Uma fatia de desespero na pele e um nó na garganta do sonho

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Não me lembro do dia em que o baloiço partiu, mas tenho quase a certeza que, nesse dia, o sol brilhava por cima do teu ombro, num ir e vir de promessas que nunca se haveriam de cumprir.

Lembro-me de um gato ter fugido com os teus olhos para lá do horizonte, e depois, quando já não sobravam barcos nas palavras, me teres cravado a âncora triste do teu beijo no coração.

Lembro-me da solidão ser uma faca espetada no peito de uma ilha, de não restar um fio de lua na boca, e para bebermos o amor, termos utilizado um verbo antigo estacionado nos teus seios.

Não me lembro, porém, por onde partimos a tristeza. Se pelo ventre da mentira, se pela áspera mansão do prazer. Sei que guardamos cada um uma fatia de desespero na pele e um nó na garganta do sonho.

Amanhã, tenho a certeza que virás habitar a minha dor. Guardei-te lugar nos dedos. Se tardares, fiarei uma aguarela com metáforas, se vieres cedo, espera-me no vento.

José Ilídio Torres à conversa com… José Ilídio Torres

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Categorias: Literatura, Poesia

Acerca do Autor

José Ilídio Torres

José Ilídio Torres nasceu em Barcelinhos em 1967. Estudou Direito e Arqueologia, mas acabou licenciado em ensino, variante de educação física, leccionando ao 1º e 2º ciclo do ensino básico. É formador em futebol há cerca de 20 anos. Trabalhou como jornalista na imprensa regional, em jornais como o Notícias de Barcelos e Primeiro de Janeiro, bem como na Rádio Cávado. É autor de 11 livros, em romance, conto, infanto-juvenil e poesia. Foi deputado municipal em Barcelos e candidato à Câmara Municipal pelo Bloco de Esquerda, tendo-se afastado recentemente da vida política activa.

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