Revolut instala centro de apoio a clientes em Matosinhos

Revolut instala centro de apoio a clientes em Matosinhos

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A Revolut decidiu instalar no centro de Matosinhos aquele que será o segundo maior centro de apoio a clientes no mercado europeu, a seguir ao que se encontra já instalado em Cracóvia, na Polónia, revela o Jornal de Negócios na sua edição de hoje. A tecnológica financeira promete iniciar esta operação ainda nesta primavera de 2019 com cerca de 70 funcionários e aumentar o volume de emprego nos anos seguintes.

A Revolut pretende atrair um misto de jovens e experientes profissionais, encontrando-se neste momento o processo de recrutamento a decorrer no site da empresa. Entre os anúncios disponíveis há mais de uma dezena de ofertas para chefes de equipa e especialistas em diversas línguas: português, espanhol, francês, italiano, alemão, grego, búlgaro, checo, húngaro, lituano, romeno e japonês.

Segundo António Larguesa refere no Jornal de Negócios, “foi em setembro de 2018 que os responsáveis da Revolut, um negócio já apelidado pelos próprios como a “Amazon da banca”, vieram a Portugal pela primeira vez. Aqui encontraram um país acolhedor, cheio de talento e jovens ansiosos por mudar o mundo financeiro para melhor”, refere-se citando a diretora da área de assistência aos clientes da Revolut, Inna Grynova. “Olhando para qualquer parâmetro, Portugal estava sempre entre os líderes. O país “criou uma marca forte” neste tipo de escritórios, tem competências linguísticas e oferece um “equilíbrio perfeito entre o custo e qualidade das operações”.

Lançada no mercado português em outubro de 2017, a Revolut tem atualmente 120 mil utilizadores em Portugal e refere estar a conquistar 600 novos registos por dia. Oferecendo soluções mais rápidas e baratas que os bancos tradicionais, à imagem de outras plataformas digitais que estão a conquistar clientes em Portugal, através desta app a fintech garante fazer transferências internacionais gratuitas, trocar dinheiro em 24 moedas e gastar dinheiro sem pagar comissões em 150 países através do contactless da Mastercard ou Visa. Para avançar na expansão portuguesa, a Revolut não descarta a hipótese de eradesão à rede Multibanco.

A Revolut acaba de alcançar os 4 milhões de clientes e tem como objetivo atingir os 100 milhões de clientes nos próximos cinco anos. Em 2019, deverá ainda começar a operar nos Estados Unidos, Canadá, Singapura, Japão, Austrália e Nova Zelândia.

Segundo Rui Rocha Ferreira, no Dinheiro Vivo, a Revolut nasceu com um objetivo bem definido: “acabar com os bancos tal como os conhecemos. Através de uma aplicação para smartphone, os utilizadores podem carregar dinheiro na sua conta Revolut para fazer sobretudo compras online ou em países estrangeiros. Já as compras físicas ficam asseguradas pelo cartão bancário pré-pago, pois ainda há muitas lojas que não suportam pagamentos mobile. Dito de outra forma, a Revolut quer ser a única carteira de dinheiro que as novas gerações vão precisar”.

Pablo Viguera, porta-voz da empresa, nesse mesmo artigo, refere que “as novas gerações, as gerações que estão para vir, não percebem a linguagem dos bancos, não percebem como os bancos falam para eles, não percebem os produtos dos bancos. Queremos criar produtos que estejam relacionados com o dinheiro da mesma forma que queres interagir com o Instagram para colocares a tua vida em fotografias”.

A simplicidade da experiência de utilização via smartphone é uma das formas que mais aproxima o utilizador e as finanças pessoais da Revolut, mas a vertente internacional foi das que mais contribuiu para o crescimento da startup, uma vez que o serviço permite fazer compras e transferências de dinheiro entre diferentes divisas, à taxa de câmbio mais atual, sem cobrar comissões exceto ao fim-de-semana.

Edward Robinson, no Bloomberg, salienta ainda que um dos fatores para este sucesso está também relacionado com  a era do open banking aberta para os consumidores quando os legisladores europeus permitiram, há um ano atrás, através da Diretiva de Serviços de Pagamento, a partilha de dados de contas com concorrentes desde que os clientes dessem suas permissão. Com esta legislação comunitária, ainda no seu início de aplicação, é provável que novos players da tecnologia como a Amazon e a Google venham também os seus próprios serviços bancários de retalho nos próximos anos.

Por fim, saliente-se que em dezembro, a fintech obteve uma licença bancária na Lituânia que a habilita a concorrer com a banca tradicional no Velho Continente. Os clientes passam assim a poder receber os salários na conta da Revolut e ainda fazer depósitos, estando estes fundos protegidos pelo sistema de garantia até 100 mil euros. Além disso, passa a existir a possibilidade de contas a descoberto e ainda a cedência de empréstimos.

Imagem: Virgínia Santos

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Categorias: Economia, Empresas, Matosinhos

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