Os caminhos do Teatro do Noroeste

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Uma Odisseia sem fim à vista

9 de Abril chegou após vários dias. Muitos esperavam pelo encerramento das actividades do Teatro do Noroeste, desconhecendo, nas palavras de Ricardo Simões, “os encontros diários da equipa no Whatsapp”. Com a chegada da nova epidemia, o flagelo moderno do teletrabalho alastrou ao sector cultural. Mas para os profissionais do teatro minhoto, essa fatalidade tornou-se numa solução. Ricardo tinha sido claro: “há iniciativas planeadas, numa lógica idêntica à do Teatro do Noroeste em sua casa”. Ricardo estava empenhado em “obrigar os seus colegas a fazer coisas“, afirma Tiago Fernandes. Esse objectivo levou o director artístico a dar um passo em frente.

No dia 11 de Abril, a primeira dessas iniciativas foi revelada: ao meio-dia, estreou a primeira web-novela em Portugal, “2020: Odisseia sem Espaço!”. A voz de Alexandre Calçada ouve-se no início do episódio experimental, a trautear a primeira secção do “Assim Falava Zaratrusta” de Richard Strauss, numa referência ao clássico “2001: Odisseia no Espaço” de Stanley Kubrick. É o início da saga de Jaime de Lavoisier e Ferreira, o protagonista. Interpretado por Calçada, o herdeiro da família Lavoisier e Ferreira é colocado em quarentena ao voltar do Vietname, numa sátira da realidade actual. Os espectadores ficam presos ao ecrã e o espectáculo continua.

Haverá planos para uma segunda temporada? Talvez Elisabete Pinto, enquanto directora do Centro Dramático de Viana e esposa do criador da web-novela, tenha informações privilegiadas:

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Acerca do Autor

Pedro Maia Martins

Esposendense de nascimento, barcelense de criação e conimbricense por hábito. Licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Colaborou no passado com o Jornal Universitário de Coimbra - a Cabra e com a Revista Via Latina - Ad Libitum. Foi o último editor de País e Mundo do referido jornal. Colabora neste no momento com a Vila Nova Online e a Revista Bica.

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