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Após casos e casinhos que nunca os foram que levaram à demissão de 13 governantes, no período de um ano, surgiu, agora mesmo, em Portugal, o caso mor. Pela primeira vez em democracia, um Primeiro-Ministro em funções – no caso em apreço, António Costa – é investigado num processo-crime e a residência oficial em S. Bento é visada com buscas judiciais. É provável que se sigam eleições.
Alerto para a presunção de inocência. Todos temos que ter a consciência que ser investigado, ser arguido, não quer dizer que seja culpado.
Melhor dizendo: arguido, seguido de réu, só passa a culpado quando a sentença transitar em julgado.
Dito isto, António Costa é o principal culpado desta situação. Rodeou-se no seu núcleo duro e no seu governo de pessoas eticamente duvidosas.
António Costa não aprendeu, assim como o próprio Partido Socialista (PS), com a última governação socialista anterior à sua indigitação pela primeira vez, como Primeiro-Ministro.
O que podemos observar, neste momento, é a existência de uma realidade à prova de bala. Os dois últimos governos do Partido Socialista, mais concretamente o governo de Sócrates e o do atual dirigente socialista António Costa, em circunstâncias e timings diferentes, estão envoltos numa nebulosa de corrupção, nepotismo, tráfico de influências e negócios de colarinho branco o que pode consubstanciar um determinado padrão de governação.
O Partido Socialista vai ter que se renovar profundamente, cortar de vez o cordão umbilical com o Socratismo, para mitigar a sensação que agora mais do que nunca, de o PS ser o partido dos corruptos.
Tenho para mim, que não sou da área socialista, uma opinião acerca deste novo ciclo que se vai abrir no Partido Socialista.
Gostaria de ver um Partido Socialista renovado, moderado, livre das amarras do quero, posso e mando. Neste momento, seria muito bom para o País que pessoas como Álvaro Beleza, Sérgio Sousa Pinto, António José Seguro, entre outros, pudessem ter uma voz activa no futuro PS.
Tudo agora está na mão do Sr. Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Há várias possibilidades a considerar: aceitar a demissão do Sr. Primeiro-Ministro, António Costa, chamar novamente o PS a formar governo, optar pelo um governo de iniciativa presidencial e convocar eleições legislativas antecipadas.
Penso que a convocação de eleições antecipadas irá ser a decisão do Presidente da República.
Não há motivo aparente que determine outra solução.
Não creio que a guerra na Ucrânia e Médio Oriente, a inflação, o Orçamento de Estado (OE), sejam motivos para uma tomada de posição diferente. Questões externas aos Países, na Europa, não pararam a democracia, houve sempre eleições em qualquer altura.
Relativamente ao OE de Portugal e à possibilidade de se entrar no próximo ano em duodécimos, não vejo problema algum. Relembro que quando o governo da geringonça caiu por causa do OE, o País viveu em duodécimos, não só ate às eleições, onde o PS venceu por maioria absoluta, mas sim até seis meses após essas eleições.
Creio que esta crise política motivada pela inesperada queda do Primeiro-Ministro António Costa é uma nova oportunidade para o País.
Portugal não aguentaria muito mais tempo, nesta letargia de um país-cor-de-rosa, o Portugal das Maravilhas do PS.
O SNS, que se encontra em desagregação total, além de orçamentado com mais dinheiro nestes oito anos, mas cativado, conta com mais profissionais, mas piorou o serviço aos utentes. Há cada vez mais pessoas sem médico de família.
Na Educação, a situação é idêntica: alunos sem professores, escolas sem condições de utilização.
Na Justiça, greves atrás de greves, morosidade nos procedimentos.
Na Habitação vive-se um desastre,:o prometido parque habitacional inexistente.
Na Agricultura, praticamente não há ministro.
O sector empresarial do Estado continua um sorvedouro do dinheiro dos contribuintes: TAP, EFACEC, CP, etc…
A Defesa está também sem verbas para o seu funcionamento normal, a que juntam os mais diversos casos de corrupção.
Nas Finanças, uma carga fiscal insuportável, a maior de sempre em democracia, quer a nível de impostos directos, mas principalmente nos indirectos que penalizam quem menos tem.
Temos um superavit orçamental, mas à custa da míngua dos portugueses, a lembrar o tempo anterior do 25 de Abril, em que tínhamos os cofres cheios, mas o povo a viver à fome.
A falácia da redução da dívida pública, tecnicamente em função do PIB, diminuiu, ou seja se o PIB cresce (contributo da inflação), a capacidade de Portugal para pagar a dívida é maior, só isso. Mas a realidade diz-nos que a dívida real nominal, aquela que em dinheiro devemos, aumentou.
O investimento público é menor que em 2015.
Assinale-se ainda a não utilização de todo o PT2020, do atraso na execução do PRR e já do PT2030.
O crescimento económico é mais uma falácia. Convergir com a Europa, convergimos, porque as grandes economias europeias estagnaram ou mesmo entraram em recessão, porém, relativamente aos Países da Coesão, aqueles com quem concorremos, fomos ultrapassados em crescimento per capita, e estamos na cauda da Europa, ou seja, Portugal empobreceu nestes últimos 8 anos, como comprova por exemplo, o aumento de 70% dos sem-abrigo.
Poderia dizer muito mais, mas isto basta para aferir que mesmo sem os acontecimentos de hoje, o País carecia de mudança e esperança. Como disse, há males que vêm por bem. Sem António Costa, Portugal entra hoje, assim, num novo ciclo político.
Quanto ao futuro, certamente os portugueses irão falar nas urnas.
E nesse contexto, o maior partido da oposição, o Partido Social Democrata (PSD) está mais do que preparado, com as suas ideias, o seu reformismo e as suas personalidades, para assumir as suas responsabilidades, se assim os Portugueses desejarem.
Acreditar é preciso.
António Manuel Reis, nasceu em Barcelos a 07-10-1963. Concluiu em 1985, o curso na área de tinturaria têxtil UM/Mazagão. Formação em colorimetria, recursos humanos, automatização, sistemas de qualidade ISSO, planeamento, processos, produção. Industrial Têxtil de 1996 a 2009. Dirigente desportivo 1998 a 2004.Gestor empresarial de 2010 a 2013. Concluiu curso de formação de formadores em 2014. Trabalhador independente Real Estate Consultan 2018. Em curso, Licenciatura Ciências Sociais e Ciência Politica. Militante da JSD desde 1978/ Militante PSD desde 1981, delegado e Observador a Congressos, Delegado CPD, TSD, Membro da CPS, candidato a Presidente de Junta da UF Barcelos, deputado a UF. Candidato á Presidência da CPS. Membro independente da UF Barcelos. Partido Aliança em 2018.
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