Posts From Luís Filipe Sarmento
Fé | Dormir para nos alhearmos do mundo
Dormirmos para nos alhearmos do mundo. Dormimos para não esquecermos o nosso instinto de defesa. Durante o sono somos ninguém rodeado de fantasmas que nos são distantes no
Criação | Já ninguém mora em Auschwitz
O mito é um conforto intelectual primitivo. As causas longínquas diabolizam, por vezes, o continente efémero do presente. Negá-las é uma prova de existência no plano futuro, o
Caminho | Pedi tempo emprestado ao impossível
Hoje, pedi tempo emprestado ao impossível para me poder recostar, com a tranquilidade que se exige, na juventude e penetrar com a magia da demora no centro das
Literatura | A libertação do livro e a libertação de quem lê
Tudo o que se poderá dizer sobre a escrita correrá o risco de cair no abismo do lugar-comum, um pântano de clichés e de banalidades. A escrita não
(Re)Agir | Comentar é…
Comentar é bom. Um comentário a um texto mostra o interesse de quem lê. Por vezes concordando, por vezes discordando. Um comentário não é um insulto. Mas por
Hipertexto | Sedução pela superfície, atração da pele
A sedução pela superfície é, também, a atracção da pele. A intervenção do traço no plano tem o mesmo sentido da penetração do olhar no corpo. Escrevo quando
Indignação | Presente e futuro da cultura em Portugal
Sucedem-se os apelos a favor da cultura e dos seus profissionais. E estes apelos fazem todo o sentido. Sem cultura não há civilização. E, contudo, as verbas destinadas
Pandemia | Paradoxos: esperança e espera
Creio – posso estar redondamente enganado – que, a propósito da pandemia, nos chegam diariamente dois tipos de notícias: as que nos dão esperança de que tudo se
Poesia | A que se pode atribuir o sensível toque da mão
A que se pode atribuir o sensível toque da mão no corpo? Na verdade, não se sabe se a realidade do que se intui é a justeza do
Raias poéticas, 7ª ed – 2018 | Poesia: Não é dos horizontes que se espera mistérios
Não é dos horizontes que se espera mistérios – talvez danças crepusculares – mas do lugar presente, à hora do inferno, o inesperado enigma do sangue que se