O movimento cívico Braga para Todos e o partido político Nós Cidadãos – Braga, em comunicado conjunto, denunciam dificuldades de circulação no centro da cidade para os veículos de emergência médica terem acesso a certas zonas nos horários de maior fluxo. Ambas as organizações criticam a aplicação errada de pilaretes, efetuada pela edilidade em abril passado em diversas artérias da cidade, e mostram que, na Rua dos Chãos, em horários de trânsito, a passagem do INEM fica condicionada não existindo forma de os carros se desviarem. Segundo afirmam, “esta confusão coloca o auxílio de pessoas em risco”.
O movimento apartidário e o partido político, dos mais recentes em Portugal, entendem que os problemas na cidade não são resolvidos pela raiz e criticam Ricardo Rio, considerando que, no plano político, é indispensável “existir sempre muita ponderação. Braga tem graves problemas de estacionamento abusivo e muito pouca polícia a passar multas, o que, na nossa ótica, é necessário para se cumprirem as regras. A par disso, o centro da cidade tem demasiados automóveis. A Avenida da República é um caos – as pessoas fazem fila de estacionamento na entrada do Braga Parques, o que provoca a violação do código de estrada e pode fomentar sinistros. Após o Banco de Portugal, com a aplicação dos pilaretes no passeio da R. dos Chãos, temos um problema mais grave que pode pôr em causa vidas humanas face ao elevado número de ambulâncias que passam no centro da cidade.” Para Elda Fernandes, este último é mesmo o problema mais grave e que justifica a necessidade de uma intervenção urgente. Concretiza: “Ao pé da passadeira em frente ao Banco de Portugal e ligeiramente mais à frente, existe uma possibilidade dos carros se desviarem para passar um veículo em marcha de urgência, mas na continuidade da rua não, porque se de um lado há pilaretes do outro continuam a permitir o estacionamento. Estas duas opções do Executivo apenas permitem a passagem de um carro e sabemos que há trânsito todo o dia nesta artéria.” Elda Fernandes aproveita e dirige uma questão diretamente a Ricardo Rio: “Como podemos, naquele troço, deixar passar uma ambulância? Falamos de situações em que os minutos contam. Temos relatos e até experiências pessoais de ver um veículo de emergência com a sirene a tocar e os automobilistas sem opção para se desviarem. Pior! Assistimos a um bombeiro a ter que sair da ambulância para pedir aos automóveis que se desciassem. Mas… Para onde?”
A porta-voz do movimento e do partido indica o caminho, crendo que a colocação dos pilaretes, além de reflexão e testes, não devem ser a prioridade na cidade: “Braga tem problemas de trânsito, mas Lisboa, por exemplo, tem muito mais e não é por isso que tem pilaretes colocados nas ruas. No entanto, existe um controle apertado ao estacionamento através de multas. A desculpa populista que não é possível pôr um polícia em cada ponto da cidade é um argumento facilmente derrubado, porque apenas é necessário existirem patrulhas que passam multas nas habituais rondas e, em casos mais graves, rebocar os automóveis. Esta sim, seria a melhor forma de os bracarenses respeitarem o código de estrada, a par de usarem mais transportes coletivos.”
Fontes: Braga para Todos e Nós Cidadãos – Braga