Legislativas | Nuno Sá: Temos de prestar uma atenção especial às questões económicas e sociais

Legislativas | Nuno Sá: Temos de prestar uma atenção especial às questões económicas e sociais

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Pedro Maia Martins: Como se apresenta aos nossos leitores?

Nuno Sá: Sou um famalicense, neste caso da vila de Ribeirão e tenho 43 anos. Formei-me em Direito na Universidade Católica do Porto e exerci a advocacia no meu escritório, também em Ribeirão, entre 2002 e 2005, tendo trabalhado também como quadro das Autoridade para as Condições do Trabalho. A partir dessa data comecei a desempenhar as funções de deputado à Assembleia da República (AR). Sou alguém com uma grande paixão pelo serviço público e encaro a política como o exercício que pode transformar a nossa comunidade num sítio melhor. Acredito nesse sonho e procuro levá-lo à prática todos os dias no exercício dos mandatos que tenho desempenhado.

PMM: Como entrou na política?

NS: Comecei ainda jovem, em Ribeirão, onde fui fundador do primeiro núcleo da Juventude Socialista (JS). Nessa altura tinha ainda 16 anos. Nessa altura cheguei a integrar as associações de estudantes da Escola C+S de Ribeirão e do Liceu Camilo Castelo Branco (risos).

Após licenciar-me em Direito, exerci funções no Governo-Civil de Braga, na altura encabeçado pelo meu amigo e conterrâneo Fernando Moniz. A partir de 2002, iniciei o exercício de vários mandatos como autarca na Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, onde liderei o grupo municipal do Partido Socialista (PS), e, mais recentemente, como vereador na Câmara Municipal. Em simultâneo, tenho desempenhado as funções deputado na AR desde 2005.

PMM: Relativamente ao distrito de Braga, quais são as áreas de atuação mais importantes?

NS: Nós temos de prestar uma atenção especial às questões económicas. No caso específico de Famalicão, estamos perante um concelho muito pujante na economia. Trata-se do maior concelho exportador da região Norte e o terceiro maior a nível nacional. São números de mais de dois mil milhões de euros de exportações que Vila Nova de Famalicão tem. O próprio distrito de Braga, no seu todo, é um forte motor da economia nacional. Isso deve-se ao valor, à dedicação e ao empenho dos nossos trabalhadores, em primeiro lugar, e também dos empregadores. Nós temos grandes empresas, mas também temos muitas pequenas e médias empresas que precisam de uma monitorização e atenção permanentes. É o caso das empresas do setor têxtil, da carne, da metalomecânica ou do calçado, que exigem um acompanhamento e dedicação nas medidas que devemos implementar. Nós temos de estar sempre atentos, sem descurar o comércio e os serviços. Outra área muito importante para nós é a área social. Esse campo de atuação é muito caro ao PS, logo estará sempre presente. Refiro-me aos rendimentos dos portugueses e aos seus direitos sociais de uma forma mais genérica, à continuação das políticas de robustecimento e aumento de rendimentos das famílias, em particular da classe média. Nesta última legislatura, nós tomamos medidas que foram de encontro a quem estava no limiar da pobreza, a quem não tinha nada, a quem o anterior governo fez fortes cortes no rendimento, como os pensionistas ou aqueles que recebem o salário mínimo. Acabamos com os cortes nas pensões e reduzimos o IRS, mas não podemos esquecer a classe média. Tanto no nosso distrito como aqui em Famalicão há muitas famílias de classe média para os quais temos de tomar medidas de carácter fiscal, medidas relativas à segurança social e aos direitos sociais.

Outra área de extrema importância para nós é a saúde. Nos últimos quatro anos, foi feito um investimento nessa área, de recuperação de mais de mil milhões de euros, mil milhões esse que haviam sido cortados pelo governo anterior. Mas não chega. É preciso continuar a recuperação desse investimento. Isso é prioritário.

A questão ambiental é outra área de atuação decisiva para nós. A questão dos rios é muito cara para o nosso distrito. Ligado a essa estão está o impacto das nossas produções industriais. A bandeira da despoluição e valorização, já em curso, do rio Ave é muito importante. Assim como a eficiência energética e a adoção de processos de produção industrial que respeitem o ambiente.

Por último, já não tanto a ver com políticas públicas, mas com a organização do nosso estado, precisamos de aprofundar ainda mais o processo de descentralização e combater o centralismo. Centralismo esse que não precisa de vir de Lisboa. O Porto, que está aqui ao nosso lado, pode ser tão ou mais centralista do que Lisboa. Eu, particularmente, sou um defensor da regionalização. Admito que depois de termos perdido o referendo, é preciso criar condições políticas para que a regionalização aconteça. Esse deve ser o objetivo, mas a descentralização de competências deverá ser o primeiro passo para se aproveitar os nossos recursos de forma mais justa e eficiente.

PMM: Quais são as mais-valias que poderá trazer se for eleito?

NS: Eu fiz todo o meu percurso de vida em Vila Nova de Famalicão. Sou ou alguém que os famalicenses conhecem bem. Eu tenho canalizado as minhas energias para a minha terra. Tenho essa proximidade com a realidade económica e social. Os eleitores podem contar comigo como uma voz defensora da nossa região e do distrito, mas em particular do concelho de Vila Nova de Famalicão. Não sou um político de Lisboa nem tenho ambições nesse sentido. Os cidadãos podem contar com a minha disponibilidade permanente para fazer a ligação entre as instituições e as pessoas.

Eu conheço bem o concelho porque também sei bem o que é a sua gestão autárquica. Eu tenho acompanhado os dossiers do município ao longo de todos estes anos. Eu estarei disposto a colocar esse conhecimento ao serviço dos cidadãos.

PMM: Que poderemos esperar dos seus camaradas?

NS: Esta lista é composta por gente séria, dedicada à causa pública, competentes, com provas dadas e que representam os diferentes concelhos do distrito. A composição da lista representa também uma forte preocupação com a igualdade de género. A lista é encabeçada pela nossa camarada Sónia Fertuzinhos, uma vimaranense com experiência, conhecedora do distrito e com sensibilidade social. Uma das integrantes é também a secretária-geral da JS, Maria Begonha. Apesar de ela não ser natural deste distrito, nada faria mais sentido do que ela representar o distrito com a população mais jovem do país.
A nossa lista estará unida e formará um grupo parlamentar coeso para defender o distrito de Braga.

 

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Acerca do Autor

Pedro Maia Martins

Esposendense de nascimento, barcelense de criação e conimbricense por hábito. Licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Colaborou no passado com o Jornal Universitário de Coimbra - a Cabra e com a Revista Via Latina - Ad Libitum. Foi o último editor de País e Mundo do referido jornal. Colabora neste no momento com a Vila Nova Online e a Revista Bica.

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