Agostinho Fernandes e Carlos Vieira de Castro: cidadãos honorários de Famalicão

Agostinho Fernandes e Carlos Vieira de Castro: cidadãos honorários de Famalicão

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O ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Agostinho Fernandes, e o empresário Carlos Vieira de Castro, vão ser cidadãos honorários do Município famalicense, a mais alta distinção de reconhecimento público municipal.

“São dois exemplos de vida consensuais em Famalicão que queremos premiar pelo contributo que deram e que queremos que continuem a dar ao concelho e de forma a dar visibilidade social a comportamentos que queremos ver estimulados e replicados o mais possível na sociedade famalicense”, refere a propósito o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha.

Os galardões municipais que distinguem os filhos da terra que deram um relevante contributo para a coesão, projeção, desenvolvimento e afirmação de Vila Nova de Famalicão vão ser entregues na sessão solene comemorativa do aniversário da elevação de Famalicão a cidade, que decorre no dia 9 de julho, na Casa das Artes, a partir das 17h00 e a lista dos homenageados foi hoje, 21 de junho, aprovada, por unanimidade, na reunião do executivo municipal.

Ao todo vão ser distinguidas 35 personalidades e instituições famalicenses das mais diversas áreas, que contribuíram de forma relevante para a prossecução do bem comum e a valorização da identidade e do desenvolvimento do nosso concelho.

Agostinho Fernandes foi Presidente da Câmara Municipal de Famalicão entre 1982 e 2001 tendo desempenhado um papel valioso na consolidação do Poder Local democrático. Ao longo dos seus mandatos, teve um papel de especial relevância no desenvolvimento do concelho em diversas áreas e foi reconhecido pela UNICEF como “Presidente da Câmara Amigo das Crianças”, em 1993. Depois de deixar os Paços do Concelho, Agostinho Fernandes tem mantido uma acesa participação cívica, nomeadamente no domínio social e cultural.

“Que poderei dizer com verdade e na circunstância?… Não vivi ou trabalhei nunca em função de medalhas” salientou o ex-presidente da autarquia famalicense, Agostinho Fernandes. “Recusei mesmo uma no fim da minha vida militar em Moçambique. Fui para lá obrigado e só me orgulho das muitas pessoas que ajudei.”

Referindo-se à decisão tomada pelo atual Município de Famalicão, Agostinho Fernandes não conseguiu deixar de mostrar a sua satisfação, mas também a sua humildade ao transferir parte do mérito para todos aqueles que com ele colaboraram: “Apesar de estar escrito que ninguém é profeta na sua Terra, não tenho dúvidas dos critérios da Câmara Municipal nesta decisão e, muito menos, da sua honestidade intelectual ao saber ainda que houve unanimidade na sua aprovação, o que muito me honra e enobrece a ilustre Vereação e o seu Presidente, tal como se alonga solidariamente este gesto a todas as Vereações dos meus mandatos e todos os funcionários do Município, desde os Técnicos superiores ao trabalhador mais simples, que tornaram possível desde 1985 a gesta da cidade adulta que somos e a Terra acolhedora que fazem dela “Terra de Amigos”… onde todos os caminhos se cruzam e todos os cidadãos se abraçam….”

Carlos Vieira de Castro preside ao Conselho de Administração da Vieira de Castro S.A., empresa de matriz familiar com afirmação nacional e internacional com 75 anos de história.  É um empresário proeminente na área das indústrias alimentares e tem tido um papel particularmente valioso no desenvolvimento económico local e nacional e na coesão social da comunidade famalicense através da sua ligação à história de diversas instituições de referência do concelho.

Acerca desta distinção, a famalicense Manuela Macedo, que conhece pessoalmente e de perto Agostinho Fernandes e Carlos Vieira de Castro sob diferentes circunstâncias, o primeiro na qualidade de professor, o segundo na qualidade de empresário, partilha a sua opinião. “Agostinho Fernandes foi meu professor de português na Escola Secundária D. Sancho I. Foi um professor exemplar. Muito amigo dos alunos, tinha sempre uma palavra amiga para connosco; sempre muito simpático e sorridente. Nas aulas dele havia muito respeito. A maneira dele falar, muito calma, deixava-nos, a nós alunos, sempre muito atentos. Obrigada por ter sido meu professor.” E acrescenta:  “Como presidente da Câmara fez muito por Famalicão e pelos jovens”.

