Música | Pedro Maia Martins entrevista os NU: ‘O que nos une é o rock’
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PMM: De onde surgiu a ideia de um videoclip de todo o álbum?
NU: A ideia do vídeo surgiu antes da ideia do álbum. Queríamos gravar um vídeo em formato live e esse foi o ponto de partida. A duração, o número de temas e a narrativa depois criada apareceram naturalmente com o desenrolar de todo o processo.
PMM: Qual tem sido a reacção do público?
NU: É difícil dizer isso em termos concretos, porque o mundo real, aquele em que poderíamos levar este álbum a alguns palcos e perceber a reação das pessoas ao vivo, está parado. Quanto à reação nas redes sociais e de pessoas mais próximas com quem tivemos oportunidade de falar, penso que está a ser positiva no geral.
PMM: Falem-nos dos EP’s anteriores.
NU: O Sala de Operações nº 338 (2016) é gravado a partir de composições feitas e pensadas para os ‘Concertos Púbicos’. A gravação surge da urgência de quem fez algo que precisa de ser registado antes que desapareça. O álbum surge de dois dos concertos para os ‘Púbicos’: a Baratas e A Puta Dança, e a Lunar Caustic, que transporta o livro homónimo de Malcolm Lowry para o espetro musical. Foi tudo um processo quase impulsivo. Tínhamos urgência em registar, em ouvir. O II surgiu, em 2018, a convite de um amigo nosso que tinha criado recentemente um estúdio. As duas músicas já tinham sido compostas durante os concertos que fomos tendo no primeiro EP (homónimo) e vimos aqui uma oportunidade de registar as músicas. Os textos exploram temas como a psicose nocturna, o consumo selvagem, a cidade. Na altura, a banda teve uma reformulação e isso influenciou o mudou a sonoridade. É uma abordagem mais directa e agressiva do que até então tínhamos feito.
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