Têxtil Adalberto de Santo Tirso cria máscara anticoronavírus

Têxtil Adalberto de Santo Tirso cria máscara anticoronavírus

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A inovadora máscara têxtil MOxAd-Tech custa 10,00 euros e resulta de um projecto de cooperação que juntou as empresas  Adalberto e Sonae a outras instituições do mundo académico e científico. Esta máscara acaba de ver certificada a sua capacidade para inativar o novo coronavírus, responsável pela Covid-19. A máscara, reutilizável, foi testada em França e aprovada para 50 lavagens, com resultados que superam as melhores expetativas do fabricante.

O projeto das duas empresas nacionais resulta de uma parceria de cooperação entre a comunidade empresarial, académica e científica. Ao longo de dois meses, foram realizados diversos estudos que acabam por confirmar que estas máscaras são únicas no mundo. Depois de testada em 50 lavagens, a entidade certificadora oficial francesa comprova que a máscara mantém uma retenção de partículas a 100% e uma respirabilidade de 230 Pascais, quando em França se requer apenas um mínimo de 100.

As máscaras estavam a ser comercializadas desde abril, mas só agora saíram os resultados dos testes, havendo agora perspetivas de comercialização para uma produção que poderá atingir as 100 mil unidades diárias. Foram confecionadas durante o confinamento para tirar empregados do regime de lay-off.

As máscaras podem ser lavadas e têm uma vida útil de pelo menos um ano. Dados os excelentes resultados, estão agora, a ser estudados outros produtos têxteis com as mesmas características, tais como lençóis.

MOxAd-Tech protege contra bactérias e vírus

“Acreditamos que esta será mesmo a melhor máscara do mercado”, afirma, convicta, Susana Serrano, a CEO da Adalberto ao T-Jornal, publicação especializada propriedade da ATP – Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal, animada pelos resultados acabados de chegar do IFTH – Institut Français du Textile e de l’Habillement.

“Notável, se pensarmos que há no mercado máscaras em que passado um minuto os utilizadores já não conseguem respirar”, regozija-se Susana Serrano, explicando que a MOxAd-Tech tem associada a inovação Adalberto com aplicação antimicrobiana tanto na camada exterior como interior, protegendo contra bactérias e vírus. “Além disso leva ainda na camada interior um acabamento com gestor de humidade”, explica a administradora da empresa.

A máscara é constituída por três camadas de tecido, mas “a camada exterior tem um repelente. Os vírus transmitem-se por gotículas de água e assim que caem numa máscara elas escorregam”, referiu também Susana Serrano à Rádio Observador, sublinhando que, assim sendo, “a probabilidade de [a gotícula] ficar no tecido já é reduzida”.

Resultante de um projeto de cooperação que juntou a Adalberto Estampados e a Sonae, pelo lado industrial, e o CITEVE, o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e a Universidade do Minho, pelo lado da investigação, a máscara MOxAd-Tech foi das primeiras a obter a certificação do CITEVE. Nesta altura, o processo de certificação nesta agência está ainda nas 10 lavagens, mas a gestora acredita que, tal como em França, obterá a certificação para as 50 reutilizações.

Inovação cria valor económico e social

Este é o único modelo de máscara desenvolvido pela Adalberto, que apostou tudo nas suas componentes de eficiência e inovação. O próprio ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, quis conhecer ao vivo o seu processo de fabrico tendo estado na Adalberto em meados de Maio, salientando o exemplo de como a cooperação entre empresas, universidades e centros de inovação pode ajudar a desenvolver soluções inovadoras e a criar valor económico e social.

“A máscara beneficia de um revestimento inovador que neutraliza o vírus SARS-CoV-2 quando este entra em contacto com o tecido, efeito que se mantém mesmo depois da realização de 50 lavagens”, concluiu o Instituto de Medicina Molecular após os testes efetuados.

“Os testes à máscara MOxAdtech revelaram uma inativação eficaz do SARS-CoV-2 mesmo após 50 lavagens, onde se observou uma redução viral de 99% ao fim de uma hora de contacto com o vírus, de acordo com os parâmetros de testes indicados na norma internacional”, explicou Pedro Simas, investigador e virologista daquele instituto, referido pel’ O Minho, citando a nota de imprensa de divulgação.

“De forma simplificada, estes testes consistem na análise do tecido após o contacto com uma solução que contém uma determinada quantidade de vírus, cuja viabilidade se mede ao longo do tempo”, adianta o especialista.

Até agora foram fabricadas mais de um milhão de unidades da MOxAd-Tech, com uma produção diária que anda nas 15 mil unidades por dia. A capacidade instalada pode, no entanto, atingir as 100 mil máscaras por dia.

Fontes: T-Jornal, Sic Notícias, O Minho, Observador; Imagens: (0, 1) Adalberto Estampados

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