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Rui Rio contestou, em reunião do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, o “discurso do milagre económico” realizado pelo Governo. No encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, na Guarda, o presidente do PSD apontou como exemplos de “aldrabice política” pelo Executivo a não descida deliberada dos impostos sobre os combustíveis, quando o preço das matérias primas subiu, e a polémica sobre contagem do tempo integral dos professores, quando o primeiro-ministro socialista prometeu o que “sabia de antemão que não podia cumprir”.
Numa intervenção de cerca de 40 minutos, Rui Rio acusou o Governo de ter andado “à boleia” do trabalho do anterior governo e da conjuntura internacional nos dois primeiros anos da governação, em que obteve bons resultados económicos. “Eles não fizeram rigorosamente nada por isso. Mais dia menos dia ficava a nu que o discurso não fazia sentido”, afirmou.
Além desta referência àquilo que considera ser um logro económico, Rui Rio mencionou outros pontos em que o PSD liderou a oposição ao Governo, começando pelas objeções que levantou à entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do Montepio, que ainda não se concretizou. “Se não fosse a posição do PSD, hoje a Santa Casa da Misericórdia estaria no capital do Montepio. O dinheiro de combate à pobreza” – recorde-se que o líder do PSD ainda há dias anunciava estar disponível para uma busca de consensos para aplicação de um programa nessa matéria – “não deve ir para as imparidades da atividade bancária”.
Perante os deputados do PSD, Rui Rio traçou aquela que vai continuar a ser a estratégia social-democrata: “Devemos ser acutilantes nas críticas e nas falhas ao Governo tal como temos feito, e sérios, rigorosos e competentes no que são as nossas propostas”.
Rui Rio realça que a posição do PSD será sempre a mesma: falar verdade. “A posição do PSD hoje, em 2018, ou do PSD ao longo de toda a sua história desde 1974 é obrigar o Governo a falar verdade às pessoas”, sublinhou.
PSD prepara documento estratégico sobre o interior
A propósito do tema das Jornadas Parlamentares – “Afirmação e Valorização do Interior” – Rui Rio referiu que é possível reduzir a despesa pública, valorizando as regiões do interior.
O Presidente do PSD solicitou ao Conselho Estratégico Nacional (CEN) que elabore um documento com propostas pensadas sobre o interior, tal como fez para a natalidade, para ser integrado no programa eleitoral do PSD para 2019. “Não adianta propor uma, duas ou três medidas. Ou temos um conjunto de medidas, e são para perdurar no tempo, ou não servem para nada”, disse, considerando que essas medidas serão úteis mesmo sem o PSD no poder.
Além do trabalho sobre a natalidade e a política para a infância, Rui Rio adiantou que o CEN tem “praticamente pronto” outro “estudo” sobre a reforma da zona euro e, até ao final de julho, deverá apresentar o documento relativo à justiça. “Cada português sabe que é preciso uma reforma da justiça, mas é preciso saber do que estamos a falar”, afirmou o líder social-democrata, reiterando que esta é uma reforma que terá de ser feita com um consenso “o mais alargado possível”.
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