Eventos, feiras e festas e a sua relevância para os comerciantes em Braga

Eventos, feiras e festas e a sua relevância para os comerciantes em Braga

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Há uns meses atrás, escrevi um artigo com um título semelhante, mas em vez da palavra “comerciantes”, utilizei  “Cidade de Braga”. Nessa altura, existia já muita controvérsia em relação ao que se realizava em Braga. Foi então que decidi escrever  um artigo no qual defendia que a realização de eventos, feiras e festas era de todo importante para a cidade. Foi realçada a importância para os comerciantes de Braga, e para os bracarenses, de, ao longo dos últimos anos, terem tido um executivo municipal que lhes proporcionou a oportunidades de assistirem a diversos eventos com cariz de diferentes formas de arte e cultura. Recordo-me bem que até lamentei as vozes dos designados “velhos do Restelo”, que estariam sempre a criticar tudo e todos, com foco nas realizações camarárias. Críticas essas movidas por frustrações políticas ou simplesmente por não se adaptarem a esta nova realidade contemporânea.

Pois bem, o executivo camarário, e bem, devido à questão pandémica que atravessamos e ao risco de contágio elevado, anunciou o cancelamento de quase todos os eventos para o ano 2020, incluindo a tão famosa Noite Branca, que se realiza no mês de setembro. Decisão difícil, mas ponderada, que demonstra que um líder tem de tomar decisões, mesmo que para a saúde económica da cidade esta não fosse a melhor solução; mas a saúde em primeiro.

Ao mesmo tempo, anuncia que irá redirecionar 25 milhões de euros para a realização de obras públicas. Não haverá eventos. No entanto, as verbas serão utilizadas para melhorar a qualidade de vida dos Bracarenses.

Como não se agrada a todos nunca, ironia do destino que agora se escutem nas redes sociais e em alguns movimentos políticos que – com o cancelamento de eventos e sem um futuro risonho –  a restauração e o comércio irão enfrentar  dificuldades para fazer face aos seus compromissos. Não deixa de ser caricato! Há uns bons meses, muitos desses críticos apontavam os eventos de Braga como sendo realizados em em número exagerado e usando infraestruturas por todo lado. Hoje criticam este mesmo executivo pelo cancelamento desses eventos.

A crítica é sempre fácil de fazer, a capacidade de sugerir ou fazer melhor é bem mais difícil.

Cada dia que irá passar sobre esta pandemia, com todas as alterações que vamos sofrendo no nosso quotidinao, seja a título particular ou comercial, irá mostrar-nos que a dinamização, até então, da cidade de Braga, era vantajosa para todos. Para a Cidade, para a Câmara Municipal, para os comerciantes, e no fundo para todos os Bracarenses.

Braga sempre esteve cotada como das cidades com maior qualidade a nível turístico, com mais diversidade em termos de conteúdos de programação cultural e desportiva. Hoje estamos parados. É de realçar a coragem do Executivo nesta tomada de decisões de cancelamento de tudo. Para quem acusava este executivo de viver das festas e festinhas, hoje comprovamos o contrário, hoje Braga abdica dessas festas por questões de prevenção de saúde.

Mas continua a existir  uma variável que não podemos esquecer, os comerciantes. Se não tivermos as festas e os eventos, quantos hotéis, hostels, residenciais, restaurantes, cafés, irão passar dificuldades?

Nos últimos anos, aumentamos a dimensão da população, tal como aumentámos também no número de comerciantes e empresas a laborar na nossa cidade. Muitas delas correm o risco de não aguentar o choque económico que esta pandemia trouxe a todos nós. Pior estarão aquelas que não tenham grande fundo de maneio. Estar dois ou três meses com porta fechada não será uma tarefa fácil. Teremos urgentemente que encontrar medidas para estimular o comércio local. Espero que esse rumo seja encontrado com urgência, pois se não temos as festas, ou outros eventos que poderiam estimular esta área, temos então obrigação de enquanto Bracarenses ajudar estes comerciantes que lutam todos os dias para laborar na nossa cidade. A ajuda terá que partir do Governo, e no que for possível do município e de todos os Bracarenses. Braga já era grande, mas se nos unirmos seremos Enormes.

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Categorias: Braga, Crónica, Economia, Pandemia

Acerca do Autor

José Macedo

Economista.

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