Poesia | Prenda mais, Morro por ti – II: esquerdo direito um dois esquerdo direito um dois

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esquerdo direito um dois esquerdo direito um dois
e a florista o carteiro a recoveira o barbeiro o boticário
a seraninha das castanhas (fogareiro barro arames panelas velhas)
todos vão reparar em mim (em nós também a mais canalha)
esquerdo direito
passam carros
passa gente
um dois esquerdo direito
passam trinados de pardais almocreves
passa a brisa sem garras
e o sol esse passa a caminho das terras das nortadas das marés das dunas
das brisas que diluem os gritos das gaivotas com cio
como sempre sem ecos de passos os passeios fendas ervas daninhas seixos
um recipiente verde serve para tudo (vidro cartão embalagens)
os carros estacionam sem rei nem roque que não há quem tenha tento
esquerdo direito um dois esquerdo um dois
um dois não mais descansar
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