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“O PAN – Famalicão, após pedido de esclarecimentos e acesso às informações necessárias, continua sem entender o porquê da continuação de uso de herbicidas e pesticidas no nosso Concelho”, considerou o partido político em comunicado emitido e assinado por Sandra Pimenta, representante da Comissão Política Concelhia, depois de ter sido distribuído em espaços públicos um AVISO da AmbiCalendário referindo que ia aplicar um herbicida de uso sistémico e não seletivo em Vila Nova de Famalicão no passado mês de maio.
Depois de não há muito tempo ter emitido um Manifesto – intitulado ‘Famalicão Sustentável‘ – dirigido a Paulo Cunha, presidente do Município de Famalicão, onde, entre outras medidas que o PAN considera melhorarem a vida dos famalicenses, instava a autarquia a adotar “o fim do uso de herbicidas/pesticidas em espaços públicos para controlo de ervas daninhas”, uma vez que “são vários os problemas de contaminação de solos, ar e águas, e até de saúde pública que advêm do uso de herbicidas”, os militantes do PAN – Pessoas – Animais – Natureza esperariam que tal não voltasse a suceder. Na ocasião, o PAN Famalicão reforçava a mensagem com um “Dizer não aos Herbicidas é dizer SIM às Pessoas” e um estímulo adicional ao autarca revelando acreditar que este seria “sensível para esta causa e problemática”, pelo que daria “a especial atenção que é exigida” ao problema.
O PAN manifesta-se surpreendido e agastado com Paulo Cunha e a autarquia famalicense, porquanto “o resultado das [últimas] análises à água mostra que – entre outros químicos – o Glifosato está presente na nossa água”.
Glifosato considerado um ‘provável carcinogéneo para o ser humano’
Segundo argumenta Sandra Pimenta, “a Organização Mundial de Saúde declarou o Glifosato como “carcinogéneo provável para o ser humano”. Esta classificação significa que existem evidências suficientes de que o Glifosato causa cancro em animais de laboratório e que existem também provas diretas para o mesmo efeito em seres humanos, embora mais limitadas. Estas conclusões foram obtidas através de estudos efetuados pela sua Agência Internacional para Investigação sobre o Cancro (IARC).
Contaminação generalizada por Glifosato
Um estudo realizado, em 2018, em Portugal, pela Plataforma Transgénicos Fora mostra que existe na população portuguesa uma contaminação generalizada por Glifosato, com níveis superiores a 18 países europeus onde também se efetuaram idênticas análises.
O PAN Famalicão lembra ainda que “a Quercus lançou uma campanha em Março de 2014 – Autarquias sem Glifosato – e são muitas as que já aderiram”.
Contaminação da água por Glifosato é preocupação maior
Refere Sandra Pimenta, do PAN Famalicão: “Preocupa-nos particularmente a contaminação das águas. Temos no Concelho fontanários cujo controlo da qualidade da água não é obrigatória, por não serem de origem única de água para consumo, mas que as pessoas abastecem na mesma, como é o caso do fontanário da Aveleira, em Calendário”, a freguesia onde agora o partido constatou estar a ser aplicada a substância que, no seu entender, o não deveria ser. “Estamos certos que em muitas outras [freguesias] o procedimento será igual”.
Sandra Pimenta e o PAN Famalicão pretendem um Concelho livre de herbicidas e pesticidas, “tal como consta no manifesto entregue recentemente” a Paulo Cunha, pelo que concluem não entender “o que está a faltar para uma tomada de posição séria sobre este assunto por parte da Autarquia e Juntas de Freguesias. Este assunto ser trabalho em conjunto para que mais e e melhores resultados sejam obtidos.
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Imagens: PAN
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