Música | Simbiose africana-europeia dos Kel Assouf encerra Ciclo da Terra no CIAGJ de Guimarães
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Esta sexta-feira, apresentaram-se na black box do CIAJG em trio, na Cidade Berço, os Kel Assouf: um baixo muito melódico e com grande pujança rítmica, o líder na guitarra, e uma bateria, de grande qualidade, a marcar ritmos, extremamente dançáveis e agradáveis ao ouvido, numa simbiose africana e europeia de ritmos extremamente apelativos.
Fazendo apelo ao movimento dos corpos e dança, mas sem sair do lugar, a sua música logo conquistou a plateia – presente em grande número -, e falou-se da pandemia e do facto de não se poderem ver os rostos. Anana Harouna, por momentos, ainda esteve tentado em pedir para se baixarem as máscaras, mas acaou por mudar de ideias.
O publico e a banda queriam mais, mas os horários são agora curtos para as artes do palco.
Anana Harouna e Kel Assouf, um pé no deserto e outro na Europa
Em 2006, Anana Harouna chegou a Bruxelas após um longo exílio e criou uma nova banda: Kel Assouf. Desde então, explorou vários estilos e fórmulas, reunindo músicos de países africanos e europeus. A banda gravou dois álbuns com a Igloo Records: duas histórias completamente diferentes, de um estilo mais tradicional ao deep rock.
Com um pé no deserto e outro na Europa, Anana Harouna canta sobre o Saara, o Níger e Bruxelas. As melodias e ritmos são diretamente inspirados pela música berbere e as frases curtas, colocadas em escalas e ritmos da música tradicional keltamasheq, fazem lembrar a concisão do haiku japonês.
Os Kel Assouf são liderados pelo cantor, músico – ao volante de uma belíssima guitarra eléctrica Gibson Flying V (há fotos lendárias de Jimi Hendrix, Keith Richards, Ray Davies, Neil Young ou até a lenda dos blues Albert King com guitarras iguais em riste) – e compositor Aboubakar “Anana” Harouna, nascido nos arredores de Agadès, capital do Níger, e desde 2006 radicado em Bruxelas, onde formou a banda.
Ciclo Terra com regresso marcado para 2021
Fechou com chave de ouro a trilogia do Ciclo Terra preparado pela Capivara Azul para o CIAG neste ano de 2020, levando a Guimarães sons da Nigéria, depois de também o ter feito com os sons quentes e a eltrónica experimental de Cabo Verde – Julinho da Concertina – e da Galiza – Baiuca. Está de parabéns a organização.
2021… PROMETE.
Imagens: Albano Mendes
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