vila nova online - antónio mota - perfil - poesia - amor - política - maioria absoluta - cultura - portugal - europa - sub-cultura - europa - ocidente - retrocesso cultural- neo-liberais - ps - psd - 25 de abril - povo - injustiça - mundo - terra - dúvida - liberdade - natureza - terra - dúvida - erro - comunidade - tratamento - educação - título académico - lixo - linguagem - escola - estupize - doutores - engenheiros - regra - comunidades portuguesas - camões - portugal - língua - comemorações - religião - crença - ateísmo - josé saramago - deus - yuri gagarin - parolice - parvoíce - parvos - parolos - crentes - ateus - religião - crença - deus - josé saramago - fascismo - democracia -portugal - europa - modernidade - exploração -

A sub-cultura, princesa do Portugal cheio de servos do nada importa

 

 

Em Portugal, estamos aqui porque os nossos dirigentes não têm valores, e não acreditam em nada – uma longuíssima escrita vadia cujo único objetivo é a maledicência.

 

1.

A sub-cultura tornou-se uma princesa em Portugal, com direito a dote principesco, como é natural. E o retrocesso cultural alegremente avança, e nós pouco fazemos, o que não vale nada.

Não será grande a ousadia de dizer que isso é moda em toda a Europa, e em todo o Ocidente, e deve ser, servos que somos do nada importa.

2.

Não produzimos quase nada. E também não precisamos. Afinal temos o sol, não é verdade? E íamos viver todos do turismo,  ora não era? E da restauração, pois claro. E como somos muito, mas muito espertos, entregamos tudo o que tínhamos ao desbarato. Entregamos os barcos e a pesca, Entregamos a agro-pecuária toda. A indústria pesada toda que tínhamos, porque afinal, e como disse, íamos viver sem fazer nada, abençoados todos pela mama dos subsídios garantidos, espalhados sempre entre a mesma malta.

3.

O 25 de Abril aconteceu. Tinha que acontecer. Bastava uma aragem para tudo ruir. Como bastou. Havia pessoas fadadas para suceder a Caetano e aos seus. Vieram de combóio de Paris. Depois de umas escaramuças foi-se reconstituindo aos poucos o parasitismo que fora incomodado, e virou tudo democrático. A esses se juntou alegremente todo o neo-parasitismo que usava brilhantina na oposição, e correu a pedir a sua avença, em nome dum anti-fascismo que, antes do fascismo cair, ou não se via, ou era muito difícil de encontrar. E ficam de fora os que de facto o foram, e sabe-se quem.

4.

Pois foi. Grandes senhores. Políticos da barataria e do tudo vale para se afirmarem. O interesse comum nunca lhes interessou. Mas tiveram que conceder (temporariamente) umas benesses ao povo, até ficarem com o controlo da coisa. Mas vejamos como a coisa foi desde o princípio, no seu essencial. Depois daquela descolonização exemplar, em que se abandonaram milhares e milhares de portugueses à sua sorte, muitos dos quais atravessaram parte de África, como alvos de caça a fugir, e viveram meses a fio em campos de refugiados no deserto do Namibe, e em que muitos, mas muitos mesmo, angolanos, com bilhete de identidade português, foram passados a fio de catana por terem servido no exército português, e a malta “revolucionária” daqui não disse nada. Até ajudou.

5.

E o que fizeram muitos dos responsáveis por essa situação lastimável? Meteram-nos na CEE, a toda a pressa, a toda a força, às três pancadas, a tudo cedendo, tal como na descolonização, abrindo o caminho para abdicarmos em toda a linha dos nossos interesses. Abdicou-se de tudo, nas costas dos portugueses, e sem os ouvir. E foi assim que fomos ficando sem nada. Mas ficamos com os subsídios. Mas, já repararam que os subsídios não são para o povo, mas para os barões. Quanta riqueza e quantos favores são pagos com isso?

6.

Comecei pela sub-cultura, princesa de Portugal. E volto a ela. É que agora aparece toda a gente a atacar o chamado neo-liberalismo, e bem, dizendo que os neo-liberais querem destruir os sistemas sociais existentes. Só me espanta que não tenham visto isso nos governos que temos tido, largamente dominados pelo PS. Assim, os neo-liberais não precisam de vir destruir o que o PS já fez, com a ajuda e a cumplicidade do sistema politico-partidário existente e, principalmente com o PSD, com o qual se forma o grande centrão. E o que é de espantar é que nessa gente reaccionária que se continua a votar. Entra aqui de novo a sub-cultura, que voto como quem vai beber ali à esquina mais um copo.

7.

Volto à sub-cultura e ao retrocesso cultural a que assistimos, e às consequências disso tudo. E por que é que estamos onde estamos? Exactamente porque em Portugal (na Europa e no Ocidente) o poder tem sido exercido por quem abandonou valores como a cultura, a fé ou a vontade num desígnio de elevação sócio-económico-cultural, a solidariedade, a humildade, a honra e a verdade. Isto é, por quem não tem vergonha nem escrúpulo algum em condenar um povo e gerações futuras à penúria e à injustiça.

8.

Na verdade, tudo somado, a União Europeia é um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e o Estado Social e a independência nacional sofreram gravíssimas gravíssimos atentados e rupturas. A Escola Pública, hoje, é um arremedo do que era há duas décadas. A saúde foi sujeita a cortês radicais e a sufocos irreversíveis, para se obter artificialmente um índice qualquer de propaganda de recuperação. As empresas emblemáticas estão vendidas. O país está a saque.

9.

Por isso, meus caros, continuem a iludir-se. É de espantar a crítica que fazem aos neo-liberais e até aos fascistas que anunciam que vêm, esquecendo-se de que os malefícios de que os acusam, e bem, já estão todos executados, ou em prática de execução. Sim, eu sei. É para desviarem a atenção do parolo, ora não é?

10.

Não vêem já os idosos abandonados? Não vêem já a falta de assistência regular no âmbito da saúde? Não vêem o que se passa no Ensino? Não vêem a que está reduzida a classe média, passando a haver muito mais pobres cada vez mais pobres, e cada vez menos ricos, cada vez mais ricos? Não vêem as cidades como estão? Não vêem os incêndios e os meios aéreos a continuarem a ser solicitados por adjudicação directa? E se pensam que isto vai melhorar com maiorias absolutas, estão enganados.

1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.vila nova online - jornal diário digital generalista com sede em vila nova de famalicão

Obs: texto previamente publicado na página facebook de António Mota, tendo sofrido ligeiras adequações na presente edição.

VILA NOVA, o seu diário digital. Conte connosco, nós contamos consigo.

Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.

VILA NOVA é cidadania e serviço público.

Diário digital generalista de âmbito regional, a VILA NOVA é gratuita para os leitores e sempre será.

No entanto, a VILA NOVA tem custos, entre os quais a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede, taxas específicas da atividade, entre outros.

Para lá disso, a VILA NOVA pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta. A melhor forma de o fazermos é dispormos de independência financeira.

Como contribuir e apoiar a VILA NOVA?

Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de mbway, netbanking, multibanco ou paypal.

MBWay: 919983484

NiB: 0065 0922 00017890002 91

IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91

BIC/SWIFT: BESZ PT PL

Paypal: pedrocosta@vilanovaonline.pt

Envie-nos os seus dados e na volta do correio receberá o respetivo recibo para efeitos fiscais ou outros.

Visite também os nossos anunciantes.

Gratos pela sua colaboração.

Deixe um comentário