Portugal vai alojar Aliança das Nações Europeias para o Empreendedorismo

Portugal vai alojar Aliança das Nações Europeias para o Empreendedorismo

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Portugal dá o primeiro passo na criação da Aliança das Nações Europeias para o Empreendedorismo, uma estrutura permanente europeia dedicada a esta área, com base numa proposta do Governo português que contou com o apoio da Comissão Europeia. Esta nova entidade –  Europe Startup Nations Alliance – terá sede em Portugal e a sua constituição formal será concluída este ano.

A iniciativa foi anunciada pelo Primeiro-Ministro António Costa, ficando claro que a estrutura visa aumentar a capacidade de competição da Europa com outras áreas geográficas na inovação tecnológica, devendo ser validado o princípio de acordo numa Assembleia Digital.

Este acordo constituirá «uma base de entendimento para promover o respeito pelos valores europeus e pelos valores fundamentais no ambiente digital, fomentar a digitalização da economia como fator de prosperidade e competitividade, e encorajar a cooperação internacional nesta área».

Ferramenta para a inovação

«A estrutura permanente, localizada em Lisboa, contribuirá para reforçar a marca europeia na área do empreendedorismo, evitar a fuga de empreendedores para outras geografias, reter e atrair talento, estimular o investimento, e promover a implementação das melhores práticas», referiu António Costa.

A Europe Startup Nations Alliance também harmonizará as ações dos 27 Estados da União Europeia «destinadas a alcançar um mesmo objetivo. Em suma, um novo modelo operacional de acompanhamento do ecossistema de empreendedorismo, mais eficaz, focado em atingir resultados», disse.

Na mesma data, referiu ainda, será também «inaugurado o cabo Ellalink, que ligará a Europa, África e a América do Sul, que contribuirá de forma determinante para uma maior autonomia digital europeia, no que respeita a infraestruturas e dados», acrescentou.

Liderança digital

António Costa sublinhou que a União Europeia deve ter a ambição de concorrer com os mercados mais competitivos, «assumindo-se como líder digital global, em linha com a estratégia Estratégia Digital para a Década, apresentada pela Comissão Europeia em 9 de março», em que serão financiados investimentos em tecnologia de ponta no espaço comunitário, em áreas como inteligência artificial e a cibersegurança, com um orçamento global de 7,6 mil milhões até 2027.

Europa a atrasar-se

Com este programa pretende-se que a Europa deixe de registar um crescimento mais lento em matéria de inovação tecnológica do que outras regiões do mundo, o que faz com que se assista a uma «dificuldade de retenção e atração de talento» e a uma «fuga de investimentos para mercados mais maduros, em particular os Estados Unidos da América».

Existem também problemas de «fragmentação legal, regulatória e de abordagem ao empreendedorismo entre os 27 Estados-membros» da União Europeia e de «dificuldade de atração de investimento».

Portugal a melhorar

Portugal subiu «à categoria de país fortemente inovador» e está agora entre os países «mais avançados em termos de Governo eletrónico», lançou «programas específicos de atração e retenção de talentos, como o Tech Visa e o Startup Visa» e recebe «todos os anos a mais emblemática conferência mundial na área do empreendedorismo e da inovação, a WebSummit».

«Também nesta área, há cerca de um ano, e apenas alguns dias antes do primeiro confinamento em Portugal, lançámos o Plano de Ação para a Transição Digital. Um plano que vai ser reforçado agora com o músculo financeiro do Plano de Recuperação e Resiliência nacional, que dedica 3,8 mil milhões de euros à transformação digital – 23% do total, acima dos 20% regulamentares», disse o Primeiro-Ministro.

Reforço da inovação e competitividade de 250 mil startups

Pedro Siza Vieira, o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, destaca, por seu turno, que «este é um importante marco para Portugal, na sua Presidência do Conselho da União Europeia, mas, sobretudo, para o reforço do papel da Europa, num contexto de recuperação económica. Um forte ecossistema empreendedor vai contribuir decisivamente para alcançar maior inovação e competitividade das economias».

«Este é o momento para reforçarmos pontes e aproximar países, pois, só como um todo, vamos conseguir reter startups e todo o talento deste setor, num contexto global altamente competitivo», conclui.

A Europa tem 246 mil startups, o que corresponde a 5,6 milhões de postos de trabalho no setor.

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Imagem: Campaign Creators + João Bica / ed VN

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Categorias: Economia

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