Poesia | Prenda mais, Morro por ti: LXXIV – não me lembro de ti não mos recordes (momentos)

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não me lembro de ti não mos recordes (momentos)
que os lembrares tantos são
que deles não quero distinção
que dê azo
a que quem quer se sinta mais lembrado
(ou menos) (lembrado)
amanhã nunca mais ontem pode ser
porque os cirros apontam para o sul de escarpas (os cirros)
rugas que sabedoras me dizem dos degraus
que um gesto amor galga sem destino encomendado
o brilho que o lustro deu já não mora
nos cachos florais das mimosas
que passou brisa abanico da passarada
os cirros circunspectos racionam o sol
até parece que querem fazer reserva de formiga
a encosta escondeu-se nos amarelos
e espreita nos interstícios o nosso florir
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