Documento de síntese da Marktest contém informação relativa a todos os processos eleitorais ocorridos nas autarquias desde 1976: tomando como referência os votos por partido em 2017, os distritos de Braga, Porto e Lisboa são os que apresentam menor bipolarização
’45 Anos de Eleições Autárquicas em Portugal’ divulga geometria eleitoral

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‘45 anos de Eleições Autárquicas em Portugal‘, documento que sintetiza e permite conhecer com pormenor toda a informação compilada sobre as 12 eleições autárquicas realizadas em Portugal, acaba de ser lançado pela Marktest. Efeito da análise dos resultados de todas as eleições autárquicas ocorridas em Portugal [desde 1976], ‘45 anos de Eleições Autárquicas em Portugal‘ mostra como cada distrito tem a sua própria geometria, mas também como tem variado ao longo dos anos.
Tomando como referência os votos por partido em 2017, os distritos de Braga, Porto e Lisboa são os que apresentam uma menor bipolarização, pois os “Outros partidos/coligações” obtiveram resultados muito significativos no seu conjunto. Dessa forma, os dois partidos isolados mais representados nestes distritos não superaram os 50.8% do total de votos.
Os distritos de Vila Real e de Beja são os que apresentam uma maior bipolarização dos resultados. Em Vila Real, os dois partidos com maior votação (PS e PSD) representaram 84.3% dos votos totais, enquanto em Beja, esses dois partidos (PS e PCP-PEV) representaram 84% do total de votos. No distrito da Guarda, os dois partidos mais votados (PS e PSD) recolheram 80.6% da votação.
Geometria eleitoral
Esta geometria foi variável ao longo dos anos. Ao ser efetuada esta análise para as primeiras eleições autárquicas, em 1976, verifica-se que Braga, Viana do Castelo e Castelo Branco registavam uma maior repartição dos votos pelos principais partidos, com os 2 mais votados (PS e PSD) a não atingirem os 59% dos votos.
No outro extremo, Beja, Évora e Setúbal apresentavam-se como os distritos mais bipolarizados, onde os 2 maiores partidos (PS e PCP-PEV) recolhiam mais de 80% dos votos.
Os dados disponíveis mostram também que o conjunto “Outros” foi o que mais peso ganhou entre 1976 e 2017, sobretudo no distrito de Braga.
O peso dos partidos
O documento produzido pela Marktest evidencia também a evolução eeitoral dos partidos em cada região.
O PS também ganhou expressão política em todos os distritos, à exceção de Setúbal, onde perdeu quota entre 1976 e 2017. Este partido registou um maior crescimento no distrito de Vila Real, onde ganhou 22.6 pontos de quota.
O PSD registou quebras de votação entre 1976 e 2017 em quase todos os distritos do país. Essa quebra foi mais acentuada no distrito de Braga, onde perdeu 21.4 pontos percentuais de quota. Em 6 distritos o partido viu a sua percentagem de votos subir face a 1976, em especial no distrito da Guarda, onde ganhou 20.9 pontos de quota.
O PCP registou menor percentagem de votos em todos os distritos, quando comparados os resultados de 2017 com os de 1976. Essa quebra foi maior no distrito de Évora, onde perdeu 15 pontos percentuais, e menor em Vila Real, onde perdeu 1.2 pontos.
Por último, o CDS apresentou em 2017 uma percentagem de votação inferior à de 1976 em todos os distritos, em especial na Guarda, onde perdeu 33.2 pontos de quota. Em Beja, pelo contrário, foi onde menos perdeu (menos 0.9 pontos percentuais).
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Imagem: Drvr/Pixabay
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