Close-Up abre e fecha com Mão Morta e Orquestra de Jazz de Matosinhos

Close-Up abre e fecha com Mão Morta e Orquestra de Jazz de Matosinhos

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Amanhã, 12 de outubro, noite de abertura do Close-Up – Observatório de Cinema, em Vila Nova de Famalicão, e no sábado seguinte, 19, dois filmes-concerto serão apresentados em estreia na agora renovada Casa das Artes famalicense. Trata-se de duas encomendas que resultaram em bandas-sonoras originais, à Orquestra de Jazz de Matosinhos e aos Mão Morta, para dois filmes, notáveis sopros do cinema russo e largamente referidos como entre os melhores de sempre da história do Cinema.

Momento de privilégio, poderemos assistir, nestas duas noites, ao cruzamento de linguagens, Cinema e Música, que passará a fazer parte do património cultural do Auditório Municipal famalicense.

Assim, na noite de 12 de outubro, a Orquestra de Jazz de Matosinhos (OJM) apresenta uma nova pauta para um dos monumentos da história do cinema, O Couraçado Potemkine do revolucionador da montagem cinematográfica Serguei Eisenstein, sob a direção artística de Pedro Guedes.

O Couraçado Potemkine é celebrado como um dos melhores filmes de todos os tempos, um dos mais conhecidos da história do cinema e apresenta uma das mais célebres sequências da sétima arte. Realizado por Sergei Eisenstein, é um filme mudo soviético que estreou em 1925 e apresenta uma versão dramatizada da rebelião ocorrida, em 1905, no navio de guerra Bronenosets Potyomkin/O Couraçado Potemkin, cujos  tripulantes se revoltaram contra os seus oficiais superiores.

Razões mais que suficientes para este ser um grande desafio para os músicos João Guimarães, João Pedro Brandão, Paulo Perfeito, Pedro Guedes e Telmo Marques, autores da banda-sonora original que será interpretada, em estreia, pela Orquestra Jazz de Matosinhos dia 12 de Outubro, na Casa das Artes, no âmbito da IV edição do Close-Up – Observatório de Cinema de Famalicão. Controverso aquando da estreia no mundo ocidental, O Couraçado Potemkin foi considerado subversivo no Reino Unido, mereceu a censura das autoridades nazis, na Alemanha, e teve uma circulação limitada nos Estados Unidos. Inspirado nos acontecimentos reais de 1905, o filme divide-se em cinco episódios, três dos quais passados a bordo do navio e coincidentes com a memória histórica dessa revolta.

Por sua vez, no encerramento, a 19 de outubro, também no Grande Auditório da Casa das Artes, a seminal e catedrática banda bracarense  Mão Morta, uma das principais bandas de rock portuguesas, com uma carreira de mais de 30 anos, apresenta-se em versão trio (com Adolfo Luxúria Canibal, António Rafael e Miguel Pedro),  acrescentando sons e vozes aos interiores e exteriores de A Casa na Praça Trubnaia, obra-prima do ucraniano Bornis Barnet, o outsider do cinema mudo soviético,

Em A Casa na Praça Trubnaia, Pitunova chega a Moscovo, vinda da província, para trabalhar como empregada doméstica. Esta comédia conta a história da casa onde ela vai exercer e dos seus habitantes. Uma sátira à hipocrisia da pequena burguesia que sobrevivera na URSS à Revolução e que continuava, sorrateiramente, a explorar os necessitados.

Close-up – Observatório de Cinema dá a ver e debater o Tempo

De 12 a 19 de outubro, em vários espaços da Casa das Artes, o quarto episódio do Close-up – Observatório de Cinema, apresentará cerca de 40 sessões de cinema contemporâneo cruzadas com a história do Cinema, incluindo um passeio pelo Cinema Francês, sob o mote do Tempo (o que passa e o tempo do Cinema), incluindo filmes comentados por realizadores, jornalistas e académicos, sessões especiais e ante-estreias, e um panorama em volta da obra de Eduardo Brito.

Haverá também espaço para conversas, música e poesia, no café-concerto e no foyer, e sessões para famílias e para escolas, com filmes, oficinas e uma masterclasse de Pedro Serrazina.

Vitor Ribeiro, programador do Close-up, destaca, em particular, duas sessões especiais que irão apresentar os dois mais recentes filmes de dois grandes autores do cinema contemporâneo. “Na terça-feira, 15, apresentaremos Quentin Tarantino, máximo representante do cinema popular do nosso tempo, um cinema que ambiciona conversar, mas também meter-nos ao barulho com a história do cinema, com as suas pequenas e grandes histórias, os loosers e as lendas, em Era Uma Vez em… Hollywood. Na sexta-feira, 18, será a vez do filipino Brillante Mendoza (vencedor maior em Veneza com o seu filme Lola), na ante-estreia nacional de Alpha: Nos Bastidores da Corrupção. Apresentaremos assim o novo e mais recente capítulo do seu cinema humanista, que vive sempre na colisão do reduto familiar, de luta pela sobrevivência, contra a corrupção e o crime num dos territórios mais desiguais de todo o mundo”.

Fonte e Imagens: Close-Up

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