Close-Up | Observatório de Cinema famalicense apresenta filmes de Diogo Costa Amarante na Universidade do Minho

 

 

No próximo dia 17 de outubro, pelas 16h30, no Auditório do Instituto de Educação, Universidade do Minho, em Braga, realizar-se-á, em parceria com o Close-up – Observatório de Cinema de Vila Nova de Famalicão, a exibição comentada dos filmes ‘Jumate‘ e ‘Em Janeiro, Talvez’, de Diogo Costa Amarante. Para realizar o comentário a estes filmes premiados, focados sobre questões relacionadas com “Migrações, desigualdades sociais e relações interculturais”, estarão presentes o realizador e a investigadora do CECS Isabel Macedo. A organização cabe ao Seminário Permanente de Comunicação e Diversidade do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, que assim inicia as atividades do ano letivo 2018-2019.

 

 

O Close-up – Observatório de Cinema de Famalicão é dedicado, neste seu terceiro episódio, a’O Lugar. De 13 a 20 de outubro, sobretudo nos vários espaços da Casa das Artes, mas também com extensões pontuais, como é o caso desta na Universidade do Minho, através da parceria instituída com o Instituto de Ciências Sociais, poderemos assistir a cerca de 40 sessões de cinema contemporâneo e a alguns trilhos da história do Cinema. O realizador Kenzo Mizoguchi será alvo de destaque. Sob o mote d’O Lugar, o Close-up proporciona  filmes-concerto – no dia de abertura The Legendary Tiger Man musicou Os Lobos, de Rino Lupo) e Noiserv apresenatará a sua banda sonora original para Sherlock Jr., de Buster Keaton -, filmes comentados – por realizadores, jornalistas, académicos -, sessões especiais, um panorama da América Latina, conversas e concertos no café-concerto, filmes e workshops para escolas e para famílias, uma produção própria – de Mário Macedo, incluída no panorama de produção portuguesa – e uma exposição de Fotografia e Vídeo à medida do foyer da Casa das Artes, da autoria da dupla Virgílio Ferreira & Ana Guimarães. Destaque, ainda, para o acolhimento do arranque do ano quatro do CinEd, programa europeu de educação ao cinema dirigido a jovens entre os 6 e os 18 anos, financiado pelo Europa Criativa/Programa MEDIA, da União Europeia, e que reunirá durante quatro dias todos os parceiros dos nove países envolvidos.

Diogo Costa Amarante, o realizador de Jumate e Em Janeiro, Talvez, nasceu em Oliveira de Azeméis, em 1982, e tem vindo a ser sucessivamente premiado pela distinção da sua obra documental.

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra (2000 e 2005), partiu em 2007 para Barcelona para participar num mestrado em Cinema Documental da Escola Superior de Cinema — Audiovisuals de Catalunya. Em Espanha, acabou por realizar o seu primeiro filme, o documentário Jumate, sobre Camelia, uma romena que nasceu e cresceu num circo ambulante, o qual venceu o prémio de melhor filme no DocumentaMadrid08 (Espanha), tendo sido igualmente a primeira escolha do júri nos festivais Golden Boll (Turquia) e Reykjavik IFF (Islândia).

Regressou mais tarde à Catalunha para concluir uma pós-graduação em cinematografia em 2009/2010, tendo nesse período participado no Berlinale Talent Campus. Foi aí, na capital alemã, que lançou o seu segundo documentário Em Janeiro, Talvez — projeto selecionado para vários festivais e que venceu o prémio do júri no DocumentaMadrid09 e teve uma menção honrosa do júri no Salina DocFest 09 (Itália). Neste filme voltou a dedicar-se a uma história que envolve a Roménia, mais concretamente as consequências da moratória de dois anos decidida pela União Europeia em 2007 que impedia a livre circulação dos trabalhadores provenientes da Roménia.

Em 2011, apresentou a curta-metragem de ficção “Down Here”, sobre a elevada taxa de suicídio dos jovens homossexuais norte-americanos. Também este filme foi premiado em diversos festivais internacionais. Ganhou o prémio para melhor curta internacional no Barcelona GL International Film Festival e no Mix Brasil e recebeu uma menção especial do júri no 27.º Festival Internacional LGBT de Turim. Entretanto Diogo Costa Amarante frequentou e concluiu novo mestrado na New York University, desta feita em Cinematografia e Produção Cinematográfica — um projeto académico que se prollongou entre 2012 e 2015.

Em 2014, Diogo Costa Amarante apresentou uma nova curta-metragem de ficção, “Rosas Brancas”, para retratar a forma como uma família lida com a morte da matriarca. Foi o filme pré-tese do MFA em realização e produção cinematográfica que o autor concluiu na New York University / Tisch School of the Arts como bolseiro Fulbright. Este filme estreou na 64ª edição do Festival Internacional de Berlim como candidato ao Urso de Ouro de melhor curta metragem internacional. O filme acabou por ser premiado no Festival Européen du Film Court de Brest, em França.

O filme “Cidade Pequena” foi aquele com o qual o realizador concluiu o seu MFA e que conquistou o Urso de Ouro na 67ª edição do festival internacional de Berlim, em 2017.

Isabel Macedo é doutorada em Estudos Culturais pela Universidade do Minho e Universidade de Aveiro, na área da Comunicação e Cultura. Nascida em 1979, em Barcelos, é mestre em Ciências da Educação, com especialização em Sociologia da Educação e Políticas Educativas pela Universidade do Minho e licenciada em Ciências da Educação, pela mesma universidade. A sua tese de doutoramento intitula-se “Migrações, memória cultural e representações identitárias: a literacia fílmica na promoção do diálogo intercultural”, projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, integra várias associações nacionais e internacionais na área da comunicação, da educação e da cultura visual. É membro da equipa do projeto “Memories, cultures and identities: how the past weights on the present-day intercultural relations in Mozambique and Portugal”, financiado pela FCT e pela Rede Aga Khan para o Desenvolvimento, e foi membro da equipa do projeto internacional “Social psychological dynamics of historical representations in the enlarged European Union” (COST Action IS 1205, 2013-2016) e do projeto de investigação “Narrativas identitárias e memória social: a (re)construção da lusofonia em contextos interculturais”. Integrou a comissão organizadora de vários eventos científicos e culturais nacionais e internacionais. É coordenadora do Grupo de Trabalho de Comunicação Intercultural da Sopcom. Os seus principais interesses de investigação conjugam as áreas dos média, das representações sociais e da comunicação intercultural.

Isabel Macedo tem vindo a publicar os resultados das suas investigações mediante apresentação de artigos em revistas nacionais e internacionais. Alguns dos seus principais trabalhos são: “Os jovens e o cinema português: a (des)colonização do imaginário?” (2016) e, em co-autoria, “Representations of Dictatorship in Portuguese Cinema” (2017) e “Interwoven migration narratives: identity and social representations in the Lusophone world” (2016).

 

Fonte: Seminário Permanente de Comunicação e Diversidade

Imagens: (0, 1, 2, 3) Diogo Costa Amarante, (4) Isabel Macedo

 

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