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Desde que me conheço que me vejo envolvido em atividades de participação cívica, social e política.
Assumi, desde tenra idade, papéis de responsabilidade enquanto delegado de turma, catequista, bombeiro, dinamizador de grupos juvenis e, mais tarde, enquanto dirigente de várias associações, bem como em alguns cargos políticos locais e regionais. O poder de influenciar e criar condições melhores para a comunidade onde nos inserimos sempre me fascinou. Não percebo a ‘comodidade’ de criticar e nada fazer para que a situação mude. Do conforto de nossa casa ou do café, criticar a obra A, a injustiça da atitude B, a segregação dos benefícios para uns com claro prejuízo de outros não é aceitável. E conformar-me de que o mundo é assim, e por consequência, a Trofa é assim também, não é a minha forma de estar na vida.
Não lido bem com o conformismo ‘de que tudo é mau’ e ‘são todos iguais’, pois acredito que cada um de nós tem um papel fundamental na sociedade de forma a podermos melhorar, construir e desenvolver.
Bem sei, porque já senti na pele a imagem de ser ‘político’, o que é ser caluniado e acusado de mentiras sem qualquer fundamento. Mas porquê insistir? Porque continuo a acreditar que vale a pena lutar por um Portugal melhor, mas também por uma Trofa melhor acima de tudo.
Há alguns anos, num artigo de opinião, li algo que subscrevo e partilho:
“Os políticos devem a sua razão de ser aos cidadãos e não aos partidos. Essa é a grandeza da democracia, servir o bem comum, lutar contra as desigualdades existentes. É isso que deve guiar as linhas de um político.”
Alguns, nesta altura, questionar-me-ão: mas tu não fazes parte de um partido? Sim, sou militante e dirigente do Partido Socialista. Assumo-o em consciência e comungo dos princípios ideológicos do partido, sem abdicar da minha opinião, sem deixar de criticar quando não me revejo.
Não me revejo na postura de ‘carneiro’, de quem segue sem ter pensamento próprio, conforme muitas vezes afirmo perante aqueles com quem falo de política.
Hoje, a imagem do político está claramente denegrida, mas saibamos culpar as personalidades que o merecem, sem generalismos vazios de conteúdo.
Tal como a maioria, também me custa ouvir que ‘isto é o que todos os concelhos gostariam de ter’, e amanhã ouvir dizer, com voz firme, que nunca se defendeu a sua instalação aqui. Também me custa ver que o poder é exercido de forma tendenciosa, quando deveria ser imparcial e congregador. Também me entristece a forma arrogante e agressiva com que se ataca quem apenas pensa diferente ou preconiza outras soluções. Também me envergonha ver propostas classificadas como ‘politiquice’, quando as mesmas propostas são boas depois, porque surgem agora de outro quadrante partidário.
Como dizia Napoleão: “Em política, é preciso curar os males e nunca vingá-los”.
Numa altura em que todos queremos agarrar-nos à esperança de que podemos ter uma melhor sociedade, resultante dos momentos difíceis que ainda vivemos, fruto desta pandemia, é hora de ser diferente, de saber ouvir, de apresentar propostas concretas enquanto alternativa. Propostas que se centrem nos cidadãos, independentemente do cartão que estes trazem na carteira. É hora de ter a capacidade de galvanizar sem dividir, de ouvir e valorizar sem mentir e denegrir.
Por uma política de governação centrada nas pessoas, com respeito, elevação própria apenas de quem sabe ser estadista. A política e a gestão enquanto autarca tem de ser sentida como uma responsabilidade que obriga a prestar contas, uma e outra vez, sem desperdiçar recursos de todos, não é um direito, um privilégio que permita fazer tudo, sem respeito por quem pensa diferente.
Que cada um de nós saiba assumir o seu papel, enquanto político ou cidadão, mas com uma postura ativa e exigente, já que os trofenses merecem mais!
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Obs: publicação prévia na página facebook do PS – Trofa, tendo sofrido ligeiras adequações na presente edição.
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