Tag "Rui Nunes"

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Ao cabo de escassos sóis, a unanimidade das trevas: uma leitura de Cormac McCarthy (1933-2023)

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Tentações: a literatura e o nevoeiro no caminho

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A mão do oleiro e o relevo do mundo: lendo ‘A Caverna’, de Saramago

    [começar] «Fui ao cemitério, dei um cântaro a uma vizinha e temos um cão lá fora, acontecimentos de grande importância todos eles» (p. 51). Sublinhei a frase na

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O negro irregular da ruína: entre Tolstoi e Rui Nunes

    [ecos] «O poema ensina a cair / sobre os vários solos […]» (Luiza Neto Jorge, Poesia, p. 141) «Cai o texto na suavidade da noite _______ cais, e

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Emanuel Jorge Botelho: uma sombra no risco da noite

    «vem de longe a calamidade, a imaginária sombra». Assim começa um poema de Emanuel Jorge Botelho, num livro que data de 1982, intitulado Cesuras. Encima-o, numa epígrafe, a

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Terceira Pessoa estreia ‘Um Lugar sem Coordenadas’ em Torres Vedras

    A Terceira Pessoa vai estrear, em Torres Vedras, a performance “Um lugar sem coordenadas”, criada por Maria Fonseca e Miguel Moreira no contexto do projeto pluridisciplinar “Rastro, Margem,

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Criar relações pela arte: livros e fotografia, um projecto da Terceira Pessoa

    No dia 6 de Novembro, a Casa Amarela – Galeria Municipal de Castelo Branco abriu as portas ao público para inaugurar a exposição de três criações fotográficas integradas

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Performance | Terceira Pessoa estreia nova criação multidisciplinar no Teatro Municipal da Guarda

  A Terceira Pessoa vai estrear a performance “Querer-se morrer confortavelmente na dor”, criada por Filipa Matta e Óscar Silva no contexto do projeto pluridisciplinar “Rastro, Margem, Clarão“. A estreia

Cultura

Um osso exposto fractura quem o vê (Caderno da Residência, nº 3)

    2 de Agosto, Montemor-o-Novo / 5 de Agosto, Nine (15:16)   A explosão nuclear na cidade de Beirute impressiona-nos por um terrível efeito de corroboração: a imagem do

Crónica Cultura

Equívocos, dissensos, desvios (Caderno da Residência, n.º 2)

    1 de Agosto, Montemor-o-Novo (tarde) Galerias, museus, salas de espectáculo – espaços afins nunca foram propriamente a minha praia. Não por desinteresse, muito pelo contrário: os objectos artísticos,

Cultura

A fundar distâncias (Caderno da Residência, n.º 1)

    27 de Julho, Montemor-o-Novo (16:40) As coisas acontecem. É uma frase banal, banalíssima, sem aparente motivação interior para demais desdobramentos e indagações. Dizemo-la sem agravo, sem pudor, sem

Cinema Cultura Ensaio Filosofia Literatura

O bulldozer do humanismo (apontamentos para nada)

    1. “Há um esgotamento em todos os começos. As coisas ligam-se umas às outras por cansaço” (Rui Nunes, O Anjo Camponês, 2020, p. 30).   2. “[…] uma

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O direito ao segredo: lendo José Carlos Soares

    O direito ao segredo: porque se é verdade que somos bichos da terra, também é verdade sermos bichos de memória, apesar de tudo.     A tosse pequena

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Sermos dignos do que nos acontece

    Por estes dias, o imaginário milenar em torno do fim do mundo tem sido, uma vez mais, reacendido pelo êxtase negro da pandemia. Lê-se A Peste, de Camus,

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Deita o livro fora e lê

    1. Foi há quase seis anos. Numa daquelas errâncias pela biblioteca de Castelo Branco, dei de caras com um surpreendente gesto de indeterminação literária. Um livro de Rui

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Nada de narrativas

    “[…] a precisão da indecisão, isso é a literatura” (página 170, revista Electra, Alexander Kluge). Invejo saudavelmente o uso dos deíticos, esses relâmpagos certeiros que sabem dividir o

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Os mortos expulsam-nos de qualquer regresso

    O noticiário abre com a fotografia de dois cadáveres, Oscar e Valeria Ramírez, pai e filha, afogados no Rio Grande, fronteira entre o México e os EUA, onde

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A brutalidade da minúcia: instantâneos a partir de Rui Nunes

    [luz] Há palavras que irradiam uma “luz malevolente” (A Boca na Cinza). Uma malignidade luminosa é aquela que desapropria um corpo, um objeto, um lugar, um livro, da

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Tirar férias à vida – Algumas sugestões de leitura

    A páginas tantas, no primeiro volume de O Homem sem Qualidades, uma das personagens de Musil descreve a condição póstuma que caracteriza a literatura, o que tanto vale

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Luz negra – notas sobre Rui Nunes

. . Se a memória não me falha, na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco há pelo menos três livros de Rui Nunes disponíveis para consulta e requisição: são eles Enredos,

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Dar Coisas aos Nomes | Encontros falhados (a resistência das imagens)

    [Para a Ana, o Leão, a Filipa e o Óscar.]     A nossa condição normal, diz Jacques Rancière, é a de sermos sempre espectadores do mundo e

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Aqui não se passa nada! (para uma aula de poesia)

    “Estou constantemente a tentar comunicar qualquer coisa incomunicável, explicar algo inexplicável, contar aquilo que apenas sinto nos meus ossos e que só nos meus ossos tem expressão.” Kafka,