Bloco | Catarina Martins: Cabe ao Governo resolver problemas, em vez de os adiar

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No debate quinzenal realizado ontem, 10 de dezembro, na Assembleia da República, Catarina Martins exortou António Costa a “resolver problemas, em vez de os adiar”. Alertou ainda para os “défices do país”, considerando-os mais importantes do que a “corrida do défice com Bruxelas”.
“Não estava à espera destes novos porta-vozes das reivindicações sindicais”, começou por afirmar para, de seguida, perguntar às bancadas do PSD e CDS “onde é que estavam quando este mês se votou a contagem do tempo de serviço dos técnicos de diagnóstico e terapêutica quando fizessem a transição para a nova carreira?”
A coordenadora bloquista denuncia que as bancadas da direita chumbaram “as propostas para as quais agora defendem a contestação”. “Haja decoro e limites para a hipocrisia!”, pediu.
Governo “deve resolver problemas, em vez de os adiar”
“Sabemos o que fez a direita e toda a gente sabe que destruir é muito mais rápido que construir. Mas também é claro que permanece um injustificável estrangulamento dos serviços públicos. Esse estrangulamento está no equipamento que falha nos transportes, hospitais, escolas, prisões. Mas também nos problemas que se arrastam sobre as carreiras dos seus profissionais”, notou a deputada bloquista.
“Forças de segurança, magistrados e oficiais de justiça, professores, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, enfermeiros… O Governo adia soluções e com isso deteriora a situação. Profissionais que vêem os seus problemas de carreira sempre adiados e que trabalham em serviços públicos depauperados. Não temos sequer de concordar com todas as formas de luta para concordarmos com as justas reivindicações destes trabalhadores”, sublinhou.
“Cabe ao governo dar o passo essencial. Ter a humildade de ouvir e capacidade de dialogar. Negociar, em vez de empatar. Resolver problemas, em vez de os adiar”.
“É nossa convicção que o Governo não adia por incompetência nem por desleixo. Adia porque está convicto de que é mais importante a corrida do défice com Bruxelas do que resolver os défices do país. É um erro”, avisou Catarina Martins.
“Já ninguém acredita nas metas do Tratado Orçamental. O Partido Socialista votou contra o Tratado ainda este mês no Parlamento Europeu. Macron acaba de anunciar mais défice em França. O anúncio de défice zero dará talvez para uma campanha a curto prazo. Mas não é sustentável nem responsável”.
Lei de Bases da Saúde em espera. Até quando?
A fechar, a coordenadora bloquista questionou o chefe do executivo com a Lei de Bases da Saúde. “Há quase um ano, o governo prometeu uma proposta de Lei de Bases da Saúde. A de Arnaut e Semedo, que o Bloco trouxe para o parlamento, está na comissão de especialidade desde junho”.
“Vai o Governo juntar-se a este debate? Quando? Antes ao final do ano? Quanto tempo mais até que o Governo cumpra o que prometeu?”, questionou ainda.
Fonte: Esquerda.net
Imagem: ARtv
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