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Esta pandemia do vírus da Covid-19 veio-nos mostrar que o caminho para o socialismo é agora mais fácil, uma maravilhosa autoestrada segura e confortável. Nada podia ser mais conveniente. Mas não é simples, em tão poucas linhas, elencar todas as conveniências, pelo que vou apenas focar cinco delas.
Em primeiro lugar, tratou-se logo de controlar todos os órgãos de informação, principalmente as televisões, que mais não passam a não ser Covid, Covid, Covid… não oferecendo qualquer outra notícia, investigação, ou verdade, aceitando a informação apenas da fonte oficial e nunca procurando o contraditório, função fundamental dos jornalistas. Ou seja, os mídia tratam apenas de contribuir para a histeria geral, para passarem a mensagem única do governo e para fomentarem um estado de exagero, demência coletiva e crise incomportável. Falar do Trump, Bolsonaro e da imaginação dos confinados é agora um bom telejornal.
Em segundo lugar, os prometidos apoios (que até hoje não chegaram!!). Aquela mão socialista, providencial, paternal, que cumprirá, como sempre, com a nobre missão de salvar e apoiar os desfavorecidos (TAP, Carris, Transtejo, RTP, etc..) e distribuir dinheiro pelos pobres e pela economia em geral, já tão débil em si devido a anos e anos de gestões danosas do PS e PSD, em prol de um Estado de bem-estar social! Mas aqui não há, nem nunca houve “almoços de Borla”. No socialismo, estas apalavradas benesses, a curto prazo, vão ser compensadas por um aumento substancial de impostos (aposto já no ISP), austeridade e sobretudo empobrecimento, este último a matéria-prima de eleição para a eternização do regime.
Em terceiro lugar, com esta pandemia do vírus da Covid-19, aproveitou-se logo para a implementação de uma das regras bases de um bom estado socialista: decretou-se o “Estado de Emergência”. Totalmente desnecessário e exagerado, autoritário e controlador! Bastava emitir umas regras, bastava uma lei que limitasse um pouco a circulação; não era de modo algum necessário este abuso à liberdade individual e coletiva, nem tão pouco necessário este “atestado de irresponsabilidade” passado aos portugueses. Cabe ao estado socialista proteger e zelar pelo seu povo.
Em quarto lugar, a abertura à hipocrisia e oportunismo, através do aproveitamento político de alguns, como por exemplo, do Senhor Medina, que sem escrúpulos nem vergonha na cara, recebe, para todos verem, no aeroporto um avião carregado de material que nada tem a ver com ele, ou ainda do Populista PR e de alguns autarcas e ministros.
Em quinto e último lugar, esta pandemia do vírus da Covid-19 fez esquecer tudo o que gravita de importante na sociedade: o mau funcionamento dos serviços públicos e da justiça. Havia um caos antes da pandemia que agora ninguém fala, parece que todos já conseguiram tirar o cartão de cidadão sem filas, todos conseguiram passar à frente nas infinitas listas de espera do SNS, todos conseguiram resolver os seus litígios no tribunal onde paralelamente todos os corruptos, políticos, Sócrates e Isabeis, ex-políticos e “donos disto tudo”, foram julgados e bem condenados! Parece finalmente que está tudo bem e que foi tudo bem resolvido; os portugueses e enfermeiros passaram a heróis, na figura de um colega emigrado em Londres; o défice está esquecido, das dívidas do Estado ninguém fala, nomeadamente da dos hospitais; o novo aeroporto já foi construído e a central do Pego demolida; já não há cativações; o fim da contribuição audiovisual foi implementado, já se cumpriram os 86% das promessas eleitorais que em janeiro ainda não haviam sido sequer iniciadas; o IVA aos investigadores já foi devolvido… Enfim tantas coisas resolvidas!
Finalmente vivemos num mundo perfeito, sem economia, sem escola, obrigados a estar em casa podendo, contudo, passear o cão, sem poluição, sem saúde, em breve sem emprego, muito em breve sem nada, mas com a desculpa de não pagarmos o que devemos.
Lembrem-se, depois desta pandemia, os ricos ficarão ainda mais ricos e os pobres serão mais, muitos mais e muito mais pobres.
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Francisco J.R. Pimentel Torres, Engenheiro, nasceu no Porto em 1958 e vive desde criança em Braga onde estudou no Liceu Sá de Miranda e posteriormente se licenciou em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade Minho. Frequentou também uma pós-Graduação em Ciências Multimédia na Universidade Católica do Porto. Começou a sua vida profissional como Systems-Engineer na Sopsi-Bull, passando depois para um agente IBM, onde coordenou equipas de desenvolvimento de software. Posteriormente estabeleceu e geriu a filial de Braga. Estabeleceu-se depois como Empresário e é hoje CEO de duas pequenas empresas e business-angel de uma startup tecnológica. Foi o Criador e Gestor da Rede Alumni “Pioneiros da Universidade do Minho”, e foi mais recentemente Presidente da Associação do Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM); foi também Membro do Conselho Alumni da Reitoria da Universidade do Minho. Escritor amador, autor de dois romances históricos: “1385 o Golpe dos Bastardos” e “1494 Tordesilhas”) e também de um Estudo Genealógico. É Colunista de Opinião em alguns Jornais regionais. É Desportista Veterano de Motociclismo (Enduro e Motocross) e de Golfe e foi enquanto jovem atleta de Andebol do ABC, sendo depois responsável pelas equipas dos escalões infantis. É sócio de diversas associações e membro do Partido Iniciativa Liberal. Gosta de Hard Rock e Blues, especialmente Beth Hart, White Buffalo, Metallica etc.., e tem como principais interesses o “e-government” Autárquico e Regional, a História Medieval, a leitura e viajar de moto.
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