Ambiente | Guimarães ‘city changer’ Isabel Loureiro presente na Urban Future Global Conference na Noruega
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Guimarães foi uma das cidades convidadas participantes na conferência da Urban Future Global Conference (UFGC), em Oslo, na Noruega, reconhecida como Capital Verde Europeia 2019, uma referência no processo de transformação em curso no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável.
A mudança está no ar. Em todo o planeta, gente apaixonada e comprometida na luta por um futuro sustentável. E foi precisamente parte dessa mole que acabou de se reunir no maior evento da Europa para e sobre cidades sustentáveis - a Conferência Global Urban Future / Futuro Urbano. Ao todo, encontraram-se cerca de 3000 ‘city changers‘ na Capital Verde Europeia 2019 oriundos de 400 cidades de todo o Planeta.
Nesta conferência, a Coordenadora Geral da Estrutura de Missão Guimarães 2030, Isabel Loureiro, em representação do Município vimaranense, integrou uma sessão no sentido de partilhar a experiência de como desenvolver a base para mudanças substanciais nas cidades suportadas por novas formas de governança e liderança.
Esta sessão contou com mais 200 individualidades de todo o mundo, designados por “City changers” e deu a conhecer o trabalho da Estrutura de Missão para o desenvolvimento Sustentável Guimarães 2030 do qual resulta um processo de transformação para uma sociedade livre de carbono. Foram três dias de partilha de boas práticas abrangendo várias áreas do desenvolvimento sustentável; desde energia, mobilidade, alterações climáticas, modelos de participação, objetivos de desenvolvimento sustentável, inovação, emprego e compras verdes, financiamentos, inclusão, entre outras.
“Gente inovadora e com ideias para o futuro coloca o seu coração e energia em projetos para melhorar nossas cidades de modo a torná-las melhores lugares para viver – para nós e para as gerações futuras. Ouçamo-la, compartilhemos suas ideias e comecemos a agir”, referiu Gerald Babel-Sutter, fundadora e CEO da UFGC no final do encontro decorrido na cidade que ostenta o título bem merecido de Capital Verde Europeia 2019.
Oslo reduzirá as emissões de gases de efeito estufa em 95% até 2030. O município conta o dióxido de carbono da mesma maneira que conta o dinheiro. Por incrível que possa parecer, 76,6% dos automóveis vendidos em Oslo, em março de 2019, eram elétricos, o que faz de Oslo a capital mundial dos veículos elétricos. Para lá disso, até 2028, toda a frota de autocarros da cidade será de emissão zero CO2 e os novos edifícios públicos devem ser, em geral, energeticamente positivos.
Numa das sessões do encontro, em que se discutia o tema ‘Cidades sem Automóveis‘, Gerald Babel-Sutter deixaria um desafio. “Criar cidades que proporcionem residentes felizes parece ser uma batalha política bastante óbvia, mas ainda vemos que muitas cidades têm poucos espaços verdes, frente marítima indisponível e tráfego automóvel apertado”.
A anfitriã do evento, Hanna E. Marcussen, vice-presidente da Câmara Municipal de Oslo e vereadora para o Desenvolvimento Urbano da capital norueguesa, destacou, por sua vez, que “as cidades representam mais de 75% de todas as emissões de gases climáticos. É por isso que realmente importa como desenvolvemos cada uma delas. Uma cidade mais verde é uma cidade melhor. Para todos”.
Pela primeira vez, em cooperação com o Eurocities, a conferência integrou um grupo de 50 Jovens Líderes pré-selecionados com o objetivo de promover o diálogo entre líderes urbanos com responsabilidades e a geração futura, como foi o caso de Matt Stewart que liderou a conversa em torno de trazer o rio Yarra, em Melbourne, na Austrália, de volta à vida saudável saúde e torná-lo nadável.
Por outro lado, os ‘City changers‘ integraram mais de 20 eventos paralelos e 40 Visitas de Campo, em que exploraram as soluções encontradas por Oslo e lhe permitiram vencer o título de Capital Verde Europeia: nadar no fiorde, aquecer nas saunas flutuantes construídas em materiais reciclados, remar e constatar as mudanças arquitetónicas realizadas no porto da cidade, visitar a reabilitação a que estão a ser sujeitos marcos icónicos como o Museu Munch ou a nova Biblioteca Pública de Oslo, descobrir
a infra-estrutura de ciclismo e caminhar nas montanhas em torno da cidade.
Nesta Urban Future Global Conference houve ainda a oportunidade de se ver uma projeção, em realidade virtual, sobre o futuro para a cidade de Oslo, baseada apenas nas visões de alunos do quinto ano (crianças com 10 anos de idade). Quando questionados sobre a sua cidade futura ideal, eles exigiram mais árvores, ar limpo, menos carros, fachadas verdes, entrega efetuada em drones em vez de carrinhas, campos de hortaliças e pátios desportivos nos telhados, mas acima de tudo o que eles mais desejavam era cidadãos felizes.
Imagens: Geir Anders Rybakken Ørslien
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