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Quem tem filhos adolescentes padece um bocado antes e durante a Noite Branca de Braga. Se não sabem, aguardem uns anos pois vão saber!
No primeiro dia, ou melhor, noite deste ano, padeceu-se mais do que é habitual. Os trovões e o dilúvio ligaram sirenes parentais um pouco por todo o lado!
Há meses que a “canalha” (eles aqui não nos ouvem) não fala de outra coisa.
Há semanas que dizem que querem ficar até ao último concerto (ainda não se esticam para ficar a ouvir os dj’s, faltará pouco).
Há dias que pensam no que vão vestir, seja para aderir à regra, seja para a desafiar!
Os putos gostam da Noite Branca. Talvez como a nossa geração gostava da noitada de S. João. Podem ver-se uns aos outros, mostrar e praticar habilidades sociais várias e, muitas delas, catalisadoras da maturidade. Tudo isto dito com eufemismos porque, se fosse no calão deles, seria uma “cena tipo, oh mano!”
Chuva pesada nesta noite em Braga
Os primeiros clarões tiraram o sossego aos pais, eu incluída! Fui lá fora e percebi que ia chover pesado! Ainda não era a hora combinada com o miúdo, mas o melhor era ir lá para cima ver as modas.
Estacionado o bólide, subi as escadas do parque e percebi logo um certo êxodo. Dez passos depois, foi o caos!
Num espaço de segundos, fiquei completamente encharcada. Eu e todos os que estavam no centro da cidade. Em fuga do palco da Avenida, cada um abrigava-se como podia! O túnel e o parque de estacionamento nunca foram tão públicos como ontem!
Com novo dilúvio, ou sem ele, hoje há mais Noite Branca
E os Karetus continuavam. A vibração dos graves até nos levantavam os pés do chão. Um pouco exagerado, até! Quem sofresse do coração não podia ali estar, a menos que quisesse sair de lá com uma crise de arritmias.
Entretanto, uma boa meia hora depois, outro dilúvido! Tudo corrido da Avenida Central para casa e com o bónus de ficar tudo limpo para sábado sem precisar dos “gluttons” da Agere!
No mais, e como já disse, foi a noite da t-shirt molhada! Hoje há mais!!
Imagem: CB
Obs: texto previamente publicado na página facebook de Célia Borges, tendo sofrido ligeiras adequações na presente edição.
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