PAN quer ver esclarecida eventual ligação entre aterros sanitários da Trofa e de Santo Tirso
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Em face de posições pouco claras e de informações contraditórias por parte da Câmara Municipal da Trofa e da empresa de gestão de resíduos, o Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza solicitou informações sobre os aterros de Covelas, na Trofa, e o aterro Santa Cristina do Couto, Santo Tirso, ao Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
Que se passa afinal com os aterros de Covelas e Santa Cristina?
Há cerca de um mês e meio, a 19 de maio, surgiu, de forma inesperada, a notícia de que a Trofa iria receber um aterro sanitário da Resinorte que aproveitaria as infraestruturas de um outro já existente, mas desativado, e que se situa mesmo ao lado, em território do concelho de Santo Tirso. A instalação seria aí instalada a troco de uma indemnização de 2 milhões de euros pagos pela empresa gestora de resíduos.
Entretanto, a autarquia terá mudado de posição e recuado no patrocínio do equipamento sanitário, mas isso não tem sido suficiente para demover protestos reunidos sob a designação “Movimento contra o aterro em Covelas”, bem como (in)certezas relativamente a todo este processo, uma vez que o aterro poderá avançar, mesmo contra a vontade do Município da Trofa e das suas gentes.
Com efeito, no seguimento das notícias veiculadas sobre a construção de um novo aterro em Covelas, no concelho da Trofa, pela empresa Resinorte, surgiram posições e testemunhos contraditórios sobre a extensão do mesmo ao aterro sanitário de Santa Cristina do Couto, em Santo Tirso, encerrado desde 2016 por ter atingido o limite de capacidade de deposição.
“O PAN pretende que o Governo venha proceder a um cabal esclarecimento, de forma a que fique claro para as populações saber se há ou não a intenção política de reativar o aterro de Santo Tirso e se há relação com o novo aterro da Trofa”, exige Bebiana Cunha deputada do PAN à Assembleia da República, eleita pelo círculo do Porto.
Ora, segundo declarações de Sérgio Humberto, Presidente da Câmara da Trofa, “a freguesia de Covelas, naquele município, iria receber a extensão do aterro sanitário que será reativado em Santo Tirso, recebendo a autarquia dois milhões de euros de indemnização”. Ainda de acordo com o autarca, o aterro “vai funcionar dos dois lados [Santo Tirso e Trofa], pois assim será aproveitada a estrutura do lado de Santo Tirso, designadamente do tratamento dos lixiviados”. No entanto, a Resinorte não só nega a versão divulgada pelo autarca da Trofa, como dá inclusivamente nota de que o aterro de Santo Tirso “tem já um projeto aprovado pelas autoridades competentes, para a sua selagem definitiva e subsequente integração paisagística, que se efetivará também a breve prazo”.
“Consideramos igualmente importante que sejam conhecidos os resultados da monitorização ambiental das células já encerradas; qual a área a ser ocupada pelas novas células a construir e que tipo de tratamento vai ser utilizado no tratamento de águas lixiviantes, já para não falar das conclusões do estudo de impacte ambiental”, sustenta ainda a deputada do PAN.
Fontes: PAN, Município da Trofa, O Aterro da Trofa, Expresso; Imagens: (0) Google, (1) PAN
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