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Dez anos depois da sua colheita, o Barca Velha de 2011 vai finalmente chegar ao mercado, anuncia a Sogrape. Depois de em outubro passado a Sogrape, ter decidido adiar o lançamento de Barca-Velha 2011, como medida de precaução e de boa prática enológica, após um rearrolhamento destinado a preservar a longevidade do vinho e proteger a sua notoriedade e qualidade irrepreensível, o vinho chegará ao mercado em abril.
2011 foi um ano de vindima excecional na região do Douro e esta colheita especial, em particular, acabaria por receber a mítica designação de barca-Velha. Fernando Cunha Guedes, o presidente da empresa, destaca que “entre todos os Barca-Velha, e por todos os episódios que o seu lançamento encerra, 2011 é o maior símbolo de uma busca apaixonada pela perfeição”.
As garrafas desta edição do mítico vinho duriense foram engarrafadas a 6 de maio de 2013, depois de um período de maturação de cerca de 18 meses em barricas de carvalho francês. Depois de superarem o teste do tempo em garrafa, as cerca de 30 mil unidades do Barca-Velha 2011 chegam agora, com quase um de atraso em relação ao previsto devido à pandemia de covid, às principais lojas da especialidade e restaurantes de referência.
O enólogo Luís Sottomayor, responsável máximo pela decisão de trazer este Barca-Velha 2011 à luz do dia, refere que “o vinho é que manda”. “Depois do rearrolhamento efetuado em setembro, o vinho tem demonstrado uma excelente evolução, estando já a revelar em pleno o seu bouquet”, mostrando ser esta colheita uma digna herdeira das suas antecessoras.
O comentário do enólogo surge no final da prova efetuada há dias, que libertou definitivamente o Barca-Velha da colheita de 2011 para o mercado. Para os apreciadores dos bons vinhos portugueses, esta é uma excelente notícia: 69 anos depois, o 2011 está aí para dar continuidade ao sonho de Fernando Nicolau de Almeida, que em 1952 decidiu criar um vinho tinto do Douro assente na mesma filosofia de qualidade e de guarda dos Portos Vintage. Como afirmou sobre estes vinhos Ana Cristina Marques, no Observador, este é um vinho ‘que nasceu para ser bebido no auge de uma velhice que poucos vinhos de mesa conseguem alcançar’.
Na opinião do enólogo Luís Sottomayor, vinte colheitas depois, temos uma edição que faz jus à sua história. Numa homenagem à arte de saber esperar para descobrir, este é “um vinho cheio de garra, com enorme maturidade, que reflete na perfeição o terroir do Douro Superior”.
A Sogrape, que se preocupou também em garantir nesta edição a autenticidade do vinho adquirido mediante aplicação de tecnologia antifalsificação, “não define PVP recomendado indicativo e não vinculativo” para esta marca. Assim, “o mercado é livre de estabelecer preços, mas dada a evolução desde o lançamento do último em 2016 (colheita de 2008), estimamos que o Barca-Velha 2011 chegue ao mercado com um preço superior ao que se verificou à época, de 400,00 euros”, confidenciou um responsável não identificado a António Larguesa do Jornal de Negócios. As edições dos anos 2000, 2004 e 2008 encontram-se atualmente no mercado a um preço aproximado de 700,00 a 800,00 euros.
A garrafa deverá ser colocada na vertical antes da abertura e aberta com duas a três horas de antecedência. O Barca-Velha 2011 deverá ser consumido a uma temperatura ideal entre os 16ºC a 18ºC. Com 14,5% de álcool, deverá ser cuidadosamente decantado para separar o sedimento natural. “Se está a pensar comprar um exemplar, pode bebê-lo de imediato, pois está pronto a consumir. Porém, a Sogrape assinala que este vinho tem um longo potencial de guarda e evolui positivamente em garrafa, que deverá ser mantida deitada. O apogeu é, por isso, estimado entre 15 a 20 anos após a colheita, prevendo-se contudo que se mantenha vivo por um período até hoje indeterminado”, recomenda ainda o especialista.
De “cor rubi profunda, [este] Casa Ferreirinha Barca-Velha 2011 apresenta um aroma muito complexo, com destaque para especiarias, como a pimenta, as notas balsâmicas, a cedro e caixa de tabaco, frutos vermelhos, como a ameixa madura, a ardósia e uma madeira de grande qualidade, bem integrada. Na boca, o vinho mostra uma acidez vibrante, muito viva e taninos muito firmes. O final é extremamente longo, de grande elegância e complexidade”.
Segundo lembra a Sogrape, o ano de 2011 “registou um inverno frio e muito chuvoso, o que contribuiu para a reposição das reservas de água no solo. Entre o final da primavera e o início do outono, o clima foi seco, registando-se duas importantes exceções, nos dias 21 de agosto e 1 de setembro, que totalizaram entre 35 e 40 mm de água em toda a região. O verão ameno e a disponibilidade de água no solo permitiram uma maturação das uvas muito equilibrada”.
Colheitas lançadas de Casa Ferreirinha Barca-Velha: 1952, 1953, 1954, 1955, 1957, 1964, 1965, 1966, 1978, 1981, 1982, 1983, 1985, 1991, 1995, 1999, 2000, 2004, 2008 e 2011.
Imagens: Sogrape
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