Arte Urbana | Esposende inaugura ‘(A)braços com o Mar’

Arte Urbana | Esposende inaugura ‘(A)braços com o Mar’

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“(A)braços com o Mar”, da autoria do vimaranense Luís Canário Rocha, vai passar a ser uma nova marca identificadora de Esposende. A nova obra de arte urbana que enriquece a cidade foi hoje inaugurada e evoca os estaleiros e a vida do mar da comunidade piscatória Esposendense. Inserida no programa de residências artísticas “Amar o Minho”, esta obra complementa o projeto de arte urbana que o Município de Esposende implementou na marginal da cidade – com o projeto “Esposende SmartCity” – e que se prolongará para o futuro Parque da Cidade. A obra representa o fundo da vista do estuário do Cávado e visa enaltecer os valores das gentes de Esposende.

“Esposende é já uma referência, em termos de arte de rua, com obras de arte em contexto urbano, como é o caso desta obra agora inaugurada e de outras inseridas num contexto mais natural. Não ficaremos por aqui. O futuro Parque da Cidade prolongará a implementação desta estratégia, alargando [estas estruturas] à vila de Fão”, assumiu Benjamim Pereira, presidente da autarquia.

Tendo em conta a democratização do acesso à arte, Benjamim Pereira enalteceu o resultado que as obras de arte espalhadas pela cidade estão a alcançar junto da população: “Estas obras têm que interpelar a comunidade, fazendo pensar, promovendo a discussão e até a crítica. Queremos uma população instruída e o conceito de SmartCity afigura-se mais entendível pela população”.

Artista agradado por integrar comunidade artística representada em Esposende

Para Luís Canário Rocha, o autor de “(A)braços com o Mar”, a criação atendeu à “cenografia que interpreta o território e a paisagem, indo buscar as raízes da construção naval. Por isso, criei um azul especial para Esposende, a partir da desconstrução dos azuis oferecidos pelo estuário do rio Cávado”. O artista manifestou orgulho por “integrar esta comunidade artística representada em Esposende”, cidade onde, segundo Luís Canário Rocha, “faz cada vez mais sentido para os artistas realizarem trabalhos”.

Esta obra de arte foi financiada por fundos comunitários, no âmbito do consórcio “Minho IN” que integra as comunidades intermunicipais do Alto Minho, do Cávado e do Ave, em representação de 24 municípios. A Zet Gallery é responsável pela coordenação artística do programa de residências artísticas, tendo como curadores do projeto Helena Mendes Pereira e Rafael Vale Machado.

Sobre a obra de Luís Canário Rocha, Helena Pereira destaca o facto de pertencer “a uma geração de artistas que aplica a aprendizagem da academia à intervenção urbana”. E acrescenta a curadora: “Da rua e das linguagens de intervenção urbana traz a paleta viva, as palavras (repletas de conotação social e política) que povoam o suporte e os temas”.

A vocação turística de Esposende surge agora associada à vertente cultural, complementada com a disponibilização de arte urbana, suportada na matriz que potencia os processos criativos, enquanto espaço privilegiado para envolver o autor, a obra, o público e o território.

No âmbito do projeto Esposende SmartCity foram já inauguradas as obras “octo_ _ _ _”, de Pedro Tudela e Miguel Carvalhais, “Padrão do Mar”, de Volker Schnüttgen e “Mulheres do Mar”, de Vhils.

Luís Canário Rocha formou-se pela Faculdade de Belas Artes da Universidade Porto (FBAUP) em Artes Plásticas na vertente de Pintura,  e expõe com regularidade desde 2007. Em 2018 destacou-se pela participação na exposição coletiva – ‘7 formas poético-casuísticas’ – na Zet Gallery, em Braga, e as residências artísticas em que participou, em Figueira Castelo Rodrigo (Projeto de arte Pública) e Braga (Zet Gallery – Tutoria pedagógica inserida no Simpósio de Arte e Sustentabilidade).

Fonte e Imagens: Município de Esposende

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