milhões e 585 milhões, respetivamente. Entre os principais mercados exportadores, destacam-se ainda as quedas observadas nos EUA (-27%) e Brasil (-54,7%), indica também o ECO.

 

Fontes: Dinheiro Vivo, Jornal T, ECO e ANIVEC

Imagem: Ruben Bagüés

 

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