“2017 foi um excelente ano para a Casa das Artes em termos de público”, afirma o diretor de programação, Álvaro Santos. Destaca ainda que “foram muitos os espetáculos no grande auditório, com lotação esgotada, isto é com mais de 500 pessoas”, caso dos concertos dos “The Gift” ou de “Mallu Magalhães”, a peça de teatro “Quem tem Medo de Virginia Woolf?”, com Alexandra Lencastre e Diogo Infante ou ainda o bailado da Companhia Nacional “O Lago dos Cisnes”, verdadeiros sucessos de bilheteira.
De entre todos os espetáculos agendados, já no final do ano, “Os Guardas do Taj”, de Rajiv Joseph, com Reynaldo Gianecchini foi o que mais público atraiu à Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão durante o ano de 2017. Esteve em cartaz durante quatro dias e teve cerca de dois mil espectadores, desse modo contribuindo para o recorde de bilhetes emitidos pela casa de espetáculos.
De facto mais de 90 mil pessoas passaram em 2017 por esta infraestrutura cultural. Exposições, conferências, oficinas e ateliês, concertos, cinema, teatro, concertos fazem parte de uma oferta diversificada que tem conseguido captar público de Famalicão, mas também exterior ao concelho, e a que os famalicenses já se habituaram.
Sublinha Álvaro Santos: “São números que nos deixam muito satisfeitos e que dão consistência a um projeto cultural e artístico sério, credível e duradouro. A programação, da responsabilidade da direção artística, tornam o concelho e a cidade um território de referência nas áreas da cultura e das artes em geral.”
Paulo Cunha, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, destaca, a este propósito, o trabalho da Casa das Artes como “um projeto verdadeiramente importante do ponto de vista da democratização cultural. Há 17 anos que a Casa das Artes trabalha na criação e formação de novos públicos, reflexo de uma aposta estratégica do município na cultura enquanto fator de crescimento individual e coletivo”.
Mediante uma verdadeira alternativa ao circuito comercial, a programação regular de cinema tem sido uma das apostas ganhas. Em 2017, forma mais de 14 mil as pessoas que se deslocaram à Casa das Artes para ver cinema.
Para além da exibição de cinema de grande público, com programação de produção recente e filmes de cartaz, a Casa das Artes exibe a programação do Cineclube de Joane, com uma periodicidade semanal, dedicada ao cinema de autor contemporâneo, incluindo o português, e à revisitação da história do cinema. Durante este ano, o CLOSE-UP – Observatório de Cinema de Famalicão apresentou múltiplas sessões de cinema contemporâneo e com trilhos pela história do Cinema, inicialmente sob o mote da Memória, depois sob o mote da Viagem. Neste 2º episódio, que ainda se estende pelo corrente ano, destaca-se, já breve, no próximo dia 26, a passagem de João Botelho por Famalicão a apresentar o seu último filme, “Peregrinação”, baseado na obra homónima de Fernão Mendes Pinto.
No âmbito das artes do espetáculo (teatro, dança e música), a Casa das Artes tem desenvolvido um conjunto de parcerias de criação e coprodução e de formação artística e arte para infância, de âmbito regional e nacional, e até internacional, nomeadamente com The Place, EDge – London Contemporary Dance Schooll, com a Fundação Calouste Gulbenkian, o Teatro Nacional D. Maria II, a Companhia Nacional de Bailado, APROARTE – Associação Nacional do Ensino Profissional de Música e Artes, a Academia Contemporânea do Espetáculo ACE – Famalicão e Porto, e com outros teatros municipais. Em 2017, cerca de 30 mil pessoas assistiram a este tipo de espetáculos.
Por outro lado, o projeto “Casa das Artes e Envolvente”, promovido desde 2012, tem levado diversos espetáculos e oficinas a várias espaços do concelho. Através de parcerias estabelecidas para o efeito, a Câmara Municipal considera que tem vindo a ser também ganha a aposta de descentralização cultural.
Inaugurada a 1 de junho de 2001, sob a presidência de Agostinho Fernandes, a Casa das Artes é hoje vista como um espaço cultural de referência na região Norte do país. Casa de todas as artes, conjuga uma variada programação contemporânea com um espaço carismático capaz de atrair um público que se espera cada vez mais numeroso.
Imagem de destaque: Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão (autor desconhecido; arquivo do Município).