Vaudeville está de regresso ao Quadrilátero Cultural

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A programação do Vaudeville Rendez-Vous, o Festival Internacional de Circo Contemporâneo promovido pelo Teatro da Didascália, foi dada a conhecer. Exemplo maior da colaboração entre os municípios de Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães, vai decorrer entre os dias 18 e 23 de julho. Ao todo, serão 11 os espetáculos – dos quais cinco estreias nacionais, duas coproduções e sete espetáculos internacionais – que vão habitar o espaço público das quatro cidades que compõem o Quadrilátero Cultural.

Os primeiros dias da oitava edição do Festival Vaudeville Rendez-Vous vão ser dedicados às atividades de mediação que compõem a programação da iniciativa. Pensadas para o público em geral, cada uma das quatro cidades que acolhe o Festival irá, assim, receber Oficinas Artísticas, nas quais serão desenvolvidas criações que terão como mote a ocupação e a relação com o espaço público. As performances contarão, posteriormente, com uma apresentação final. Já dirigida a estudantes, profissionais ou apenas curiosos das artes performativas, o Festival vai acolher, ainda, uma masterclass orientada pela companhia Los Galindos, sobre o seu processo criativo. A iniciativa contará, paralelamente, com uma sessão de pitching.

Oficinas, masterclass e pitching assinalam arranque do Festival

A edição deste ano do festival internacional focado na programação de circo contemporâneo tem como principal objetivo refletir sobre o grande palco que acolhe as suas criações: o espaço público. 2022 fica, assim, marcado pela recuperação da relação aberta do Vaudeville Rendez-Vous com este espaço e pela promoção da itinerância pelas diferentes cidades envolvidas, que procura surpreender com “o olhar diferente que os outros têm do território que habitamos quotidianamente”.

Festival acolhe estreias nacionais francesas, espanholas e austríacas

França, Espanha ou Áustria são algumas das geografias que vão estrear, em território nacional, as suas criações. Tendo como mote a coabitação livre das ruas que compõem o Quadrilátero Cultural, o espetáculo Kilometer 97,1, da companhia francesa Collectif Protocole, convida o público a deambular, não só pelo espaço urbano das cidades, como, também, pelos caminhos, atalhos e vielas que ligam os diferentes centros. Nesta criação, vai ser possível “saborear” os diferentes espaços e a “poesia invisível e escondida dos lugares”, através da improvisação de malabarismos. Kilometer 97,1 estreia-se a 20 de julho, às 19h00, em Barcelos (sendo o ponto de encontro a Praceta Francisco Sá Carneiro). O espetáculo viaja, no dia seguinte, 21 de julho, para a cidade de Braga, partindo do Chafariz da Praça da República, às 22h00. Já no dia 22 de julho, às 22h00, o ponto de encontro será a entrada do Paço dos Duques, em Guimarães. O espetáculo conta, ainda, com uma apresentação no dia 23 de julho, às 19h00, no Anfiteatro – Parque da Devesa, em Famalicão.

périple 2021 - périplo - viagem - collectif protocole - Tap: Chloe-Dugit-Gros Ph: Nicolas Lafon

Também de França, chega ao “palco” do Vaudeville Rendez-Vous a criação de Julien Scholl e Jérôme Pont, da companhia CIA Jupon: Ensemble. O espetáculo, que tem no centro da ação o mastro chinês, apresenta um jogo entre duas pessoas que se encontram num ponto de equilíbrio “delicado, instável e necessário”. O espetáculo pode ser visto às 22h00, no dia 21 de julho, no Largo Condessa do Juncal, em Guimarães, e no dia 22 de julho, na Praceta Francisco Sá Carneiro, em Barcelos, e no dia 23 de julho, no Rossio da Sé, em Braga. Ainda no universo francês, a Praça D. Maria II, em Famalicão, vai acolher, às 22h00, a estreia de The Good Place, uma criação da companhia MCDF – Marcel et ses Drôles de Femmes que traz a cena uma organização horizontal, composta por biólogos, políticos, naturistas e especialistas ao serviço da humanidade, que vão pôr todos a questionar se “a obscenidade está realmente escondida onde a esperamos?”. A performance contará, também, com uma apresentação no dia 23 de julho, às 22h00, no Largo da Oliveira, em Guimarães.

