Parábola do mito, da alegoria e da utopia

Parábola do mito, da alegoria e da utopia

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Apareceu, envolto em nada, com uma auréola de quase tudo. Sem explicação plausível para compreensão do povo seguidor, numa circunstância própria a fenómenos de natureza informal a que as formalidades necessárias foram o acrescento narrado por gentes do tempo e que no mito depositaram crença ajustando-a ao crer coletivo vigente para que vingasse.

Não se estranha, por isso, que hoje, como no passado, por de trás de um qualquer mito, independentemente da narrativa feita, haja interesses temporais de conveniência individual sobre o coletivo porque o mito lhes serve de meio para atingir os fins pretendidos.

Fins que não são motivo confessional aquando da apresentação e posterior justificação na narrativa do mito em causa devido a fatores de circunstância, política e social, no tempo em que ocorrem. Porque os mitos, as alegorias, as utopias e outros, são de todos os tempos. Passado, presente e futuro.

Um mito é sempre supremo. Superior. Deus.

A alegoria é sempre comparativa e por isso estabelece semelhança.

A utopia é sempre a ilusão geradora de sonhos.

Daí que o mito necessite de ser figura e nunca figurado. Porque a figura emana enquanto que o figurado, alegoricamente, pode ser muitas outras coisas. A utopia não é uma coisa nem outra por superioridade moral sobre ambos.

Se por um lado, Platão, na sua obra “A República”, constrói a “alegoria da caverna”, em que o Homem, na projeção da sua sombra, ajuíza não haver mais nada para além dela, Sartre defende na sua teoria sobre “O existencialismo” que o Homem tem total responsabilidade nas escolhas que faz e Karl Marx profetiza uma sociedade em que será possível aplicar a máxima “ De cada um segundo as suas possibilidades, a cada um segundo as suas necessidades”, uma teoria utópica para uma parte significativa dos Homens.

Temos assim um mundo fechado em torno de um Homem e a sua própria sombra, alegoricamente, em que depois de uma saída da caverna a constatação de que há, para lá da sombra, outro mundo, passou a mensagem aos seus seguidores.

E temos outros Homens que, assumindo as escolhas que fazem, não abdicam das utopias a que essas escolhas deram a forma e a “alegoria das cavernas” o conteúdo. Deixando para trás os mitos que em tempo oportuno ultrapassaram.

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Categorias: Crónica, Filosofia, Política

Acerca do Autor

António Fernandes

António da Silva Fernandes nasceu em 1954, em S. José de S. Lázaro e reside atualmente em S. Mamede de Este, em Braga. É chefe de serviços da Alcatel. Como dirigente associativo, esteve e/ou está envolvido com: ACARE; GETA; Academia Salgado Zenha; Academia Sénior Dr. Egas; Associação de Pais da Escola Dr. Francisco Sanches; APD - Associação Portuguesa de Deficientes; Associação de Solidariedade Social de Este S. Mamede. Ao longo da sua vida, desenvolveu atividade política no MDP/CDE; JCP; PCP; LIESM-Lista Independente de Este S. Mamede; Comissão Política do Partido Socialista - Secção de Braga; Clube Político do Partido Socialista - Secção de Braga. Na política autárquica, desempenhou funções na Assembleia de Freguesia e no Executivo da Junta de Freguesia de Este S. Mamede. Desenvolve atividade na escrita: Poesia em antologias nacionais e plataformas digitais; Artigos de Opinião em Órgãos de Comunicação Social local e nacional, em suporte de papel e digital quer em blogues quer em Órgãos da Comunicação Social escrita. Colaborador na Rádio: R.T.M. (Solidariedade); Antena Minho (Cumplicidades).

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