Memórias do ‘Externato Delfim Ferreira’ contadas em livro

Memórias do ‘Externato Delfim Ferreira’ contadas em livro

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Preservar a memória coletiva do Externato Delfim Ferreira e fazer perdurar no tempo a importância que o colégio de Riba de Ave teve para a vila e para todo o concelho de Vila Nova de Famalicão é o objetivo primeiro de um livro que deverá estar disponível ao público no próximo ano.

Ainda sem título definitivo por encontrar, o livro a ser editado pretende recuperar as memórias, vivências e sentimentos de ex-alunos, funcionários, professores e tantas outras personalidades que passaram por esta instituição educativa extinta em 2019 e que, durante várias décadas, foi uma referência regional e mesmo nacional pela qualidade do ensino ali ministrado.

A ideia partiu de um ex-aluno do Externato Delfim Ferreira, Bruno Marques. O redator e autor do livro, Bruno Marques, explicou, esta quarta-feira, na sessão de apresentação do projeto, que “mais do que contar a história, a ideia é tentar recolher as sensações, sentimentos e vivências daqueles que passaram pelo Externato”, referindo ainda que todos os testemunhos e contributos são bem-vindos, bastando para o efeito estabelecer contacto e/ou disponibilizar informação através do email criado [email protected].

Junta de Freguesia apoia e promove o projeto

O projeto deste livro foi, desde logo, acarinhado pela Junta de Freguesia de Riba de Ave, que se tornou sua promotora. “O Externato Delfim Ferreira foi um pilar de Riba de Ave e um dos rostos do seu desenvolvimento. Atualmente existe apenas na nossa memória coletiva e este livro vem fazer justiça ao papel que o colégio desempenhou nas nossas vidas”, afirmou, esta quarta-feira, Susana Pereira, a presidente da Junta de Freguesia de Vila de Riba d’Ave, na sessão de apresentação da obra, cuja edição conta também com o apoio da Câmara Municipal de Famalicão.

Escola determinante para as gentes do concelho

A apresentação do projeto contou também com a participação do vereador da Cultura e Educação do Município de Famalicão. Leonel Rocha referiu que a autarquia não poderia deixar de se associar a esta iniciativa que “pretende recordar o tanto que o Externato deu à comunidade”. “O Externato Delfim Ferreira foi determinante para as gentes do concelho e da região e esta determinação em preservar a memória e este sentimento de gratidão são muito próprios de uma cidade e de uma comunidade que se quer educadora”, acrescentou ainda.

A publicação irá contar cerca de 1.500 exemplares e deverá ser colocada à venda em 2022, ano em que o Externato Delfim Ferreira cumpriria 60 anos de existência.

Externato Delfim Ferreira, quase 60 anos de história

O Externato Delfim Ferreira nasceu em 1962, fruto do sonho de Aurélio Fernando, fundador do Colégio, em dotar a região de Riba d’Ave com instituição onde os jovens poderiam completar os seus estudos secundários, até então ali inexistentes. Aurélio Fernando idealizou um projeto e apresentou-o à família Delfim Ferreira que cedeu o terreno para edificar a obra.

Desde o início, teve a funcionar todos os ciclos de estudo desde o pré-escolar até ao secundário, e posteriormente acrescentado o Curso Profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação. Pioneiro no concelho de Famalicão, com a verticalidade de ciclos que sempre transportou, consubstanciados por um Ideário Educativo predominantemente dirigido à educação por valores em que a flexibilidade pedagógica se harmonizava com uma pedagogia de Projeto, traduzida na expressão “Faz e Pensa, Pensa e Faz”.

O Colégio estabeleceu com o Ministério da Educação um contrato de associação desde a entrada em vigor do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo. Neste contexto, desde 25 de Abril de 1974, o Externato Delfim Ferreira colocou à disposição do Estado as suas instalações para servir a população estudantil nesta área geográfica, constituindo-se parte integrante da Rede Escolar Nacional de Ensino.

Em 2019, na pausa letiva da Páscoa, o Externato encerrou a sua atividade depois de ter sido declarado insolvente em consequência de dívidas acumuladas de cerca de quatro milhões de euros. À época, o Ministério da Educação recusou o processo especial de revitalização apresentado pelo colégio, o que impediu os últimos cerca de 180 alunos de aí  terminarem o ano letivo, tendo sido transferidos para escolas públicas em localidades próximas.

 

Imagem: M VNF

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