Em relação a Carlos Vieira de Castro, Manuela Macedo recorda o tempo em que trabalhou na empresa Vieira de Castro. “Carlos Vieira de Castro foi meu patrão durante 13 anos. Naquela altura, os escritórios situavam-se na Rua de Santo António e eu trabalhava na loja de venda ao público. Sempre foi uma pessoa amiga dos pobres. No Natal e na Páscoa preparava sacas e caixas de bolachas, amêndoas, pão-de-ló e Bolo-rei para entregar a instituições e pessoas carenciadas.” Para ale´m desta faceta mais pessoal, Manuela Macedo lembra ainda: “Tenho saudades dos convívios que a empresa fazia uma vez por ano com os trabalhadores. Começava com uma missa celebrada Sr. Arcipreste Cónego Fernandes. A seguir, o almoço e a trde eram passadas com jogos engraçados. Bons tempos que recordo com saudades.

A medalha de Honra do Município vai ser, este ano, entregue a Manuel Joaquim Reis Campos, empresário proeminente do sector da construção civil e obras públicas que regista um longo percurso no associativismo empresarial e que assume, entre outros cargos, a presidência da Associação dos Industriais da Construção e Obras Públicas – AICCOPN. “É com muita honra e gratidão que irei receber a medalha de Honra do Município”, adiantou. “Tenho um profundo orgulho em ser um famalicense, nascido em Lousado. Conheço Famalicão como uma cidade que cresceu, que se desenvolveu e que, a nível nacional, se diferencia das demais. É líder nas exportações e acolhe um tecido empresarial de excelência. Mas também é um território acolhedor, que aposta na qualidade de vida das populações”, referiu ainda manifestando o seu alto apreço pela cidade, concelho e suas gentes. “Como tenho afirmado, nos dias de hoje, mais do que os países são as cidades que competem entre si, na atração de recursos e enquanto polos agregadores do desenvolvimento. E aqui, tenha-se consciência, não ganha quem é maior ou tem mais habitantes. Por isso, Famalicão reúne todas as qualidades para continuar a diferenciar-se e afirmar as suas potencialidades. Como empresário, ligado ao mundo associativo, acredito que, mais do que nunca, Famalicão está preparada para vencer todos os desafios que venha a enfrentar. Foi capaz de conciliar a coesão social e territorial, com a sustentabilidade, a boa gestão do espaço urbano, o empreendedorismo e a inovação.”

Com o mesmo galardão será distinguido, a titulo póstumo, António Martins de Oliveira Barros, fundador da AMOB, empresa que se tornou progressivamente líder mundial no fabrico de equipamentos para a indústria da metalomecânica.

Entre as categorias a distinguir com as medalhas de mérito municipal – Benemerência, Cultural, Económico, Autárquico, Desportivo –, destaque para o domínio cultural onde sobressai a presença de Irina Manuel de Sousa Ramos, doutorada em Engenharia Química e Bioquímica pela Universidade norte-americana de Maryland, na qual desempenha responsabilidades docentes e que tem desenvolvido um papel relevante na promoção da investigação farmacêutica. Referência também para a atribuição do mesmo galardão a José Augusto Moreira, jornalista que fez parte da equipa fundadora do jornal Público, ao qual sempre esteve ligado. Com passagem pelas várias áreas editoriais, da Sociedade à Política e Desporto, foi responsável pela Agenda e pelos cadernos locais Minho, Centro e Porto. Nos últimos tempos dedicou-se às áreas da gastronomia e vinhos, nomeadamente na revista Fugas.

No mérito económico, realce para a distinção que vai ser feita à Casa Pêga, restaurante de referência nacional da cozinha tradicional portuguesa que este ano comemora 60 anos de existência e para António Melo, sócio-gerente da Livraria Fontenova, que, do alto dos seus 50 anos de vida, permanece como um ponto de referência literária em Vila Nova de Famalicão.

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