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48 anos depois, revivemos o 25 de Abril, a portuguesíssima Revolução dos Cravos. Como sempre, este um é tempo de balanço, de pesar ganhos e perdas que são necessariamente diferentes de pessoa para pessoa.
Talvez muitos de nós vivêssemos uma expectativa antiga, profunda e vinda lá de longe daquela madrugada do dia inicial inteiro e limpo de que, neste momento – neste ano para sermos mais precisos -, em que se assinala a ultrapassagem do tempo de vida sob ditadura pelo tempo de vida democrática, livres pudéssemos habitar a substância do tempo. Assim não acontece de forma plena, o que certamente desencanta e desilude tantos dentre esses. A vida, que sempre dá voltas e voltas, surpreende-nos a todo o momento e está sempre aí pronta a quebrar rimas e sonhos, mas também – não o esqueçamos – a dar-nos as maiores alegrias, pelo que a esperança não deve morrer.
Passados estes anos, vivemos tempos cinzentos, com fortes desafios sociais pelos agravamentos cada vez mais visíveis devido à crescente desigualdade social, em que alguns são levados a desacreditar dos valores da democracia, justiça social e liberdade trazidos pela data que hoje celebramos. É, por isso, urgente lembrar que, apesar de tantos e tantos atentados e atropelos a muitos dos homens, mulheres e crianças deste país, que a roda do tempo não para, que todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades, mas também que se todos somos diferentes, todos somos também iguais.
Precisamos urgentemente manter o rumo e continuar em busca de uma sociedade onde respeito e tolerância para com o outro e os seus modos de estar, pensar e viver se mantenham essenciais, tendo em mente que estes só se conseguem com uma mais justa distribuição da riqueza. Para o conseguirmos, é essencial que todos nós, mas também em especial os governantes – democraticamente eleitos – tenhamos estes valores sempre presentes na ação – não apenas no discurso, ou em função do discurso -, pois só assim democracia, justiça social e liberdade permanecerão entre nós.
Assim possamos nós continuar a dizer 25 de Abril sempre!
Imagem: GQ
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