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Pedro Maia Martins: Firmino Marques é candidato do Partido Social Democrata (PSD), às próximas eleições legislativas, pelo círculo eleitoral de Braga. Como se apresenta aos nossos leitores?
Firmino Marques: Eu sou licenciado em Filosofia e pós-graduado em Direito das Autarquias e do Urbanismo. Embora tenha ponderado a docência como opção de vida, eu nunca dei aulas. Sou um profissional dos Seguros, vida profissional da qual me orgulho. Mas nunca descuidei a questão cívica. Participei em causas sociais e políticas a nível da governação local, onde pensava que era preciso.
Eu tenho mais de 30 anos de vida autárquica: primeiro na oposição durante 12 anos, seguidos por 12 anos como presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, a maior junta de freguesia do Minho e uma das maiores do Norte do país. Recentemente, fui vice-presidente da Câmara Municipal de Braga durante seis anos. Tenho vivido numa luta contínua pela defesa dos interesses dos cidadãos e das instituições, procurando resolver questões práticas, algo que frequentemente falta na política. É necessária proximidade que dê resultados e concretize os anseios e os sonhos que as pessoas têm. Se não for assim, estaremos num mau caminho.
PMM: Como é que o Firmino Marques entrou na política?
FM: Tudo começou numa Associação de Estudantes, logo após o 25 de Abril, no Liceu Sá de Miranda. Quem presidia à Assembleia Geral da Associação era uma conhecida figura da política nacional: Miguel Macedo. Tudo começou a partir daí.
Mas curiosamente, ainda antes do 25 de Abril, o interesse pela política surgiu da amizade que, enquanto jovem de 14 anos, eu tinha e continuo a ter com Rui Rio. Foi o estímulo dele, a forma ativa de estar em sociedade, de estar entre jovens, que me abriu luz para aquilo que se passou a seguir. Por coincidência, encaixamos na mesma filiação partidária. Eu penso que isso que deveu aos valores, à orientação para a pessoa e para a resolução dos problemas dos cidadãos serem preocupações tanto minhas como dele.
PMM: Relativamente ao distrito de Braga, quais são as áreas de atuação mais importantes para si e o PSD?
FM: O fortalecimento e a criação de condições para o Quadrilátero Urbano (Braga, Guimarães, Famalicão, Barcelos) é uma das questões mais importantes. Há condições para este progredir servindo os 14 municípios constituintes do distrito de Braga. Temos um exemplo frutuoso e positivo, no sector cultural, que tem provado na prática que é possível conjugar as quatro cidades entre si.
Também é necessário dar condições de mobilidade aos industriais no tocante às acessibilidades aos parques industriais do distrito, garantindo-lhes as mesmas condições que os grandes parques têm. Por exemplo, o município de Braga tem feito um esforço enormíssimo para criar uma ligação com o Parque Industrial de Pintacinhos que agilize as entradas e saídas de grandes viaturas para que estas possam depois sair do próprio concelho. Há também o caso da variante do Cávado na sua plenitude, desde o referido Parque até à zona de Ferreiros, com vista a escoar o tráfego quer de pesados quer de ligeiros. O município bracarense tem arcado com todos os encargos nesta área quando deveria ser o governo a fazê-lo. Nesse sentido, queremos que o governo cumpra a responsabilidade que tem nesta matéria. O estímulo à criação de emprego é outra área essencial, através do incentivo à redução fiscal.
No caso da saúde, há muito a resolver, apesar da nossa ministra ter aparecido nas notícias a saudar as consultas descentralizadas num bairro de Lisboa, como se o sector não fosse assolados por outros problemas. Temos o caso do Hospital de Braga: durante anos tivemos um excelente exemplo de gestão público-privada. Os utentes tinham um tratamento de saúde com qualidade. Os índices de satisfação após as consultas eram bastante altos. Não sabemos se continuará a ser assim com esta gestão pública. Nós exigiremos todos os dias que continue a sê-lo. Quer a nível parlamentar, quer a nível municipal, manteremos um interesse na manutenção ou melhoria dessas condições.
No que toca à regionalização, nós defendê-la-emos se o modelo proposto for adequado. Se for algo semelhante ao “modelo de regra e esquadro” proposto nos anos 90, sem falar previamente com as instituições e população locais, claro que o rejeitaremos. Ouvindo-se as pessoas e as instituições, o fortalecimento das instituições será o fortalecimento do país.
Há um conjunto de princípios que, embora sejam comuns a todos os partidos, nem todos têm a coragem de os concretizar. É necessário sabermos arrumar a casa para que consigamos chegar a todo lado.
PMM: Quais são as mais-valias que o Firmino Marques poderá trazer se for eleito?
FM: O meu passado, quer como autarca quer como profissional dos seguros, facilita-me a perceção do quanto as pessoas e as instituições são importantes. É fundamental levar os seus anseios e os seus sonhos até onde a sua concretização poderá ser decidida. Muitas vezes, apenas não se concretizam por falta de vontade dos agentes políticos. Basta ver que o projeto de renovação da Bica Pública da Sete Fontes: esteve oito anos na gaveta, mas nós não levamos mais de oito dias para o resolver.
PMM: Que poderemos esperar dos seus companheiros (i.e. dos outros candidatos integrantes da sua lista para o distrito), nomeadamente André Coelho Lima, cabeça de lista neste círculo eleitoral de Braga?
FM: Todos os concelhos se podem rever naqueles que serão os seus representantes na Assembleia da República, sem exceção. O nosso cabeça de lista, o Dr. André Coelho Lima, é um excelente exemplo de perseverança e de qualidade, daquilo que será o futuro do distrito de Braga e do nosso país.
Imagens: Pedro Maia Martins
Esposendense de nascimento, barcelense de criação e conimbricense por hábito. Licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Colaborou no passado com o Jornal Universitário de Coimbra - a Cabra e com a Revista Via Latina - Ad Libitum. Foi o último editor de País e Mundo do referido jornal. Colabora neste no momento com a Vila Nova Online e a Revista Bica.
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