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Osteoporose: o que é, como saber se tenho, o que fazer para evitar e tratar

 

 

A osteoporose é, em si, uma doença óssea silenciosa, ou seja, não dá sintomas. Na maior parte dos casos, o diagnóstico é feito após o aparecimento de uma fractura resultante de uma queda insignificante. (…) (Para a evitar e minimizar), em termos de medidas gerais, é necessário praticar exercício físico, evitar o álcool, o fumo, ter uma dieta equilibrada com aporte de cálcio e vitamina D. Atinge sobretudo as mulheres, mas também homens mais velhos. Para a prevenir e evitarmos eventuais fracturas desnecessárias, precisamos conhecer a doença e saber os cuidados a ter para a evitar e minimizar os seus efeitos quando já se encontra instalada.

Há, por isso, várias perguntas que ocorrem quando pretendemos falar de osteoporose.

O que é a osteoporose?

Quem tem a doença?

Como sei se tenho, ou não, osteoporose?

Tenho osteoporose: que cuidados tenho que ter?

Como posso tratá-la?

Osso normal e osso com Osteoporose (Imagem: autor desconhecido*; ilustração).

Vamos procurar responder a estas questões seguidamente, e de forma compreensível a todos.

O que é a osteoporose?

A palavra osteoporose tem origem grega cujo significado é “ossos porosos”. É, portanto, uma doença dos ossos, que se caracteriza pela diminuição da carga mineral (mineralização) destes.

O osso é composto, por células (osteoblastos, que são responsáveis pela mineralização do osso, e osteócitos e osteoclastos, que estão implicados na reabsorção óssea).

A outra parte (extra-celular) é composta por uma matriz orgânica (colagénio) e por uma parte mineral composta por sais de fosfato e cálcio, sendo o principal a hidroxiapatite. A proporção é de sensivelmente 30% de colagénio e 70% de sais.

Como sei se tenho, ou não, a doença?

A osteoporose é, fundamentalmente, uma doença da mulher após a menopausa. É nas últimas décadas de vida que a doença aparece. Tal tem a ver com a baixa de estrogénios característicos da mulher pós-menopáusica. É essencialmente este grupo que deve ser alvo de diagnóstico e tratamento.

Um segundo grupo importante é o da população que faz medicação de longa data para tratamento de outras patologias. Medicação com corticóides (“cortisonas”), alguns antiepilépticos e anticoagulantes estão associados a uma maior predisposição para desenvolver a doença.

A osteoporose é, em si, uma doença silenciosa, ou seja, não dá sintomas. Na maior parte dos casos, o diagnóstico é feito após o aparecimento de uma fractura (do punho, de uma vértebra, da anca), resultante de uma queda insignificante. No caso da anca implica, quase sempre, a necessidade de cirurgia e respectivo internamento hospitalar.

É uma importante causa de morbilidade e de mortalidade no idoso, quer directa, quer indirectamente, pelas consequências resultantes do acamamento daí resultante.

Há vários métodos para saber se se tem ou não osteoporose. O Rx convencional (pouco eficaz no diagnóstico precoce, pois só numa fase avançada da doença aparecem as alterações) é o mais habitual.

Na região da anca e coluna lombar, o método mais divulgado consiste no estudo pela densitometria óssea (DEXA-scan). A O.M.S. definiu Osteoporose como a situação em que existe um desvio igual ou menor a 2.5 de massa óssea quando comparada com o de uma população jovem.

A densitometria deve ser pedida a mulheres com mais de 65 anos e, em mulheres com idade inferior, desde que tenham factores de risco.

Na mulher com mais de 65 anos, que já fez a sua fractura, não é mandatório, pois esta deve iniciar logo o tratamento independentemente da densitometria.

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Tenho Osteoporose. Como posso tratá-la? Que cuidados devo ter?

O tratamento da osteoporose, em geral, implica uma mudança nos hábitos quotidianos, assim como o uso de medicação.

O objectivo principal é a prevenção de fracturas, devidas à perda de massa óssea.

Assim, é preciso acabar com o mecanismo da perda, promover o aumento da massa óssea e consequentemente aumentar a resistência do osso.

Em termos de medidas gerais, é necessário praticar exercício físico, evitar o álcool, o fumo, ter uma dieta equilibrada com aporte de cálcio e vitamina D.

Para o metabolismo da vitamina D, é fundamental uma exposição diária ao sol que não necessita ser superior a 30 minutos.

O cálcio pode ser obtido através dos alimentos, sendo a ingestão diária recomendada de 1200mg.

O tratamento medicamentoso da osteoporose assenta em medicamentos que vão impedir a reabsorção óssea, por um lado, e que aumenta a sua formação, por outro.

Dos primeiros, e hoje já em desuso – por serem menos eficazes – e por isso já a fazerem parte da história, há a realçar a calcitonina (de salmão e humana). Os mais antigos lembram-se seguramente do spray nasal com doseador que se “tomava para os ossos”.

Nos tempos actuais falamos essencialmente do grupo dos bisfosfonatos, associados, ou não à vitamina D. Dentre estes, salientamos: de uso diário, o alendronato, de uso semanal, o alendronato também, de uso mensal,  o ibandronato e, até, de uso anual, o zoledronato.

Como terapia alternativa, existem os moduladores selectivos dos receptores de estrogénio (raloxifene).

Em relação aos medicamentos usados para aumentar a densidade óssea, deste modo minimizar ou evitando eventuais fracturas, e depois de termos tido o ranelato de estrôncio, que foi entretanto retirado do mercado, por recomendação da PRAC (Comité para a avaliação de riscos em farmacovigilância europeia). Na actualidade, os únicos medicamentos disponíveis são a teriparatida (que é um derivado da hormona paratiróide) e o denosumab (ambos em forma injectável).

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Fratura em osso osteoporótico e osso com corticais normais.

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Imagem de destaque: Representação não figurativa, mas ilustrativa do conceito, da Osteoporose (Paula Costa; ilustração).

Outras imagens: ficheiros de uso médico (arquivo do autor).

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