Destaque, ainda, para a estreia do espetáculo improvável e excêntrico, MDR – mort de riure, da companhia catalã Los Galindos. Nesta comédia absurda dos palhaços, Melon, Rossinyol e Mardi vão comentar, com humor, o quotidiano do público, prometendo fazer todos rir da sua própria tragédia. O espetáculo itinerante que questiona a arbitrariedade da justiça vai estar em cena no dia 21, 22 e 23 de julho, às 22h00, tendo como ponto de encontro a Praça D. Maria II, em Famalicão, a Rua Dom Gonçalo Pereira (junto ao Rossio da Sé), em Braga, e a Praceta Francisco Sá Carneiro, em Barcelos, respetivamente. Já The Frame, espetáculo que reúne as geografias espanholas e austríacas, propõe instalar-se diante da vida da cidade passageira. O espetáculo – que irá cruzar o ordinário, o trivial e o geral para descobrir o extraordinário, o especial e o único – irá partir no dia 21 de julho, às 19h00, do Largo da Porta Nova, em Barcelos, no 22 de julho, também às 19h00, da Praça Municipal, em Braga e, por fim, no dia 23 de julho, à mesma hora, da Praça de Santiago, em Guimarães.

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Coproduções reforçam compromisso do Festival no apoio à criação

A oitava edição do Festival Vaudeville Rendez-Vous reforça a aposta na criação, “fundamental para a progressiva estruturação e sustentabilidade na área do circo em Portugal”. A edição de 2022 vai contar, assim, com a apresentação de duas coproduções. “Do ferro à ferrugem”, uma criação de Alan Sencades, convida a uma reflexão sobre mudanças e memórias, as distorções e adaptações. A criação, que conta com música ao vivo de Bárbara Lopes, pode ser vista a 21 de julho, às 19h00, no Parque da Juventude, em Famalicão, passando, ainda, pelo Largo de Donães, em Guimarães, a 22 de julho, às 19h00, apresentando-se, também, a 23 de julho, às 11h00, no Largo da Porta Nova, em Barcelos, e, às 19h00, na Praça Municipal, em Braga.

Um palco circular para revelar as várias facetas da vida quotidiana dos artistas de circo. Assim é a mais recente criação da companhia Oliveira & Bachtler, Cir-k – que também resulta de uma coprodução com o Festival –, que irá colocar “sobre as luzes da ribalta o universo peculiar e insólito destas famílias nómadas de saltimbancos”. A performance será apresentada no Parque da Devesa, em Famalicão, no dia 22 de julho, às 19h00, sendo levada ao Paço dos Duques, em Guimarães, no dia 23 de julho, às 11h00.

Também as produções nacionais “O Silêncio do Corpo”, da companhia Erva Daninha, o espetáculo “Vinil”, do coletivo Quando sais à rua ou “Kinski”, do palhaço português Rui Paixão, vão “habitar” e “reivindicar” o espaço público das cidades de Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão.

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kinsky - rui paixão - vaudeville rendez-vous - barcelos - braga - famalicão - guimarães - circo contemporâneo - festivalAcrescente-se, ainda, que a programação da oitava edição do Festival Internacional Vaudeville Rendez-Vous conta, também, com o espetáculo da companhia francesa TBTF (To Busy To Funk), “Mellow Yellow”.

Festival com ligação umbilical a Famalicão é exemplo de convergência entre territórios do Quadrilátero

Na apresentação do festival, que decorreu esta quarta-feira, 22 de junho, no Mosteiro de Tibães, em Braga, o vereador da Cultura do Município famalicense, Pedro Oliveira, salientou a “forte ligação de Vila Nova de Famalicão às artes circenses”, enaltecendo a ligação umbilical do concelho ao Vaudeville, que teve a sua primeira edição em Famalicão, em 2014, e a presença do INAC no território.

O autarca apontou ainda o Vaudeville e a sua dimensão intermunicipal como um bom exemplo da convergência existente entre as quatro cidades do Quadrilátero.

Elisa Braga, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Barcelos, por seu turno, assinalou que “é assim que se constrói a cultura em território. Ao trazer a arte circense para o Centro Histórico vamos fazer com que a população e os nossos visitantes tenham contacto com a arte”. Para a vereadora, “Barcelos está apostado em participar e colaborar com estas iniciativas e com o Quadrilátero Cultural” e sensibilizou para o apoio que deve ser dado ao teatro e à arte circense, que, neste momento, “são áreas extremamente sensíveis”.

Por sua vez, Paulo Silva Lopes, vereador da Cultura do Município de Guimarães, assinalou que este Festival favorece a “promoção turística, numa altura em que as cidades se enchem com esta atividade, de uma disciplina artística de vanguarda” e valorizou este projeto que “lê as cidades e sabe inscrever-se nelas.”

A finalizar, Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga, lembrou também o nascimento do Festival, em 2014, em Famalicão, e que teve um “efeito de contaminação positiva”. Para o autarca, este é um “Festival distintivo e que marca a diferença”, e pretende “dar visibilidade e projeção ao circo contemporâneo”.

Imagens: DR

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