O alargamento do Sistema PAYT (Pay-as-you-Trow) na recolha seletiva de resúos à cidade de Guimarães avança em 2019, depois de uma primeira fase já consolidada na zona do Centro Histórico durante mais de 2 anos. Esta segunda-feira, 19 de novembro, foi anunciada a expansão do sistema de recolha de lixo e separação de resíduos, com o propósito de abranger toda a cidade dentro de três anos.
A recolha de resíduos no centro da cidade está a mudar. Num objetivo único de proteger o ambiente, a Vitrus, em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães e a Resinorte, vai iniciar um novo sistema tarifário de resíduos nas principais ruas da cidade já a partir do próximo ano.
O sucesso do Sistema PAYT visa rasgar horizontes e será alargado em duas fases às restantes zonas da cidade. A responsável pelo projeto, Dalila Sepúlveda, Chefe de Divisão da Câmara Municipal de Guimarães, explicou a calendarização da implementação do novo sistema, já a partir de 2019, com a empresa Vitrus a assumir a recolha dos resíduos a par de uma campanha de sensibilização para a população. No início do verão serão entregues sacos gratuitos a todos os utilizadores para procederem à separação de resíduos, sem custos, e em setembro terá início o tarifário PAYT associado à compra do saco. Será possível uma poupança a rondar os 50% em comparação com o tarifário atual na fatura da água, através de uma relação direta entre o pagamento e a produção de resíduos indiferenciados, incrementando desta forma a recolha seletiva.
O plano é iniciar com os inquéritos à população abrangida, entre fevereiro e março, para fazer um levantamento de informações essenciais para o bom funcionamento do sistema. A ideia é que esta implementação seja gradual e amiga do utilizador, para que haja tempo de adaptação e para que todos compreendam o propósito destes novos hábitos que serão incentivados. A tarifa vai ser aplicada apenas em setembro e a sensibilização e o acompanhamento próximo no terreno vão ser uma constante ao logo do tempo.
“Existe uma vontade política determinante, assumida pelo presidente da autarquia, Domingos Bragança, na defesa intransigente da sustentabilidade ambiental e vamos continuar a desenvolver esse caminho, insistindo muito em estratégias de sensibilização junto da população”, referiu a Vereadora do Ambiente do Município de Guimarães, Sofia Ferreira. O administrador da Resinorte, Gerardo Menezes, por seu turno, sublinhou que “Guimarães é o município que efetua o maior esforço nesta área ambiental”, enaltecendo o anúncio do alargamento do Sistema PAYT na mesma ocasião em que o país debate o Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos, estimando-se um aumento para mais do dobro das taxas de resíduos, para evitar recurso ao aterro e incentivar a reciclagem.
Em Guimarães, os cidadãos acabam por ser reconhecidos pelas boas práticas nesta matéria, tal como aconteceu com 81 dos utilizadores do PAYT no Centro Histórico.
“O caminho que Guimarães está a seguir é diferenciador e apresenta resultados visíveis, contrariando a tendência nacional, despertando a curiosidade de outros municípios”, referiu Sérgio Castro Rocha, Presidente da Vitrus, empresa responsável pela recolha de resíduos.
Este sistema tem como objetivo incentivar as pessoas a separar o lixo, com vantagens na fatura. Pagam conforme a produção de resíduos indiferenciados. Em três anos, foi possível registar uma redução em 34% na recolha de resíduos indiferenciados e a taxa de reciclagem aumentou em 126%. Na sessão desta segunda-feira, 81 dos utilizadores do sistema PAYT foram reconhecidos pelas boas práticas e terão direito a um mês de tarifa gratuita.
Através do PAYT, a tarifa passa a estar indexada ao número de sacos de lixo utilizados, pelo que cada utilizador paga consoante a quantidade que produzir. O PAYT é um sistema de recolha de resíduos assente no conceito de poluidor-pagador, em que o utilizador paga apenas o lixo que produzir, o que torna o sistema mais justo e sustentável. Deste modo, um utilizador PAYT vai ver a sua tarifa fixa baixar para 1€ (domésticos) e 5€ (não domésticos) e a tarifa variável vai deixar de ser calculada de acordo com o consumo da água, mas sim com a efetiva produção de resíduos. Isto é, paga através da aquisição de sacos autorizados para a deposição dos resíduos indiferenciados. Quanto mais lixo produzir e menos separar, mais vai pagar; quanto mais reciclar menos paga. Toda a recolha seletiva é feita de forma gratuita.
Fonte: Município de Guimarães e Vitrus
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