Ensino | Nós Cidadãos e Braga para Todos agastados com incumprimento na Escola Básica de Esporões

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Depois de a Escola Básica de Esporões ter sido encerrada pelos pais e encarregados de educação no passado dia 2 de novembro, em protesto organizado pela respetiva Associação de Pais face ao atraso nas obras de requalificação em curso, o partido político Nós Cidadãos, também agastado com a atual situação na Escola Básica de Esporões, questiona publicamente o Executivo Municipal bracarense por um mês depois de promessas feitas sobre a colocação de novos contentores e aquecimento, bem como do fornecimento de capas de chuva aos alunos, estes ainda não terem aparecido.
“É normal as crianças do primeiro ciclo terem que levar dois pares de calçado, face à chuva que apanham para ir almoçar fora das instalações provisórias onde se encontram alojados durante as obras de melhoramento que a sua escola está a receber?”, interroga-se o Nós Cidadãos pela voz de Elda Fernandes, igualmente representante do movimento Braga para Todos.
O Nós Cidadãos pretende que Ricardo Rio “conte a verdade sobre a situação da Escola Básica do 1º Ciclo de Esporões, inativa desde 2016, face a obras de qualificação que deviam ter terminado a dezembro de 2017”. O partido acusa mesmo o edil de desonestidade política para com os pais das cerca de 60 crianças que frequentam a escola e de este só se ter mostrado solidário após o fecho da escola a cadeado pelos pais como forma de protesto: “Ricardo Rio esqueceu 60 crianças. Algumas nunca conheceram o que é uma escola, a culpa não pode ser da empresa que ganhou o concurso público, mas do edil que sabia que as obras estavam paradas e deixou andar, ou seja, a escola não vai abrir neste ano letivo se não houver o cumprimento da folha de ações em falta. Há alunos que vão para o 3º ano e nunca conheceram uma escola, tiveram sempre aulas em contentores, sem aquecimento, andam à chuva 400 metros para almoçar, e a levar dois pares de sapatos, não podemos de forma alguma aceitar isto.”
No entanto, o Nós Cidadão e o Braga para Todos, que contactaram encarregados de educação da escola para avaliar o sucedido, acusam o edil por não ter agido antes dos pais sucumbirem ao desespero por assistirem aos filhos sem acesso a uma escola digna: “Em maio de 2018, 15 meses após o fecho, as cerca de 60 crianças continuavam em instalações provisórias, a questão que temos que colocar a Ricardo Rio é: O que fez? Quantas vezes reuniu com os encarregados de educação? Satisfações? Mas a reposta é: Nada:”
Para o partido, “o mais grave e que deve ser alvo de reflexão para os bracarenses, é a forma como o executivo não soube gerir a crise, permitindo que crianças estejam há dois anos a ter aulas em contentores, sem recreio, sem refeitório, sem espaço coberto para prática de desporto e sem justificar quem está a pagar estes contentores: “A Câmara de Braga está a usar dinheiro público dos contribuintes para pagar o aluguer dos contentores, porque mais uma vez deixou andar”. Face às mais recentes promessas, referem ainda: “Até agora nada! Nem as obras estão a andar com a velocidade necessária para se cumprir os prazos”, afirma Elda Fernandes.
O Nós Cidadãos e o Braga para Todos exigem também transparência a Ricardo Rio: “Queremos saber quanto custam estes contentores aos bracarenses, quanto custa ter as crianças do pré-escolar no centro paroquial. Temos direito a exigir essas contas, porque esta escola não é um caso isolado.”
Elda Fernandes reforça ainda: “Se houve tanta preocupação e investimento com transporte para crianças às portas das escolas, como ficam 60 crianças esquecidas? É uma vergonha para Braga assistir a isto.”
Escola Básica de Esporões deverá obras concluídas ainda este ano
Em declarações à Lusa, dadas a público no SapoLifestyle, em 2 de novembro passado, Lídia Dias, Vereadora da Educação de Braga, chegou a admitir romper o contrato com a empresa responsável pela empreitada, alegando que esta teria tido dificuldades internas, mas que tal acabaria por ser mais pernicioso uma vez que teria que ser efetuado novo concurso público. Para além disso, a empresa ter-se-á comprometido a entregar a escola definitivamente pronta a 21 de dezembro próximo pelo que os alunos deverão passar a ater aulas na sua escola a partir doo início de 2019.
Fonte: Nós Cidadãos, Braga para Todos e SapoLifestyle
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