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A agência de notação subiu esta sexta-feira, 12, o rating da dívida portuguesa de Ba1, o último nível especulativo, para Baa3, o primeiro nível de investimento. A Moody’s foi a primeira das três grandes agências a colocar Portugal em ‘lixo financeiro’ 5 em julho de 2011 e a última a graduar a dívida portuguesa.
Após sete anos e três meses, a Moody’s decidiu finalmente voltar a graduar a dívida portuguesa de longo prazo para terreno de investimento. Esta sexta-feira, a agência retirou Portugal de ‘lixo financeiro’ subindo o rating de Ba1, o último nível de dívida considerada especulativa, para Baa3, o primeiro de grau de investimento. Subiu a perspetiva (outlook) para estável.
Também, esta sexta-feira, a agência canadiana DBRS confirmou a notação de Portugal em BBB (equivalente a Baa2 da Moody’s) com perspetiva estável.
A Moody’s foi a primeira, entre as três grandes agências de notação, a desgraduar a dívida portuguesa para ‘lixo financeiro’ em julho de 2011 e a última a retirar Portugal dessa condição. Deu, agora, esse passo, por considerar que a dívida portuguesa está numa trajetória de descida sustentada, que o setor financeiro está melhor e que o crescimento económico está a ser alimentado pelo investimento e pela exportação. O Jornal de Negócios refere que, “no caso de Portugal, a agência de rating – conhecida por ser mais conservadora – quis ver para crer. Expectante sobre o último Orçamento da legislatura, a agência de rating recebeu garantias de que a trajetória iria continuar e, por isso, decidiu melhorar a notação financeira da República portuguesa, um ano depois de ter melhorado o outlook para positivo e ter deixado em aberto uma revisão do rating num período de 12 a 18 meses”.
Segundo a agência, “a elevada dívida pública de Portugal mudou para uma tendência de queda sustentável, embora gradual, com riscos limitados de reversão”. O comunicado adianta, também, que uma ampliação dos vectores de crescimento e “uma posição externa estruturalmente melhorada aumentaram a resiliência económica”.
A Moody’s seguiu, com algum atraso, as decisões tomadas pela Standard & Poor’s em setembro de 2017, que subiu a notação para BBB- (o equivalente a Baa3 da Moody’s), e pela Fitch, que, em dezembro do ano passado, deu um passo ainda maior, e graduou a dívida para BBB (um nível acima da notação da S&P e da Moody’s).
“Esta revisão coloca a dívida portuguesa com a classificação de investimento pelas quatro maiores agências de rating mundiais”, declarou Mário Centeno, o ministro das Finanças, através da RTP3.
Com o pleno das agências de rating colocando Portugal em terreno de investimento, o leque de investidores interessados na dívida portuguesa, já sem qualquer ‘etiqueta’ de lixo financeiro, amplia-se. A entrada dos títulos portugueses em índices que só investem em obrigações sem qualquer mácula de ‘lixo financeiro’ abre uma janela de oportunidade para aumentar a procura nos leilões futuros de dívida organizados pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.
Até final do ano, está agendada só mais uma avaliação de notação pela Fitch a 30 de novembro.
Apesar do provável efeito benéfico para Portugal, não é expectável que esta decisão tenha um impacto muito significativo nos juros, que se encontram em níveis extremamente baixos. No entanto, uma das consequências poderá ser a atração de investidores mais conservadores com requisitos mais apertados, nomeadamente um índice do JPMorgan, o maior banco mundial, e alguns fundos de pensões que têm regras de aquisição de obrigações mais mais restritivas de modo a torná-las mais seguras.
Fontes: Jornal de Negócios e Partido Socialista
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