Tag "António Mota"
Carta a Jorge de Sena
1. Em tudo foste superior, e nunca, mas nunca Se te acabaram as palavras. Em nenhuma das tuas facetas deixaste o sabor amargo de te teres esgotado, não
O tratamento ‘como se tivéssemos andado os dois na escola’
1. Não sei se isto tem cabimento ou não, mas estava habituado, não tanto ao tratamento inerente ao título académico consuetudinário, que não tem, por regra, assim tanta
Abre-lhe a porta, meu amor
1. Dão os sinos no silêncio as badaladas. Meu amor, é madrugada, estão os melros a acordar. 2. Já chegou o melro branco, meu amor, irrequieto, que
Quando as comemorações são uma farsa
1. Quando as comemorações se comemoram a si próprias, e aos seus actores, e quase só, mais do que aos que se comemoram, e ao que comemoram, algo
O amor é mais, muito mais, que o que vemos, sentimos e temos
1. O amor é mais, muito mais, que o que vemos, sentimos e temos. Mais que o pensamos ser, desejamos e imaginamos. Tudo isso, e disso, certamente, ele
Quem é que passou por aqui, quem foi?
1. Quem é que passou por aqui, quem foi? O que é que se passou? Diz-me, Corvo, tu que sabes, como é que isto foi? Tinha corpo, ou
Todo o amor tem o seu tempo
1. Todo o amor tem o seu tempo, mesmo quando é amor para sempre. Todo o mar, mesmo de rosas, se agita e tem marés, e marés vivas.
É nas encruzilhadas que se travam as batalhas
1 É nas encruzilhadas que se travam as batalhas – grandes e pequenas – e se acende a chama. É nas encruzilhadas que se ateia o fogo, Se
De sermos mortais e breves
1. Consistente, incapaz de se enganar, omnisciente e omnipotente, o espírito da matemática conduziu o rebanho dos sons à casa onde ele próprio fora concebido, depurado e refinado,
Quando amanhã vires
1. Quando amanhã vires por mero acaso este granito se ele existir fica a saber que o gravei a correr com a alma a doer na palma
A democracia de, por e para, e a literatura
1. A literatura é como a democracia. Tal como a democracia deve ser do povo, pelo povo e para o povo, também a literatura deve falar de