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A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), na qual se enquadra o exemplo inspirador de empreendedorismo e benemerência de John Guedes, natural de Trás-os-Montes, destaca-se hoje pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.

A presença no território americano da comunidade lusa adensou-se entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores. No seio da numerosa comunidade de origem portuguesa nos EUA, segundo dados dos últimos censos americanos residem hoje no território mais de um milhão de portugueses e luso-americanos.

Dentre estes, entre as várias trajetórias de portugueses que começaram do nada naquele país e ascenderam na escala social graças ao trabalho, ao mérito e ao empenho, destacam-se vários percursos de vida de compatriotas que alcançaram o sonho americano (the American dream), nomeadamente o exemplo seminal do transmontano John Guedes.

Arquitecto John Guedes dedicou-se com sucesso à construção em Connecticut

João Guedes emigrou para a América no alvorecer da década de 1960, com 10 anos de idade, numa época em que o fardo da pobreza, da interioridade e a estreiteza de horizontes na região trasmontana durante o Estado Novo compeliu uma forte vaga migratória para o centro da Europa e para a América.

Detentor de um percurso educacional que computou nos anos 70 a formação académica em arquitetura no Norwalk State College, na cidade de Norwalk, no estado americano do Connecticut, John Guedes fundou, no ocaso dessa década, a Primrose Companies, uma empresa de arquitetura e construção, sediada em Bridgeport, a cidade mais populosa do Connecticut. A empresa conta com cerca de meia centena de trabalhadores e especializada em projetos de construção de escritórios comerciais, multi-residenciais e médicos no Connecticut e em Nova Iorque.

Exemplo de benemerência em Chaves, no distrito de Vila Real

Com mais de mais de 40 anos de experiência e sucesso no setor da construção e design, o arquiteto luso-americano tem mantido um constante apego à região trasmontana, torrão a quem devota um extraordinário sentimento benemérito. Na sua aldeia natal – João Guedes é natural de Vilas Boas, uma freguesia do concelho de Chaves -, onde regressa amiúde, entre outros exemplos notáveis de filantropia, pagou o terreno onde está o campo de futebol, financiou a abertura de um caminho e a construção de um parque de lazer, patrocina jornadas culturais e doou cem mil euros para a construção da sede da associação cultural local.

O espírito generoso de John Guedes tem-se estendido também, por exemplo, ao longo dos últimos anos, ao Patronato de São José, em Vilar de Nantes, uma instituição flaviense de solidariedade que acolhe crianças do sexo feminino. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidago, a quem já apoiou com a compra de um monitor de sinais vitais para equipar uma ambulância, assim como de uma ambulância de emergência e de uma ambulância de transporte múltiplo (ABTM), é outro dos beneficiários do seu filantropismo. Este contexto levou a corporação, que desenvolve a sua atividade em várias freguesias, a sul do concelho de Chaves, no distrito de Vila Real, a atribuir ao arquiteto luso-americano na primeira década do séc. XXI a medalha de prata da Associação Humanitária.

 A partir ‘da minha aldeia (…) sou do tamanho do que vejo…’

Ilustre filho da terra transmontana, o exemplo de vida do arquiteto luso-americano John Guedes, lembra-nos o excerto do poema “Da minha aldeia” de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa: “Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo…/ Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer/ Porque eu sou do tamanho do que vejo/E não do tamanho da minha altura…”.

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