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Nos últimos tempos, uma onda de protestos tem ocupado espaço nos canais de comunicação. Jovens ativistas têm trazido a debate questões que (n)os preocupam, exigindo respostas mais céleres por parte dos governantes e o assumir de que temos em mãos problemas muito sérios para dar solução. No topo das preocupações destas formas de ativismo está a emergência climática e o problema da habitação.
Uma coisa é certa, os nossos jovens estão a fazer história. Exemplo disso, é o facto de pela primeira vez o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos estar a analisar uma queixa apresentada por jovens portugueses sobre emergência climática.
São 33 países que estão acusados, incluindo Portugal, com base na violação de direitos fundamentais, tais como, o direito à vida e ao bem-estar físico e mental. Da informação tornada pública, sabe-se que exigem a tomada de medidas mais ambiciosas e que os Estados reduzam em 65% as emissões poluentes até 2030.
Lutar por direitos a um futuro sustentável é um extremismo?
O mundo está em transformação e o que muitos designam por extremismo, mais não é do que fazer valer direitos e lutar por um futuro sustentável. Perante a inação ou muitas práticas dos nossos governos e autarquias, que agravam as alterações climáticas – como o abate indiscriminado de árvores ou a construção desenfreada de pavilhões industriais – cresce uma onda de indignação, nalguns casos levadas a extremos que não se coadunam com o respeito pelo outro.
Porque se hoje se atacam representantes com tintas e ovos ou se fecham estradas, amanhã são os populismos e os extremos que ganham relevo e todo um Estado pode entrar em colapso. Mas, paralelamente, é certo que assistimos já hoje a governações totalitaristas, em que o direito à palavra é cortado em plena Assembleia Municipal, ou se negam informações públicas, ou se penhora um futuro sustentável para todos e todas nós. E o que fazer? Reagir, agir e exigir parece ser a única solução possível.
Políticos eleitos para governar segundo princípios de bem comum e não de proteção interesses privados
Numa época de “achismos”, onde a opinião ou visão de um executivo parecem ser um dogma inquestionável, cumpre-nos a todos e a todas exigir mais e melhor daqueles que, usam a bandeira do ambientalismo apenas em campanhas eleitorais e que os representantes nacionais e locais percebam, de uma vez por todas, que não têm o direito de hipotecar o futuro de ninguém. Que foram eleitos para governar segundo princípios basilares de proteção do bem comum e não os interesses privados, que qualquer decisão deve ser equilibrada e não ceder a pressões de ordem exclusivamente económica.
Mais ação, menos “achismos”
E, se estamos em pleno outubro e as temperaturas são de tal ordem que levam multidões a encher as praias aos fins de semana, e no dia seguinte somos confrontados com uma descida abrupta da temperatura e alertas vermelhos devido às chuvas, temos de assumir que algo está muito, mas mesmo muito errado. Se o planeta é de todos e todas, queremos e precisamos de mais ação e menos “achismos”.
‘Há sempre alguém que resiste… Há sempre alguém que diz não’
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