A Casa ao Lado participa no ‘Portugal in Soho’

A Casa ao Lado participa no ‘Portugal in Soho’

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Serão cerca de 150 os emigrantes e lusodescendentes a residir no bairro nova-iorquino do Soho que, no próximo domingo, 2 de junho, vão prestar um tributo ao azulejo português em plena Sullivan Street, onde sob a orientação do centro artístico famalicense A Casa ao Lado vão criar um vitral baseado nos padrões da azulejaria portuguesa.

 

 

Integrada no ‘Portugal in Soho‘, evento anual organizado pelo Arte Institute e que tem como objetivo reavivar a herança cultural portuguesa em Manhattan, esta intervenção artística comunitária será realizada a partir de placas acrílicas com o tamanho tradicional do típico azulejo português (15cm x 15cm), nas quais os padrões dos azulejos serão desenhados com recurso a uma técnica peculiar e pouco comum que envolve uma reação química provocada por lixívia.

Homenagem ao azulejo português

“Cada placa acrílica será inicialmente revestida com uma película especial em tom de azul, sendo posteriormente trabalhada através da aplicação, a pincel, de linhas finas desenhadas com lixívia, o que provocará uma reação química que levará ao estabelecimento do padrão do azulejo a desenhar”, explica Joana Brito, diretora artística d’ A Casa ao Lado.

O resultado final, adianta Joana Brito, “será uma peça única formada pela reunião do conjunto de cerca de 150 pequenas peças, com os padrões desenhados por cada um dos participantes. Com o sol e a luz do dia, as transparências resultantes da aplicação da lixívia vão projetar sombras no chão, replicando no piso da Sullivan Street os padrões gráficos desenhados”.

PRIC: Processo de Internacionalização em Curso 

A realização deste projeto em Nova Iorque assinala também o arranque do processo de internacionalização d’ A Casa ao Lado, centro artístico fundado em 2005, em Vila Nova de Famalicão, pelo traço dos artistas plásticos Joana Brito e Ricardo Miranda, e que desde outubro do último ano integra a rede de Clubes UNESCO no campo da intervenção e criação artística.

 

‘Portugal in Soho’, iniciativa artística peculiar

O ‘Portugal in Soho‘ do Arte Institute, organização que tem vindo a promover a cultura e a arte portuguesa em Nova Iorque, oferecendo aos artistas portugueses um espaço de intervenção, propiciador de inspiração intercultural e catalisador de um diálogo artístico inovador entre as muitas comunidades de Nova Iorque e os artistas portugueses, é por isso a ocasião de eleição para fazer este processo de internacionalização acontecer. Esse ambiente promove uma troca única entre visões tradicionais e não tradicionais de como a arte pode unir audiências com diferentes origens culturais.

Todos os anos, o Arte Institute organiza a iniciativa ‘Portugal in Soho‘, com o objetivo de dar a conhecer aos americanos o impacto cultural da numerosa presença portuguesa que ali se fixou no século passado, impulsionando os jovens lusodescendentes a ter orgulho nos seus antepassados.

A Casa ao Lado trabalha em processos de intervenção comunitária

A Casa ao Lado, vocacionada para procurar o envolvimento em projetos que, partindo de uma educação e formação artística de base, permitam assegurar o cunho artístico interventivo nas comunidades, consagrando a sua marca e primando pela autenticidade, tem entretanto já asseguradas, para 2020, diversas intervenções artísticas a realizar em conjunto com as comunidades portuguesas a residir no estrangeiro, nomeadamente em Cabo Verde, na cidade da Praia, e no Brasil, em Brasília, ao abrigo de uma parceria com o Movimento Internacional Lusófono (MIL), um movimento cultural e cívico internacional que visa a promoção da cultura lusófona no mundo, e em Malaca, na Malásia, para criar uma marca representativa do Bairro Português em Malaca, em colaboração com a associação Coração em Malaca.

Recorde-se que, ainda no passado mês de abril, A Casa ao Lado inaugurou, em Famalicão, o projeto Labirinto das Artes, um centro interpretativo do grafismo que constitui um espaço único no país, onde a evolução da história do grafismo a nível mundial, desde a Arte Rupestre até à Arte do século XXI, é apresentada num percurso criativo que se assume como espaço de aprendizagem.

O processo de internacionalização d’ A Casa ao Lado surge, precisamente, numa lógica de aplicação prática e de interação com as comunidades locais a partir das dinâmicas artísticas promovidas pelo Labirinto das Artes.

“As atividades e o conceito de intervenção não se esgotam no espaço físico do Labirinto das Artes e queremos catapultá-las para o seu exterior, pois ao ultrapassar as barreiras físicas do espaço, os temas e conteúdos que trabalhamos ganham materialidade, realidade e aplicabilidades próprias”, sublinha Joana Brito.

 

Imagens: (0) A Casa ao Lado, (1, 2) Arte Institute

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