Para manter o seu património bem vivo e presente, Vieira do Minho recuperou, na manhã deste sábado, no Lagar de Azeite de Vilarchão, a antiga tradição secular da apanha e moagem da azeitona, com que se produz esse néctar pelo qual os deuses lutaram na Grécia Antiga que é o azeite.

Alimento antigo, mas verdadeiro clássico da culinária contemporânea, o azeite tem hoje em dia uma presença forte e regular uso na dieta mediterrânea e em grande parte das cozinhas. Além dos benefícios para a saúde, o azeite adiciona à comida um sabor e aroma peculiares.

A região mediterrânea, atualmente, é responsável por 95% da produção mundial de azeite, favorecida pelas suas condições climáticas, propícias ao cultivo das oliveiras, com bastante sol e clima seco.

Apanha e moagem da azeitona incluída no programa Sentir Vieira

A apanha da azeitona e a sua transformação em azeite – no caso em apreço mediante o recurso à prensa de vara – é uma atividade que se encontra na memória de todos os que nasceram nos meios rurais. Muitas são as histórias e recordações daqueles momentos de lavoura que são relembradas como temporadas felizes de convívio. Usualmente a apanha da azeitona era feita em família e acompanhada de cantares.

Foi precisamente o recuperar destra tradição secular que aconteceu no Lagar de Azeite de Vilarchão com a apanha e moagem da azeitona em atividade promovida pelo Município de Vieira do Minho e integrada no programa Sentir Vieira, com a colaboração da Junta da União de Freguesias de Anjos e Vilarchão e das suas comunidades.

Mais de uma centena de participantes nesta atividade de preservação do património em Vieira do Minho

Intimamente ligada à cultura portuguesa é uma tradição dos nossos antepassados e perpetua-se no tempo, graças às suas gentes e à sua dedicação em manter vivo este saber.

A autarquia calcula que mais de uma centena de participantes assistiram à última atividade do ano do programa Sentir Vieira, promovido pelo Município de Vieira do Minho, onde não faltou a animação musical com os cantares típicos e as tradicionais chegas de bois.

Imagens: MVMN

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