Orizuru? Origami envolve famílias e escolas em Famalicão

Orizuru? Origami envolve famílias e escolas em Famalicão

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As crianças do ensino pré-escolar de diversas escolas de Vila Nova de Famalicão são chamadas a integrar o projeto “Orizuro”, uma iniciativa de educação através da arte, que decorre até dezembro. Trata-se de uma ação da Casa das Artes de Famalicão em parceria com a Companhia de Música Teatral que se baseia na conceção de pássaros em origami a partir da experimentação de estímulos sonoros e sensoriais.

Cerca de duas dezenas de agentes locais de educação, nomeadamente da Associação Gerações, Escola Básica de  Louro e Mouquim, Centro Escolar de Antas, EB1 Lousado, Centro Escolar de Ribeirão, Agrupamento de Escolas Benjamim Salgado, CE Telhado e JI Gondifelos e Outiz, mas também de outras educadores de infância e auxiliares de educação de outras escolas do Município encontram-se envolvidas neste projeto de excelência. O início do projeto foi já em 4 de outubro 4 de outubro, na Casa das Artes famalicense, com uma iniciativa que integra a formação direcionada aos agentes locais e a antestreia de PaPI (Peça a Peça Itinerante) – Opus 8.

Origami & Orizuru

Nesta sessão, foi possível viver a experiência sensorial por que vão passar, agora, às crianças que educam nas suas instituições diariamente. Foi uma sessão animada e que exigiu a integração dos participantes numa moldura grupal, modelada por duas artistas da Companhia de Música Teatral. Foram cerca de duas horas de intensidade sensorial pouco habitual para a maioria das participantes, mas que terão conseguido apaixonar pela iniciativa as educadoras que vão agora implementar o projeto com os meninos e meninas com que trabalham. Outro dos objetivos de “Orizuro” é envolver os pais das crianças, permitindo-lhes a partilha do projeto em momentos de qualidade. Ouvir os pássaros, pintar, dobrar e construir o seu origami, são algumas das tarefas que os pais são chamados a fazer com os seus filhos, gerando, assim, eles mesmos, uma coprodução que será apoiada pela técnica, mais tarde, no respetivo Jardim-de-Infância.

A Companhia de Música Teatral e a Casa das Artes apoiam a execução do projeto, entre outras ações, com a PaPI (Peça a Peça Itinerante) – Opus 8, que concentra toda a narrativa do projeto e a torna mais compreensível por todos, em cada uma das instituições que se quiseram envolver.

O projeto Orizuro deriva do origami “Orizuru” – pássaro – que, na cultura tradicional do Japão, é um símbolo de felicidade e paz e inspirou este projeto. “Orizuru” visa ajudar a olhar e a escutar o mundo de forma poética a partir da primeira infância.

Tudo resultará na criação de uma “instalação” de origami em cada escola. Esta “instalação” é um objeto cénico preparado para ser “ninho” onde serão colocados os pássaros da imaginação de cada criança guiada pelos seus pais e educadores.

Num projeto a seguir com atenção, cada uma destas “instalações” de origami será, em dezembro, mostrada à comunidade na Casa das Artes, confirmando também a natureza da intervenção educativa deste equipamento cultural de Vila Nova de Famalicão.

Orizuru? Origami envolve famílias e escolas em trabalho artístico - Famalicão

Companhia de Música Teatral (CMT)

A Companhia de Música Teatral (CMT) tem como missão conceber projetos artísticos e educativos em que a Música é ponto de partida para a interação entre várias técnicas e linguagens de comunicação artística dentro de uma estética que vai da “música cénica” ao “teatro-musical”.

As origens da CMT radicam no cruzamento dos percursos artísticos e académicos de Paulo Maria Rodrigues e Helena Rodrigues: em 1994, Helena Rodrigues começava a introduzir em Portugal as ideias de Edwin Gordon sobre aprendizagem musical, influenciando a formação de vários profissionais interessados na área; simultaneamente, Paulo Maria Rodrigues, após a realização de estudos de doutoramento em Bioquímica e Genética Aplicada e uma pós graduação em Ópera, desenvolvia em Londres projetos com crianças combinando Música, Teatro e Dança. Após uma colaboração frutífera, de que resultaria a apresentação de “O Gato das Notas” na Expo 98, constituiu-se a cooperativa Companhia de Música Teatral. Desde então, a CMT tem desenvolvido um trabalho de articulação entre a investigação académica, a produção artística, a criação tecnológica, o envolvimento da comunidade e a divulgação de ideias sobre a importância da experiência musical em especial nas idades mais precoces. O historial da CMT inclui uma diversidade de criações originais que foram desenvolvidas e apresentadas para vários tipos de públicos. Entre os projectos mais emblemáticos contam-se BebéBabá, concebido em 2001 para Pais com bebés, e Grande Bichofonia, exemplo de “formação artística imersiva” para professores em associação à publicação Enciclopédia da Música com Bicho. Entre os espetáculos, destacam-se: “Uma Prenda para Eugénio de Andrade”, “As Cidades e a Serra”, “Cyberlieder”, “Bebé Plim-Plim” “Zyklus op.3”, “A Flauta Quase Mágica”, “Andakibébé”, “Nós e Voz”, “MNF/ Morte e Nascimento de Uma Flor”, “As Águias Voam Legatto”, “Zoo Lógico”, “Bichofonia Concertante – Opus Formiguinha”, “AliBaBach”, “Babelim”, “Anatomia do Piano” e o ciclo “Peça a Peça”. Noutro tipo de formato temos “BébéCúcú”, “Tribunal da Ralação”, “Gamelão de Porcelana e Cristal” e “Um Plácido Domingo”. De referir ainda um conjunto de publicações em formato de livro, CD e DVD associadas às respetivas criações artísticas.

O trabalho da CMT é regularmente apresentado em encontros organizados por prestigiadas associações científicas e educativas.

Desde 2011 que a CMT desenvolve um conjunto de boas práticas artísticas e educativas dirigidas à infância no âmbito de Opus Tutti e a partir de 2015 também através do projeto GermInArte , ambos apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian. A Companhia de Música Teatral tem contado com o apoio regular da DG Artes, é membro da RESEO e tem apresentado os seus trabalhos em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Áustria, Alemanha, Bélgica, Finlândia, Dinamarca, Polónia, Grécia, Chipre, República Checa, Lituânia, Brasil, Estados Unidos da América, Canadá, África do Sul, Macau, China, Hong-Kong e Tailândia.

Orizuru? Origami envolve famílias e escolas em trabalho artístico - Famalicão

Fontes: Município de Famalicão, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e Direção-Geral das Artes

Imagens: (0) Município de Famalicão, (1) Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, (2) Município de Famalicão

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Categorias: Agenda, Arte, Sociedade

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