Incontinência urinária, um problema com solução

Incontinência urinária, um problema com solução

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A incontinência urinária é uma situação patológica muito mais comum do que imaginamos. Resulta da incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina, ou seja, é caracterizada por perdas urinárias involuntárias que podem ser muito ocasionais e ligeiras ou perdas mais regulares e graves.

A incontinência urinária afeta 600 mil portugueses, segundo estimativas referidas pela Associação Portuguesa de Urologia, sendo as mulheres as mais afetadas – 33% das mulheres com mais de 40 anos têm sintomas da doença. No caso dos homens estes valores estimam-se em 16%.

Quais os principais fatores de risco para a incontinência urinária?

Contrariamente ao que se pensa, a incontinência urinária pode afetar qualquer pessoa, embora seja certo que se verifica uma maior incidência em certos grupos. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de incontinência urinária:

  • Idade avançada;
  • Sexo feminino (corresponde a 85% dos doentes com esta patologia);
  • Alterações hormonais consequentes de gravidez e menopausa;
  • Obesidade.

Quais os tipos de incontinência?

Dependendo da forma como esta se apresenta, existem três tipos principais de incontinência:

Incontinência por bexiga hiperativa (urgência)

Caracteriza-se por vontades imperiosas e súbitas de urinar, associadas a aumento de frequência urinária e a perdas de urina. É com frequência associada a infeções urinárias, litíase, patologia específica da parede vesical, ou perturbações mentais como a ansiedade e demência.

Incontinência por esforço

Consiste na perda de urina em simultâneo com esforço muscular, como tossir, espirrar, rir ou fazer qualquer outra ação que leve a um aumento de pressão nos músculos do abdómen. Pode ter como causa, na mulher, uma hipermotilidade da uretra secundária a alterações hormonais, gravidez ou parto e idade. No homem, é habitualmente secundária à cirurgia da próstata.

Incontinência por regurgitação (extravasamento)

É secundária a uma retenção crónica de urina. Ocorre quando existe uma fuga de pequenas quantidades de urina, quando a bexiga está demasiado preenchida devido a um aumento de pressão. É normalmente causada por uma obstrução urinária, provocada mais frequentemente por patologia prostática, ou perda de força dos músculos da parede da bexiga, provocado por patologia neurológica.

A incontinência pode também ser mista, apresentando características de vários tipos diferentes, ou total quando existe uma perda contínua de urina durante um longo período de tempo.

Como se trata a incontinência urinária?

A incontinência é, na maior parte dos casos, uma doença curável e de fácil tratamento, em especial quando detetada numa fase inicial. O tratamento vai depender do tipo de incontinência

1. Tratamento para fortalecer os músculos do pavimento pélvico

  • Tratamento Fisioterapêutico

São exercícios ativos que combinam técnicas de bioregulação e eletroestimulação, destinados a fortalecer e a contrair os músculos do pavimento pélvico. A realização destes exercícios requer a ajuda de um profissional.

  • Exercícios de Kegel

São exercícios de contração lenta e rápida do pavimento pélvico para fortalecer as fibras musculares distendidas. Os exercícios de Kegel podem ser feitos em casa e não exigem supervisão médica. Os resultados destes tratamentos para a incontinência urinária começam a fazer-se notar ao fim de 3 meses e a maioria das mulheres melhoram o seu controlo da urina um ano após iniciarem os exercícios.

  • Tratamento para controlar o hábito da micção

Consiste basicamente na modificação do calendário miccional, juntamente com a correção de alguns hábitos de ingestão de líquidos, com o objetivo de diminuir a frequência das micções, suprimindo as que realmente não são necessárias.

Através de algumas perguntas feitas pelo médico e da realização de um simples calendário, descobre-se se existem perdas involuntárias de urina ou algum tipo de problema com a bexiga, e, caso existam, se afetam a vida diária.

2. Tratamento farmacológico

Especialmente utilizado nos casos de incontinência de urgência e, em todos os casos, devem ser receitados por um especialista. O tratamento farmacológico a seguir depende do tipo de incontinência e da sua causa.

3. Tratamento cirúrgico

É o tratamento para a incontinência urinária menos utilizado e recorre-se a ele em último recurso quando os outros tratamentos não tiverem resultado. Baseia-se na realização de operações cirúrgicas na bexiga e na uretra. A maioria das técnicas desenvolvidas encontram-se indicadas para a incontinência de esforço.

Quais os sinais de alarme?

O principal sintoma da incontinência é a perda involuntária de urina, cujo volume pode apresentar grandes variações. Outros sintomas comuns do problema:

  • Necessidade frequente de urinar;
  • Sensação de bexiga cheia depois de urinar;
  • Perda de força do jato urinário.

Dicas para lidar com a Incontinência urinária

  • Perca peso: carregar excesso de gordura na região abdominal coloca pressão adicional na bexiga e aumenta o esforço dos músculos da bacia.
  • Não fume: a nicotina pode irritar a bexiga e a tosse pode contribuir para a incontinência de esforço.
  • Urine antes de sair de casa.
  • Esvazie bem a bexiga: depois de urinar, levante-se e sente-se de novo. Aí, incline-se para frente, o que vai comprimir o seu abdómen e colocar pressão sobre a bexiga, para ajudar a esvaziá-la completamente.
  • Use roupas fáceis de tirar: macacões, jardineiras, podem atrapalhar quando estiver com vontade de urinar. Use roupas fáceis de desapertar. É bom ter sempre uma roupa extra para trocar, caso aconteça um acidente.
  • Evite bebidas e alimentos que irritam a bexiga: a cafeína e alguns componentes do café podem irritar a bexiga. O chá é um diurético que contribui para a perda de líquidos, através da urina e também causa irritação na bexiga. Também as frutas cítricas, refrigerantes e bebidas gaseificadas e alcoólicas provocam irritação. Escolha bebidas, como sumo de uva, amora, cereja e maçã, que não irritam a bexiga e podem ajudar a reduzir o cheiro da urina. Para ver se a sua incontinência melhora, tente reduzir a ingestão dos seguintes alimentos: comidas temperadas e temperos fortes (caril e pimenta), comidas com tomate, açúcares (mel, xarope e chocolates).
  • Mantenha-se hidratado: quanto menos bebe, menos quer urinar, certo? Infelizmente, essa estratégia, além de ser prejudicial à saúde, não é muito eficaz. Em vez de beber menos, beba regularmente durante o dia. Ingerir líquidos em horários determinados durante o dia vai impedir que sua bexiga fique cheia demais ou vazia; a irritação acontece justamente quando os níveis de fluido estão altos ou baixos demais. Uma bexiga normal suporta até dois copos de líquido, enquanto bexigas com problemas suportam, no máximo, meio copo, ou até menos. Se urinar mais durante a noite, tente reduzir a ingestão de líquidos após o jantar. Alguns especialistas sugerem uma ingestão de fluidos de seis a oito copos médios por dia.
  • Se necessário, use pensos absorventes e fraldas descartáveis, bem como, equipamentos externos de contenção de urina, como coletores urinários. (nos casos do homem).

Existem várias soluções para a incontinência urinária, mas todas dependem de um primeiro passo: falar com o seu médico para obter um diagnóstico adequado.


Imagem: Colibri


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Categorias: Guia, Saúde

Acerca do Autor

Dânia Miranda

Natural de Barcelos, residente em Braga. Licenciada pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Diretora do Centro Colibri.

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