O Domingo de Ramos e o alinhamento cósmico

O Domingo de Ramos e o alinhamento cósmico

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A 5 de abril assinala-se o domingo de Ramos, o último domingo da Quaresma, que marca o início da Semana Santa, a semana que antecede a Páscoa. É o dia em que se assinala a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um dos acontecimentos mais marcantes da sua vida terrena.

Foi um sinal poderoso e surpreendente. Tratou-se de um gesto de desafio a todos os poderes instituídos (políticos, religiosos, e outros), que não raras vezes usam e abusam da autoridade mediante a violência, a opressão, a exploração e a tirania. Um gesto de desafio a todas as estruturas sombrias pelo poder imensamente transformador do Amor Infinito.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém

A entrada triunfal em Jerusalém é um evento da vida de Jesus, já no final de seu ministério, e que é relatado pelos quatro evangelhos canónicos do Novo Testamento (Marcos, Mateus, Lucas e João).

Ocorreu no período que antecedeu a Páscoa, a maior festividade do calendário religioso judaico, a festividade na qual se celebra a libertação do povo judeu, liderado por Moisés, da dominação egípcia.

Era uma altura em que as autoridades romanas, encabeçadas pelo prefeito Pôncio Pilatos, representante do imperador Tibério, reforçavam fortemente o dispositivo militar em Jerusalém, com a colaboração das autoridades judaicas do Templo, lideradas pelo sumo sacerdote Caifás.

Neste período, centenas de milhares de peregrinos deslocavam-se à Cidade Santa, oriundos do resto de Israel e dos diversos locais da diáspora judaica, dentro e fora dos limites do Império Romano.

Certamente, Jesus tinha numerosos admiradores. Até inclusive familiares seus que tinham tido reservas em relação à finalidade e à forma da sua missão tinham mudado de opinião. Maravilhados com o seu prestígio junto do povo judeu, incentivaram-no agora a ir a Jerusalém.

Quando Jesus e o grupo mais próximo dos seus companheiros e companheiras chegaram às proximidades de Jerusalém, gerou-se um entusiasmo crescente entre os diversos grupos de peregrinos, que decidiram organizar uma entrada triunfal na Cidade Santa.

Sabiamente, Jesus aceitou ser aclamado como o Enviado de Deus e o Messias anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, mas fê-lo de modo a evitar desordens e tumultos, que provocariam uma intervenção repressiva das tropas romanas, com consequências imprevisíveis.

Jesus assumiu-se como Messias, mas não como muitos tinham imaginado, inclusive uma grande parte dos seguidores, que sonhavam com um Messias conquistador.

Quando o grupo de Jesus chegou ao topo oriental do Monte das Oliveiras, na proximidade da povoação de Betânia, Jesus enviou dois dos seus discípulos à referida povoação para que trouxessem um jumento, símbolo da paz e da humildade. Uma montada simples do povo, em contraste com o cavalo, usado pelas classes privilegiadas da sociedade de então.

Jesus assumiu-se como o Príncipe da Paz anunciado por Isaías e o monarca messiânico pacífico e bondoso apresentado por Zacarias, estando bem consciente de que o único soberano autêntico de Israel e da humanidade é o próprio Deus.

Jesus montou o jumento e lentamente percorreu o caminho íngreme que descia pela encosta ocidental do Monte das Oliveiras, com vista para o Templo e o centro da cidade.

A multidão, cada vez mais entusiasmada, começou a estender panos no caminho a percorrer e a agitar ramos de palmeira e de oliveira. Formou-se uma floresta ondulante e vistosa e um cortejo triunfal.

“Hossana! Hossana ao Enviado de Deus, ao Filho de David” e “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Foram aclamações messiânicas que marcaram a entrada triunfal de Jesus, descendente do rei David, na Cidade Santa.

Tinha chegado a hora e os estavam lançados. O cenário anunciado pelos profetas do Antigo Testamento manifestou-se. Ninguém conhecedor das Escrituras hebraicas poderia não ter compreendido isso:

Alguns fariseus, preocupados com as implicações potencialmente revolucionárias da situação, pediram a Jesus que acalmasse os seus apoiantes. Jesus respondeu-lhes que se os apoiantes se calassem, seriam as pedras a aclamá-lo.

Com esta afirmação, Jesus referia-se ao clima forte de expetativa no plano messiânico, bem como à aspiração intensa de Israel e da humanidade no seu todo pelo restabelecimento do Reino de Deus, que toda a Criação, nas suas diversas dimensões, incluindo as pedras, ardem intensamente neste anseio.

Ao chegar ao centro da cidade, Jesus misturou-se na multidão. O seu objetivo não era liderar uma revolta, mas o cumprimento das profecias bíblicas que faziam referência à manifestação do Reino de Deus no nosso planeta, ou seja, a um novo paradigma das relações do novo paradigma das relações dos seres humanos entre si, com a Natureza e com a Fonte Divina da qual emana tudo o que existe.

O alinhamento cósmico

O Domingo de Ramos de 2020, em 5 de abril, coincidiu com o alinhamento de Júpiter e Plutão, marcando uma irradiação poderosa de Energia Cósmica que entrou no nosso sistema solar, consolidando a passagem da era de Peixes para a era de Aquário.

Com efeito, existe um crescente número de evidências que demostram que a vida no nosso planeta Terra está a ter uma transformação profunda motivada por mudanças energéticas ocorridas no nosso sistema solar, na nossa galáxia Via Láctea e no Cosmos em geral.

De acordo com a astrologia, estamos a assistir à transição da era de Peixes para a era de Aquário. Uma era astrológica é um período composto de aproximadamente 2.160 anos.

Mas existe um processo ainda mais amplo em curso. Os astrónomos, os astrólogos e mestres de diversas espiritualidades referem um alinhamento galático, um evento astronómico peculiar e raro que ocorre a cada 12.960 anos em que o nosso sol se alinha com o centro da nossa galáxia. Além disso, tem havido um aumento constante da atividade solar e a diminuição do campo eletromagnético da Terra, o que tem repercussões na energia de todos os seres humanos e não humanos.

Estamos numa altura privilegiada de manifestação da Consciência Divina, também denominada como Consciência Crística ou Cristo Cósmico, entre outras designações.

Consiste na Inteligência Infinita de Deus, presente em toda a Criação, sendo simultaneamente transcendente e imanente. Tem sido manifestada por Jesus e outros grandes mestres espirituais e que todos nós somos convidados a expressar, rumo a novos patamares evolutivos da consciência.

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Categorias: Crónica, Sociedade

Acerca do Autor

Daniel Faria

Nasceu em 1975, em Vila Nova de Famalicão. Licenciado em Sociologia das Organizações pela Universidade do Minho e pós-graduado em Sociologia da Cultura e dos Estilos de Vida pela mesma Instituição. É diplomado pelo Curso Teológico-Pastoral da Universidade Católica Portuguesa. Em 1998 e 1999, trabalhou no Centro Regional da Segurança Social do Norte. Desde 2000, é Técnico Superior no Município de Vila Nova de Famalicão. Valoriza as ciências sociais e humanas e a espiritualidade como meios de aprofundar o (auto)conhecimento, em sintonia com a Natureza e o Universo. Dedica-se a causas de voluntariado. É autor do blogue pracadasideias.blogspot.com e da página Espiritualidade e Liberdade.

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